Jornalismo

E não vamos deixar de falar do Lanny, que, como seu irmão Tony nos informa, será velado entre as 14h e as 16h desta quarta-feira, no Cemitério da Vila Formosa. O Kiko pinçou um vídeo com o guitar hero filmado por Sganzerla que está nos extras do DVD do Bandido da Luz Vermelha. O trecho foi utilizado por Gregorio Gananian no documentário que ele fez sobre o guitarrista, Inaudito (que pode ser visto na íntegra abaixo). Separei um trecho da entrevista que o Gregório deu pra Carime sobre o documentário, publicada no Scream & Yell do Marcelo:

“Rogério Sganzerla na filmagem. Ela não tinha som. A Helena Ignez liberou para a gente a imagem. Eu falei para ela, e essa filmagem é uma sobra de um material que o Rogério não concluiu. Era uma espécie de continuação do Bandido da Luz Vermelha, e eu sabia que existia essa cena com o Lanny. Quando estávamos na China eu falei que queria muito fazer aquela pergunta de qual foi o show mais incrível que ele já fez, e fizeram essa pergunta e ele falou dessa performance maravilhosa: ‘Tirei a guitarra, tomei um choque elétrico e morri’. Chama-se ‘A Morte do Guitarrista’. Ela aparece um pouquinho depois da metade do filme, e então aparecem estas imagens, e aquela coisa completamente nonsense que ele contou aconteceu! De repente quem assiste se pergunta: ‘Pera aí, então o que o cara está falando é realmente verdade’. Conversando com o Negro Leo sobre fazer a trilha para essa parte, ele viu aquilo lá sem nada, e falou: ‘Vamos tirar tudo de música nessa sequência de arquivo'”.

Ave Lanny!

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Escrevi mais uma matéria para o site da CNN Brasil, desta vez sobre o inusitado show que Paul McCartney fez em Brasília pra pouco mais de 400 pessoas nesta terça-feira, no Clube do Choro, após conversar com alguns felizardos que puderam estar lá…. E será que vai ter outro show desses nessa turnê?

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E o velho Paul não estava pra brincadeira, olha esse setlist do show que ele fez nesta terça à tarde no Clube do Choro em Brasília, que o cara abriu com nada menos que “A Hard Day’s Night?”

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Num outro patamar

Bruno Berle apresentou seu disco de estreia, No Reino dos Afetos, pela primeira vez na íntegra, convidando amigos músicos e compositores que fizeram parte deste processo quando ainda morava em Maceió. Ao seu lado, dividindo-se entre diferentes instrumentos e formações estavam Marina Nemésio, João Menezes, Batataboy e Phylipe Nunes Araújo, seus conterrâneos, que revezavam-se entre piano, guitarra, violão, MPC, percussão e baixo elétrico para elevar para outro patamar um disco gravado com poucos recursos e que fez seu autor um nome tão reconhecido, a ponto de lotar o Centro da Terra.

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Encerrando a programação de música de novembro no Centro da Terra vem o alagoano Bruno Berle mostrar seu disco de estreia No Reino dos Afetos na íntegra pela primeira vez ao vivo, tocando inclusive músicas que não apresenta em seus shows. Esta apresentação ainda conta com vários artistas e produtores que o ajudaram a fazer esse disco, como Batataboy, Oriana Perez, Phylipe Nunes Araújo, Marina Nemesio e Santiago Perlingeiro. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão esgotados.

Mas a história mais inacreditável e inusitada do dia é o show que Paul McCartney está fazendo nesta terça-feira NO CLUBE DO CHORO em Brasília. Todo mundo recolhendo o celular para não haver registro além dos oficiais (o Paul já está postando stories), deste acontecimento único na história dos Beatles e de Brasília. Quem dera eu estar lá!

Minha homenagem a esse deus de seu instrumento. Viva Lanny!

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Morreu um dos maiores nomes brasileiros da guitarra elétrica (e esse panteão não é fraco). Mas Lanny Gordin cravou seu nome na música brasileira ao tornar-se o instrumentista símbolo daquele novo momento de nossa evolução cultural, quando abraçamos o instrumento teoricamente imperialista para dar um sabor único e nacional às cordas elétricas. Tocando ao lado do Olimpo que compõe o topo cultural de nossa MPB, Lanny tocou com todo mundo, mas foi vítima dos excessos dos anos 70, o que tornou sua saúde ainda mais frágil nos últimos anos. Uma perda considerável para o país.

Na terceira noite de sua temporada Prémistura no Centro da Terra, Chicão Montorfano adentrou em suas raízes progressivas e invocou o espírito prog para o teatro, reforçando a seriedade do gênero. A noite começou com o grupo formado por Marcela Sgavioli, Gabriel Falcão, André Bordinhon, Fernando Junqueira e Filipe Wesley puxando a clássica “Armina” do seminal disco A Matança do Porco, do grupo Som Imaginário, que completa 50 anos em 2023, e que Chicão aproveitou para misturar lindamente com a música de abertura de seu primeiro disco solo, Mistura, que lança ainda em dezembro. Além de chamar Marcela para três canções de seu segundo disco (o cara nem lançou o primeiro e já tem o segundo pronto) apenas no formato voz e violão – e depois, piano – para finalizar a apresentação tocando dois clássicos extensos do prog mais clássico: “Starless” do King Crimson e “Closer to the Edge” do Yes. Foi de cair o queixo.

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Fiz um balanço, a pedido do site da CNN Brasil, sobre a passagem da Taylor Swift por nosso país nos últimos dias de novembro, recapitulando tanto a tragédia da morte de uma fã em pleno show quanto a desorganização da produção, que não soube lidar com o calor extremo no Rio de Janeiro e nem chuvas e frio em São Paulo, filas, músicas inéditas no palco e a movimentação financeira que a tornam a maior popstar do mundo em 2023.

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