Mais um clipe d’O Terno cheio de metalinguagens, “Nâo Espero Mais” é uma crítica e uma sátira à onipresença digital e ao excesso de informação dos dias atuais, além de divertido pacas:
É muito boa essa música nova do Far From Alaska, “Cobra”, que prenuncia que a banda potiguar está prestes a dar um salto considerável ao lançar seu segundo disco, Unlikely. Olha o clipe dela aí:
O grupo canadense Arcade Fire passou pelos estúdios da BBC na semana passada e gravou uma boa versão para o primeiro single do novo disco da cantora neo-zelandesa Lorde, “Green Light” (embora o agudo que a cantora Régine Chassagne solte antes do refrão doa na alma).
E é claro que Lorde amou: “estou com um enorme sorriso idiota vendo minha banda favorita cantar uma música minha – a vida é selvagem às vezes”, twittou.
got a big dumb grin on watching my favourite band sing my song — life is wild sometimes https://t.co/FxpOYGLLcc
— Lorde (@lorde) July 14, 2017
Régine é a estrela do clipe de mais uma música do disco Everything Now que o grupo acaba de lançar, com a boa “Electric Blue”:
Com isso já conhecemos cinco músicas do disco novo da banda: “Everything Now“, “Creature Confort“, “Signs of Life” e um trecho de “Chemistry” – o conjunto até agora dá um bom disco pop, mas não convenceu ainda… Vamos ver se eles têm alguma carta na manga até o disco sair.
Metade de Araguari, metade de Uberlândia, a banda mineira Lava Divers segue uma tradição clássica do indie rock brasileira – a de bandas barulhentas e melódicas que cantam em inglês e saem de cidades sem tradição roqueira – e está prestes a lançar seu primeiro álbum, batizado de Plush. “É o resultado desses três anos de existência da banda. O disco possui canções compostas em todas as fases, desde o início, quando ainda estávamos nos identificando com o nosso som, assim como tem músicas compostas pouco tempo antes de entrarmos em estudio”, me explica a baterista da banda, Ana Zumpano, que também canta em algumas músicas.
Pergunto para ela quais estas fases e ela explica: “‘Love Is’, ‘Natural Born Liar’ e ‘Inside His Eyes’ estão na primeira leva de canções compostas por nós, juntamente com as músicas que entraram no nosso EP de estreia. Essa primeira fase remete ao tempo em que nem tínhamos feito shows fora da nossa região e a sonoridade da banda ainda estava sendo definida. Já canções mais recentes que entraram no disco, como ‘Forbidden Steps On Hearts’, ‘I Feel You’, ‘Gasoline’, mostram a gente experimentando mais sem perder nossa característica principal, música pop barulhenta. A banda adiantou o clipe do primeiro single, “Tearsfall”, a capa e a ordem das faixas do álbum (que sairá no dia 27 em todas as plataformas digitais pelo selo Midsummer Madness) em primeira mão para o Trabalho Sujo. “O clipe do single é um vídeo-arte feito pelo guitarrista Eddie Shumway, que tem formação acadêmica em cinema e costuma filmar, dirigir e montar a maioria dos nossos clipes”, explica Ana.
“A gente queria que a primeira música de trabalho do disco desse uma ideia da estetica sonora da banda. ‘Tearsfall’ tem tudo nosso, é rápida, enérgica, com ganchos pop, letra triste em contraste com a felicidade das melodias. O single foi escrito por mim, que, além de baterista e vocalista da Lava Divers, também trabalho com as mídias sociais da banda e estou iniciando uma cooperativa de produções culturais encabeçada por mulheres chamada Rock das Aranhano Triângulo Mineiro. Nesse single, além de tocar bateria, canto em primeira voz, acompanhada de backing vocals dos meus companheiros de banda. A escolha coletiva da banda foi que eu tivesse mais voz e maior participação nesse lançamento que antecede o primeiro disco da banda, que até o momento havia lançado um EP com 4 músicas, sendo que em todas toco bateria, uma delas canto em primeira voz e faço backing vocal nas três restantes. Essa decisão visa salientar o protagonismo e a representatividade da mulher na música e na produção independente, para mostrar que nós podemos, temos capacidade e direito de ocupar o lugar que quisermos.”
Aproveitei para perguntar para ela como anda a cena da região do triângulo mineiro, de onde vem a banda. “A cena underground de onde vem a Lava Divers tem se mostrado ativa e a cada dia mais estruturada graças a coletivos que trabalham em prol dos artistas da região. Coletivos como o Rock das Aranha, Cena Cerrado e Mexe o Doce têm criado eventos que estimulam a produção dos artistas da região, com a realização de festivais e feiras”, explica a baterista.
“I Feel You”
“Tearsfall”
“Love Is”
“Inside His Eyes”
“My Boy”
“Eddie Shumway Is Dead”
“Hash And Weed”
“Natural Born Liar”
“Gasoline (Time Is Not On My Side)”
“Great Mistake”
“Forbidden Steps On Hearts”
Ex-integrante das bandas Cabana Café e Parati, a cantora Rita Oliva assumiu a carreira solo no ano passado, quando se reinventou como o nome de Papisa: “Papisa surgiu a partir de uma investigação pessoal, e ela se relaciona com o universo feminino pela simbologia, o próprio nome representa um arquétipo”, ela me explica, falando de um projeto que soa igualmente místico e pop. Depois de lançar um EP e fazer shows que chamaram atenção, ela agora prepara-se para entrar em um novo estágio da sua carreira, começando a trilhar o caminho para o primeiro álbum. “A concepção e gravação do EP foi uma experiência nova para mim, já que inaugurei meu projeto solo e gravei a maioria dos instrumentos, e os shows que tenho feito em formato solo também são. Estou trabalhando no disco, mas sigo fazendo shows paralelamente. Quero que os shows moldem a concepção do disco, e vice-versa”, continua. É assim que ela lança o clipe de “Intuição” em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.
“Meu plano de fazer o clipe de ‘Intuição’ coincidiu com o convite da Tatá (Leon), que é professora e produtora de moda e fez o figurino no clipe, depois que ela viu um show da Papisa e propôs que fizéssemos um vídeo junto com a Manoela (Chiabai), uma das diretoras”, conta Rita. “A gente desenvolveu o conceito junto com a Renata (Chavs), a artista que pintou a mandala na parede do estúdio onde o projeto nasceu. O processo todo foi muito baseado em sensibilidade, em quais sensações a música causa na gente, e em como poderíamos trazer essas sutilezas para a linguagem de vídeo. E seguimos nessa linha no clipe, nos inspirando em deusas da mitologia, partindo do princípio que elas se manifestam na psique feminina como arquétipos. Como a ideia era que eu incorporasse as figuras, chamamos o Johnny pra fazer a preparação de corpo. Ele trouxe uma espécie de meditação guiada que me despertou memórias, e conforme eu contava minha percepção e como eu me sentia a respeito delas, fomos estudando como as deusas se manifestavam no corpo. Foi uma experiência bem interessante que mexeu bastante comigo. Em paralelo, buscamos caracterizar e ambientar essas personagens com figurinos, ângulos de câmera e cenários diferentes. A equipe toda que participou do clipe foi fundamental, e o clima das filmagens também criou um campo pra que a gente pudesse trabalhar de um jeito intuitivo, deixando as cenas fluírem.”
É um rumo que ela deixa que trilhe seu próprio sentido: “A experiência, no sentido de explorar os sentidos e as percepções, é um ponto que me interessa muito e é um caminho que busco com a Papisa”, conclui a cantora, que tem shows marcados para este fim de semana – toca nessa sexta em Petrópolis (mais informações aqui), no sábado em Vitória (mais informações aqui) e domingo no Rio de Janeiro (mais informações aqui).
A banda baiana Maglore dá continuidade às atividades no Centro do Rock no Centro Cultural São Paulo nesta sexta-feira, quando despede-se CCSP de seu terceiro álbum, III, num show que já está com ingressos esgotados (mais informações aqui). O grupo também aproveita para lançar o vídeo (abaixo) da música “Ai Ai”, que acaba de entrar na trilha sonora do seriado Malhação, que agora está nas mãos no Cao Hamburger. Também acontece hoje um debate sobre crítica musical e rock, às 19h, com mediação de Cadão Volpato, diretor do CCSP, e participação dos jornalista Lucio Ribeiro e Alex Antunes.
Projeto de Eduardo Camargo (ao centro na foto acima), o grupo Mawu é um mergulho no sincretismo cultural brasileiro. Livre de gêneros e formatos pré-estabelecidos, ele também é um experimento de gestão de carreira artística, mais um passo que o selo Risco vem dando rumo a uma autonomia comercial e artística de suas empreitadas. A diferença é que eles invertem o processo: em vez de pensar em alternativas comerciais para emplacar um artista, buscam reforçar características autorais para depois ver como isso funciona em termos de mercado. Tem dado certo – foi assim que consolidaram a carreira d’O Terno, vêm moldando a carreira de Luiza Lian e agora permitem que Eduardo parta para essa experimentação artística, cujo primeiro disco, Chamamento, foi lançado na semana passada. E agora eles lançam o primeiro clipe do projeto aqui no Trabalho Sujo. Conversei também com o Eduardo sobre a forma como ele moldou este trabalho, cujo show de lançamento acontece nesta sexta-feira, na Casa do Mancha (mais informações aqui).
Como surgiu o Mawu?
A banda surgiu de um convite. O Guilherme Jesus Toledo, um dos donos do selo Risco e amigo meu de longa data, perguntou para mim quando eu iria participar do selo com alguma história minha. Eu disse que não tinha feita nada por falta de dinheiro. Ele disse então, que era para a eu fazer algo mesmo assim, que a gente daria um jeito para que a coisa rolasse. Eu topei na hora. Foi assim.
É uma banda ou um projeto?
Eu não sei dizer ainda, pois é algo muito novo que está em construção. A dinâmica atual esta sendo mais centralizada em mim. Eu trago as músicas e dou uma direcionada no arranjo mais em termos estéticos do que musicais. O resto e criação coletiva. Mas por agora só. Minha intenção ao longo prazo é que o Mawu seja um espaço para escoar músicas de outras pessoas. Seja um espaço para abarcar uma forma de tocar, compor etc. Que a gente possa tocar do nosso jeito uma música que a gente acha que tem haver com o Mawu. E formar um repertório coletivo. Fazer esse trabalho de interprete também.
Como você reuniu os músicos para tocar neste disco?
Guilherme Giraldi e Charles Tixier são músicos que eu conheço e toco quase há 10 anos. Junto com a Luiza Lian temos uma banda de jazz chama Nuage Jazz, que crescemos tocando na noite paulistana. Igor Caracas conheci na produção de um álbum que trabalhei como co-produtor da banda Holger. Gostei tanto dele que depois fui fazer aula de percussão com ele. O Chicão, foi indicação do Guilherme Giraldi já que precisamos de um elemento no teclado eu não tinhamos. Ele foi a pessoa que gravou, mas infelizmente não esta mais na banda. Quem toca todas as teclas hoje é o Mauricio Orsolini.
De onde vem o nome da banda?
Eu estava com muita dificuldade de decidir qual seria o nome da banda, depois que gravamos. No inicio tinha certeza que esse nome viria, que o vento ia me trazer. Mas nada veio. E o tempo estava passando, e precisávamos de um nome. Até o Guilherme Giraldi deu a sugestão de eu ir procurar esse nome de uma outra forma. Decidi pedir ajuda para uma amiga, Sandra de Xadantã, uma mãe de santo de um terreiro que sou amigo das pessoas que tocam o lugar. Depois de muita conversa, de ela ouvir o CD comigo, e com a ajuda do búzios nos chegamos em algum nomes e dentro deles estava MAWU. Gostei em especial dele. Ela disse que tudo bem usar. Fomos nele.
E como é o show?
No show tocamos músicas do CD com arranjos diferentes. Além disso fazemos músicas novas que não foram gravadas. No mesma divisão que está no CD. As instrumentais são de minha autoria. As canções compus com meu parceiro Kike Toledo, sambista que eu tive o prazer de produzir seu primeiro álbum. O show de estréia sexta agora na Casa do Mancha, vai contar com a participação do Kike Toledo e Victoria Saavedra nos vocais, e na percussão Abuhl Junior e Eder “O” Rocha.
Ironizando a legião de fãs que busca pistas sobre a banda como uma espécie de versão lo-fi do Arquivo X, o grupo canadense Arcade Fire lança mais uma música de seu próximo álbum, Everything Now, junto com o clipe. A irresistível “Signs of Life” segue o apelo pop do álbum até agora, que já está sendo lentamente exibido em público.
Além das três faixas lançadas oficialmente (além de “Signs…”, o grupo já mostrou a faixa-título do disco e “Creature Comfort” – “I Give You Power“, como podemos ver pela lista de músicas que estará no disco, abaixo, ficou de fora), o grupo também mostrou a inédita “Chemistry” ao vivo, em um show num local bem menor do que o que eles costumam fazer.
New @arcadefire song at York Halls tonight – Chemistry 🔥 @ArcadeFiretube pic.twitter.com/Jr2mrI6C3U
— Ian Reynolds (@ianreynolds_5) July 4, 2017
Essa é a capa e a ordem das faixas do próximo disco:
“Everything_Now (continued)”
“Everything Now”
“Signs of Life”
“Creature Comfort”
“Peter Pan”
“Chemistry”
“Infinite Content”
“Infinite_Content”
“Electric Blue”
“Good God Damn”
“Put Your Money on Me”
“We Don’t Deserve Love”
“Everything Now (continued)”
Mais uma música nova dos papas do pós-rock, “Party In The Dark” não é tão introspectiva quanto a primeira faixa revelada pelo Mogwai, “Coolverine”, ampliando o espectro sônico e temático do próximo disco da banda escocesa, Every Country’s Sun, que deve sair no início de setembro.
A propósito, “Coolverine” ganhou um clipe:
Mais uma música do disco novo do National, “Guilty Party” é mais uma prova que Sleep Well Beast pode ser um dos melhores discos da banda.
O disco deve ser lançado em setembro.











