O Estado de Suspensão aconteceu num domingo maravilhoso, que abriu com o transe noise puxado pelo grande Marcelo Cabral. Ao lado de Guilherme Held e de Maria Beraldo, ele visitou seu Motor em formato elétrico, começando os trabalhos na Casa Natura Musical com uma parede de ruído em que equilibrava suas delicadas canções.

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Depois foi a vez de Guilherme Held lançar seu Corpo Nós em São Paulo, cantando suas músicas pela primeira vez durante o segundo show do domingo. Held desbravou seu um Brasil musical próprio com uma banda pesada: Dustan Gallas nos teclados, Pedro Dantas no baixo e Sérgio Machado na bateria.

Depois foi a vez da maravilhosa Maria Beraldo subir no palco da Casa Natura Musical para experimentar os rumos que vem trilhando para seu segundo álbum, misturando músicas do primeiro disco, Cavala, com faixas inéditas, a que abriu seu show. E ela chamou Cabral e Sergio Machado para acompanhá-la – e você sabe que com estes dois, tudo ganha outras proporções…

E quem encerrou o dia foi o mestre Negro Leo, que fez um raro show com seus grandes sucessos, em vez de tocar as músicas de seu disco mais recente, como costuma fazer. Reuniu quatro gerações de amigos – Chicão Montorfano nos teclados, Gabriel Balleste na guitarra, Pedro Dantas no baixo e Sergio Machado na bateria – para repassar dez anos de carreira com clássicos de todos seus discos. E ainda nos proporcionou um momento mágico ao cantar pela primeira vez músicas que compôs para a Ava Rocha, quando a chamou para o palco para dividir algumas delas (e tudo aos olhos de Uma). Foi mágico.

E antes de encerrar a cobertura, aproveito o único registro que fiz da primeira discotecagem profissional da Pérola Mathias (que abre este texto) para agradecer a todos que encerraram o incrível domingo de ontem prestigiando esses mestres que reuni no Estado de Suspensão que promovi na Casa Natura Musical. Além de agradecer a todos os artistas envolvidos também queria deixar registrado o agradecimento à irrepreensível equipe técnica (Bernando Pacheco, Olivia Munhoz, Adriana Viana e Chrisley Hernan) e à produção da Eme Cultural (Rapha e Lu, vocês salvaram!), além de todo o pessoal da Casa Natural Musical. Foi maravilhoso – e que venham outros!

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