O ano mal começou e já estou falando em Carnaval – é que no dia 14 de fevereiro faço um Inferninho Trabalho Sujo de pré-carnaval na Casa Natura Musical, reunindo três atrações além da minha discotecagem (que, como pede a ocasião, é só música brasileira). Primeiro comemoramos os dez anos do Bloco Cordão Cheiroso, que abre a noite desfilando clássicos e hits autorais pela casa, antes da entrada de dois shows da pesada: primeiro os mineiros do Varanda, que lançaram o ótimo disco de estreia Beirada no ano passado, e toda a euforia da big band Grand Bazaar. Vai ser uma noite e tanto! Os ingressos já estão à venda neste link.
Vamos começar mais uma festa? Nessa sexta-feira retorno a um velho endereço conhecido para inaugurar mais uma festa, a Trabalho Sujo DJs. Depois de fazer uma primeira edição em Brasília, estreio a festa em São Paulo no Katarina Bar, que muitos talvez não conheçam de nome, mas certamente devem conhecer de endereço, pois o estabelecimento fica no mesmo número 272 da Avenida São Luiz que abrigava o saudoso Alberta #3, onde há mais de dez anos inaugurava a minha festa Noites Trabalho Sujo. Pois a nova festa tem o espírito daquela época, pois atravesso a madrugada de sexta pra sábado discotecando a noite toda ao lado de compadres e comadres cujos gostos musicais batem tanto com o meu quanto o meu santo com o deles. E pra essa primeira edição chamei a Pérola Mathias, com quem tenho dado mais uma edição do curso Bibliografia da Música Brasileira, e o ícone Luiz Pattoli, que copilotava comigo as lendárias Noites Trabalho Sujo. No som, você já sabe, hits de todas as épocas, seja de música eletrônica, indie rock, música brasileira, rock clássico, dance music, música pop, hip hop, soul e samba – e por onde mais nossa imaginação e vontade de dançar nos levar. A festa começa às 22h e quem chegar até essa hora não paga pra entrar – e a pista vai abrir às 23h. Vamos?
A chuva deste domingo reduziu o público do Inferninho Trabalho Sujo no Redoma mas não a empolgação das bandas – inclusive de várias que vieram apenas ver os shows das que tocariam naquela noite. Os Fadas e a Schlop mostraram músicas novas e velhas numa noite em que o indie rock foi a régua estética. A noite começou com os Fadas mostrando tanto músicas de seu primeiro EP Sono Ruim quanto canções novas que ainda devem lançar este ano, mostrando como o entrosamento entre as guitarras estridentes de Anna Bogaciovas e Gabriel Magazza, o baixo marcado e sinuoso de Rafael Xuoz e a bateria na cara de Augusto Coaracy já cria uma sonoridade característica do grupo, além do fato de todos cantarem. E entre as músicas novas, destacaram “Mamata”, composta por Anna, que voltou a ser tocada quando pediram pra banda tocar mais uma.
Depois foi a vez de Isabella Pontes subir com seu Schlop no palco do Redoma e mostrar tanto as músicas de seu disco de 2023 (Canções de Amor para o Fim do Mundo) quanto do EP que lançaram no ano passado (Senhoras e Senhores, Cachorros e Madames). Acompanhada da guitarra clássica de Lúcia Esteves, do baixo pronunciado de Alexandre Lopes e da bateria marcante de Antonio Valoto, Bella mostrou todo sua crítica ácida e sua verve cronista em canções comezinhas e rotineiras, incluindo a já clássica versão paulistanizada para “New York I Love You But You’re Bringing Me Down”, do LCD Soundsystem, enquanto zunia com sua guitarra e testava um novo brinquedo, ao trazer um sintetizador para o palco. Foi demais.
#inferninhotrabalhosujo #schlop #osfadas #noitestrabalhosujo #redoma #trabalhosujo2025shows 013 e 014
Que tal um Inferninho num domingo? É isso que vai acontecer nesta semana, quando mais uma vez invado o Redoma para mostrar as novas bandas que estão surgindo nesta década, reunindo dois reincidentes da festa que vagam entre o rock clássico e o indie rock com boas doses de referências brasileiras. Quem abre a noite é o quarteto Os Fadas, banda formada por Anna Bogaciovas (vocal e guitarra), Augusto Coaracy (bateria e voz), Gabriel Magazza (vocal e guitarra) e Rafael Xuoz (vocal e baixo), que tocam entre a melodia e o ruído, trazendo canções de seu EP Sono Ruim, lançado em 2023, e outras inéditas. Em seguida entra o Schlop, projeto musical da multiartista Isabella Pontes, que leva suas antigas gravações caseiras ao lado de Lúcia Esteves (guitarra), Alexandre Lopes (baixo) e Antonio Valoto (bateria), mostrando as composições irônicas e afiadas dos discos Canções de Amor para o Fim do Mundo (2023) e Senhoras e Senhores, Cachorros e Madames (2024). Discoteco antes, durante e depois dos shows, que tem ingressos mais baratos para quem comprar com antecedência neste link. O Redoma fica na Rua Treze de Maio, 825A, no Bixiga. Vamos?
Inferninho Trabalho Sujo atípico (ao menos para mim) nessa sexta-feira no Picles, a noite serviu para extravasar tensões com a sequência da banda CØMA seguido das minas da Crime Caqui. O primeiro grupo, projeto pós-punk inventado pela baterista Bianca Godói e pelo guitarrista Guilherme Held, está cada vez mais coeso e intenso, com Otto Dardenne solto nos vocais, improvisando sobre letras dadaístas, Joana Bergman e Danilera se entregando nos synths enquanto Rubens Adati segura o groove kraut quase ininterrupto no baixo. Uma apresentação quente de um grupo cada vez mais promissor.
Depois foi a vez da Crime Caqui subir no palco do Picles para mostrar seu groove dreampop que também tem um pezinho no pós-punk embora seja mais suave que agressivo, deixando o público hipnotizado com suas ondas que misturam a doçura psicodélica de guitarras e vocais entrelaçados com o groove hipnótico do orgulho sapatão. As minas mostraram músicas novas e chamaram a Grisa, que já tinha tocado no Inferninho, para participar de uma música e cantar sozinha a faixa-título de seu primeiro álbum (Geografia de Lugar Nenhum), que já existe fisicamente mas ainda não está disponível nas plataformas. Depois foi a vez de reencontrar-me com a Fran e discotecar junto com ela quase um semestre depois da última vez, matando saudades e deixando a poeira mental baixar enquanto a pista enchia de forma quase sempre improvável. Valeu demais!
#inferninhotrabalhosujo #coma #crimecaqui #noitestrabalhosujo #picles #trabalhosujo2025shows 006 e 007
Tá com saudades do Picles? Eu tô! E de discotecar com a Fran então? Faz teeeempo… Mato essas saudades neste sábado, dia 24 de janeiro, quando faremos o primeiro Inferninho Trabalho Sujo de 2025 em nossa casa de origem com a participação de duas bandas do coração, as queridas Crime Caqui, que não vejo ao vivo desde antes da pandemia, quando a banda havia acabado de começar, e os novíssimos CØMA, projeto pós-punk do guitarrista Guilherme Held com a baterista Bianca Godói que conta com algumas figurinhas carimbadas da cena underground paulistana na formação. E depois dos dois shows é a vez de discotecar com a Fran aquela mistureba de R&B do começo do século com MPB dos anos 70, rock da década seguinte e música pop dos anos 20 que não deixa ninguém parado! O Picles fica no número 1838 da rua Cardeal Arcoverde, no coração do canteiro de obras conhecido por Pinheiros, e abre as portas a partir das 20h – mas chega cedo que o primeiro show começa às 21h30! Vamos?
Vamos à primeira Desaniversário de 2025 neste sábado, quando mais uma vez eu, Clarice, Camila e Claudinho transformamos o Bubu em nossa pista de dança preferida, pinçando clássicos de todas as épocas e músicas que você nem lembrava que gostava para se acabar de dançar neste começo de ano quente! O Bubu fica na marquise do estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n) e não custa reforçar que nós começamos e terminamos cedo pra dar tempo pra todo mundo curtir o domingo – começamos às 19h e vamos até a meia-noite. Vem dançar com a gente!
Calhou de fazer o primeiro @inferninhotrabalhosujo no Porão da @casadefrancisca no mesmo dia em que David Lynch foi para o plano imaterial e o cenário não poderia ser mais adequado para celebrar a importância do mestre, com pesadas cortinas vermelhas e o ladrilho contínuo do chão da casa transformando o Inferninho num black lodge involuntário. Pois essa bênção etérea deu o tom da noite, que começou com o primeiro encontro público de Olívia Munhoz e Sophia Chablau no projeto Lembrancinha, em que as duas cantarolaram suas respectivas canções abusando de efeitos elétricos nas guitarras e nos pedais, alternando entre a melodia e o noise com direito a respectivos momentos solo, quando uma deixava o palco para a outra brincar sozinha. Tudo sob a supervisão sônica da carabobina Alejandra Luciani, terceiro elemento (ainda) invisível do projeto, que de vez em quando chegava perto do palco para fazer suas intervenções. A noite continuaria com o show frenético do Ottopapi.
Depois foi a vez de Ottopapi invadir aquele black lodge. Prometendo gravações de suas canções ainda para esse ano, ele reforçou que suas jovens hinos underground (“Bala de Banana”, “Controle”, “Pó Poeira”, entre outras joias) só podem ser ouvidos em seus shows e acompanhado por um quinteto de ouro (Thales Castanheira, Vitor Wutzki, Gael Sonkin, Bianca Godói e Danilera) conseguiu ligar a química do Inferninho ao fazer o público, que estava assistindo ao show anterior sentado, levantar e dançar juntos esse rock de linhagem velvetundergroundiana, puxando a linhagem nova-iorquina de um rock paulistano que vai ser bastante ouvido em 2025. A noite seguiu essa linha na discotecagem que eu, Pérola e Bamboloki fizemos juntos – e que mais tarde descambou até pra latinidades, numa primeira edição quente do Inferninho na Casa de Francisca. Quem foi sabe.
#inferninhotrabalhosujo #noitestrabalhosujo #ottopapi #lembrancinha #sophiachablau #oliviamunhoz #casadefrancisca #poraodacasadefrancisca #trabalhosujo2025shows 002 e 003
E o primeiro Inferninho Trabalho Sujo de 2025 acontece num lugar em que nunca discotequei antes: no Porão da Casa de Francisca! E com duas atrações novíssimas, uma delas apresentando-se pela primeira vez. A noite começa com a dupla inédita Sophia Chablau e Olívia Munhoz que reúnem-se no palco pela primeira vez com o nome de Lembrancinha, misturando canções com improvisos noise numa mistura que só elas (e talvez nem elas) saibam o que pode acontecer. O segundo show é do Ottopapi, um dos capos da gravadora indie Selóki Records que está prestes a fazer sua estreia em disco. Ele vem acompanhado de uma banda formada por Thales Castanheira e Vitor Wutzki (guitarras), Bianca Godói (baixo), Gael Sonkin (bateria) e Danileira (Sintetizador) e mostra músicas que estão aos poucos entrando no subconsciente da noite indie paulistana, entre elas o hit “Bala de Banana”. E como vou aproveitar para comemorar meu aniversário no evento, convidei outras duas capri – as queridas Pérola Mathias e Bamboloki – para celebrar a noite discotecando comigo. A Casa de Francisca fica na Rua Quintino Bocaiúva, 22, do lado da Sé, a festa começa a partir das 20h e os ingressos já estão à venda neste link, vamos?
Faz tempo que tô querendo voltar com uma festa que não tem show e em que posso convidar diferentes DJs e a ideia era começar a fazer isso quando voltasse pra São Paulo, mas quis o destino juntar minha vontade de fazer as pessoas dançar com meu aniversário e apresento a Trabalho Sujo DJs pela primeira vez em Brasília, minha terra-natal. A primeira edição acontece neste sábado, dia 11 de janeiro, conta com os mesmos ases candangos que me ajudaram a virar de 2024 pra 2025, os grandes Kelton e Ivan Bicudo, e acontece no novo enderenço do Culto, que agora fica no fim da Asa Norte (CLN 312 bloco A loja 30, subsolo). A festa começa às 21h e vai até altas na madrugada – e pra entrar custa apenas 15 reais. Vamos?