Jornalismo

O sujeito está prestes a completar 84 anos e não para de nos surpreender. Primeiro foi nesta terça, quando realizou o primeiro show de mais uma turnê que vem fazendo com Willie Nelson (a tal Outlaw Tour, que fez os dois se encontrar no ano passado), em Phoenix, nos EUA, e pinçou algumas músicas que não tocava há tempos, como sua clássica “Mr. Tambourine Man” e versões de músicas que nunca havia tocado, como “Axe In The Wind” de George “Wild Child” Butler, “I’ll Make It All Up To You” de Jerry Lee Lewis e “A Rainy Night In Soho”, clássico dos Pogues, que encerrou a noite (assista aos vídeos abaixo). Não bastasse isso, parece que ele está prestes a lançar o segundo volume de suas Crônicas, algo que os fãs já haviam desistido. A notícia, no entanto, veio de uma fonte pouco provável, quando Sean Penn, que foi o narrador da versão em áudio do livro autobiográfico que Dylan lançou em 2004, deixou escapar em uma entrevista para o podcast de Louis Theroux no Spotify, que “parece que irei fazer o segundo também. É, Crônicas Dois!”. Dedos cruzados! Continue

Os Feelies, clássica banda da cena pós-punk nova-iorquina (embora seja de Nova Jérsei), só queriam oficializar sua versão para “Dancing Barefoot”, da Patti Smith, para as plataformas de streamings, mas uma conversa puxa a outra e o que seria apenas um single tornou-se uma compilaçao, chamada Rewind, que reúne diferentes versões que o grupo fez para as músicas que amam de alguns de seus artistas favoritos. Algumas versões são clássicos inclusive na história da banda, outras, como a versão para o hit de Patti Smith, nunca foram lançadas. O disco será lançado dia 20 de junho (e já está em pré-venda) e ainda conta com versões de músicas dos Beatles (“She Said She Said” e “Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey”), dos Stones (“Paint It Black”), de Dylan (“Seven Days”), dos Doors (“Take It As It Comes”), Modern Lovers (“I Wanna Sleep in Your Arms”) e Neil Young (“Sedan Delivery” e “Barstool Blues”, esta última também recém-lançada. Ouça as duas primeiras músicas que eles soltaram abaixo: Continue

How I’m Feeling Now, o disco que a Charli XCX gravou em casa sozinha durante a pandemia, completa cinco anos nesta quinta-feira e parece que a comemoração é das boas. Além de ter escrito uma carta à mão sobre o impacto do disco para ela e como ela agradecia aos fãs que a apoiaram sempre, ela também promete uma celebração que, até onde ela falou, conta com o relançamento do disco em vinil e um clipe para “Party 4 U”, que voltou a tocar desde o final do ano passado, principalmente nas redes sociais, mas parece que não vai ser só isso…

Veja a carta e o teaser do clipe abaixo: Continue

Ingressos antecipados neste link.

Vai-se Pepe Mujica, “o presidente mais pobre do mundo”, político exemplar e ser humano fantástico.

Se o primeiro Kung Fury, lançado há dez anos, já era o cúmulo dos anos 80, que dizer de sua continuação, que foi finalizada há dois anos mas ainda não foi lançada por questões legais? Olha esses 10 minutos absurdos que vazaram essa semana provavelmente pra reaquecer o interesse no filme, que ainda conta com Michael Fassbender, Schwarzenegger e David Hasselhoff no elenco…?

Assista abaixo: Continue

Eu não estava. Pelamordedeus, o que que é isso? Tragam urgente o show solo dessa mulher pro Brasil!

Assista abaixo: Continue

Sábado pude comparecer a mais uma missa do papa negro Mateus Aleluia, que, mesmo lançando disco novo neste fim de semana (o soberbo disco batizado com seu próprio nome), preferiu ater-se ao seu repertório clássico, que une tanto pérolas do africanto dos Tincoãs, ancestral trio vocal que trouxe o terreiro puro para o repertório da MPB ainda nos anos 70, quanto hinos já imortais de sua recente carreira solo. A apresentação aconteceu na Casa Natura Musical e eu escrevi mais uma vez cobri um show para o Toca do UOL. Continue

O encontro de Maria Beraldo e Arrigo Barnabé no palco que aconteceu neste sábado, no Sesc Avenida Paulista, é uma grande ideia, para começar, conceitual. Parte do encontro Travessia, idealizado por Caroline Zitto e dirigido pelo Curumin, a apresentação foi a segunda noite do evento, no dia seguinte à da dupla Di Melo e Jadsa e no dia anterior à junção de Yma e Maurício Pereira. O alinhamento cósmico Arrigo e Beraldo não é novidade, só ganha outros contornos em 2025, quando a compositora catarinense já tem sua carreira solo consolidada (com o ótimo segundo disco Colinho, lançado em 2024) e não mais como integrante da banda do mestre Crocodilo. Sem acompanhamentos, os dois se confrontaram com vozes e instrumentos – Arrigo sentado ao piano elétrico, Beraldo alternando-se entre ficar sentada ou de pé para tocar clarinete ou guitarra. Os dois começaram com um envolvente número instrumental (ele ao piano, ela no clarinete) e foram para a chuvosa (num sábado igualmente chuvoso) “Cidade Oculta” de Arrigo emendada com uma versão deslumbrante para “Ninfomaníaca” do disco mais recente de Maria, que Arrigo aproveitou para recitar a tradução que Augusto de Campos fez para o Canto I do Inferno da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Ele deixou o palco e ela seguiu só na guitarra, quando puxou sua “Da Menor Importância”, de seu primeiro disco, Cavala, emendou um solo de clarinete (enquanto fazia sua guitarra rugir com os pés) que transformou-se em uma versão cacofônica de “Rainha” para chegar à melodia plena da fatalista “Baleia”. Arrigo voltou ao palco quando sozinho ao piano visitou Itamar Assumpção (“Noite Torta”), Carlos Drummond de Andrade (ao recitar de pé “Relógio do Rosário”) e um número instrumental, antes de trazer de volta sua pupila e entraram juntos na parte final do show. Esta veio com a mistura de “Diversões Eletrônicas” com “I Can’t Stand My Father Anymore”, que foi sensacional, e descambou a dupla final do show, quando visitaram as clássicas “Sabor de Veneno” e “Clara Crocodilo” para a encerrar a apresentação lá no alto e num lugar familiar aos dois, numa boa amostra do que foi essa noite mágica.

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Finda a exposição sobre Ney Matogrosso, o MIS de São Paulo já anuncia sua próxima viagem: Raul Seixas! A primeira grande exposição dedicada ao rei do rock brasileiro conta com inúmeros itens do acervo pessoal do grão-mestre kavernista e supervisão familiar de Kika Seixas (ex-companheira de Raul) e Vivi Seixas (DJ e filha do maluco beleza). Ainda não há previsão de data de lançamento da mostra, mas o anúncio feito pelo museu oficializa o homenageado, figura imprescindível e única na história da música brasileira, infelizmente ainda visto como personagem menor, maldito ou picareta. A exposição vem corrigir essas impressões toscas e trata-o como o merece: um clássico nacional.

Assista ao teaser abaixo: Continue