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Duas polaróides divulgadas nesta terça-feira mostram um retrato bem diferente do Brasil – não apenas para si mesmo como para o resto do planeta. A primeira delas revela que o pernambucano João Gomes é o primeiro artista a figurar no primeiro show do Tiny Desk Brasil, num golaço da produção do novo programa. Num show de vinte minutos, ele enfileira vários de seus novos clássicos (“Dengo”, “Meu Cafofo”, “Reencontro”, “Aquelas Coisas” e “Eu Tenho a Senha”, entre outras, assista abaixo) e aumenta ainda mais o sarrafo e a expectativa para os próximos programas – você chuta quem pode ser o próximo? A outra traz o baiano Wagner Moura, fazendo o tour de promoção de O Agente Secreto, dentro do armário da Criterion, escolhendo filmes clássicos como o canal de streaming e selo de DVDs faz ao convidar grandes nomes do cinema. O vídeo com a íntegra de sua participação ainda não foi divulgado, mas entre os títulos escolhidos estão o cubano Memórias do Subdesenvolvimento (1968), o franco-belga Rosetta (1999), o italiano Ladrões de Bicicletas (1948) e o brasileiro Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964). E pensar que dois anos e meio atrás estávamos saindo de um abismo tão profundo (ainda estamos, é verdade) que a possibilidade de um futuro parecido com este 2025 era ínfima. E tem muito mais pra vir por aí…

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A volta do Rush!

A volta do Rush era inevitável, só não sabíamos quando, mas Geddy Lee e Alex Lifeson acabam de anunciar que a espera termina em 2026, quando dão início à turnê Fifty Something, em que visitarão clássicos de sua banda ao lado da baterista Anika Nilles, que vinha tocando com Jeff Beck. Os dois já haviam tocado músicas de seu grupo após a morte do baterista Neil Peart no início de 2020 em ocasiões específicos e no vídeo que publicaram nessa segunda em seu Instagram fica claro o quanto eles gostam de estarem juntos, tocar e anunciar essa tão aguardada turnê. Lee também aproveita a nova formação para não tocar teclados e a banda passará por Los Angeles (dias 7 e 9 de junho), Cidade do México (18), Fort Worth (24 e 26), Chicago (16 e 18 de julho), Nova York (28 e 30), Toronto *6 e 9 de agosto) e Cleveland (17 de setembro) – e não duvide se pintarem mais datas na programação. Será que alguém vai trazer pro Brasil?

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Magdalena Bay e Japanese Breakfast dividiram mais do que a escalação do sábado no festival Austin City Limits, nos EUA, que aconteceu neste fim de semana quando a dona da última banda, Michelle Zauner, convidou a dupla da primeira para subir ao palco no final de sua apresentação. E a música que escolheram para tocar bateu tanto no ponto de vista nostálgico quanto no tema da canção, quando voltaram à já clássica “Time to Pretend”, da dupla MGMT, numa versão muito astral.

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E o Saturday Night Live que fez uma paródia do Chaves e escalou o Bad Bunny pra interpretar o Quico? São tantas camadas de interpretação…

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Aproveitando essa discussão sobre a briga velada entre Taylor Swift e Charli XCX, ressuscitaram esses dias uma entrevista de 2016 dada para a Noisey, o canal de música da falecida Vice, em que o mestre Neil Tennant, dos Pet Shop Boys, chama a loira hoje bilionária de “Margareth Thatcher da música pop” por sua atenção dedicada à abordagem da música como negócio. O comentário vem a partir de uma pergunta sobre o estado atual da música pop naquele ano e depois de citar The Weeknd, Skrillex, Justin Bieber, Zayn Malik e Lady Gaga, faz o comentário sobre a senhorita Swift, mas não o fez de modo pejorativo, reforçando que “pelo menos alguém está fazendo isso”. E isso muito antes dos discos folk lançados durante a pandemia e da turnê The Eras. Vale ver a entrevista inteira, inclusive porque num dado momento ele fala sobre quadrinhos da Marvel (!).

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Taylor Swift lançou mais um disco essa semana, mas uma música em especial está chamando mais atenção – e por motivos que vão para além da música. “Actually Romantic” é uma resposta mal educada ao Brat de Charli XCX, disco que, a partir das inseguranças de sua autora, busca tocar em temas delicados na música pop como, por exemplo, a competição entre artistas – especialmente artistas mulheres. Enquanto “Sympathy is a Knife” – que reclama que “toda essa simpatia é uma faca” – parece ser destinada a Taylor Swift (especificamente por mencionar ter que encontrar alguém nos bastidores do show da banda do namorado da Charli – ela que hoje é casada com o baterista do The 1975, cujo vocalista namorou Taylor), mas fala sobre inseguranças com o mundo do entretenimento como um todo. Pois parece que Taylor achou que não só essa música, mas todo o Brat, era sobre ela, a ponto de ela batizar sua faixa de desforra em referência à faixa “Everything is Romantic” do disco de Charli. Só que o mesmo havia acontecido em relação a “Girl, So Confusing” do mesmo disco em relação à cantora neozelandesa Lorde, que em vez de responder à Charli em outra música, preferiu juntar forças à suposta antagonista numa versão remix da música do Brat, rendendo uma versão ainda melhor da música original, uma parceria – e uma amizade – improvável e uma resposta à pretensa inimizade que deve florescer entre quaisquer cantoras. Havia uma expectativa que Taylor participasse do Brat and It’s Completely Different but Also Still Brat (como tantos outros fizeram, da Robyn a Ariana Grande, passando por Addison Rae, Caroline Polachek, Lorde, Tinashe, Julian Casablancas, Bon Iver, Billie Eilish e tantos outros), mas pelo jeito ela não entendeu nada, fez uma música de resposta bem forçada (e, vamo falar a real, bem infantil) e vai dar mais holofote ainda pra Charli, que já tinha desligado seu Brat pra focar na carreira de atriz. E se a gente compara a música da Charli com a da Taylor então, pobre menina rica…

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De volta ao Tusk

2025 tem sido um ano agitado para Stevie Nicks, que além de ressuscitar – pela primeira vez no formato digital (incluindo CD) – o disco que fez em parceria com seu ex-companheiro Lindsey Buckingham antes que os dois entrassem no Fleetwood Mac (o ótimo Buckingham Nicks de 1973, que já está nas plataformas de streaming), ela voltou a fazer shows solo com a expectativa que, em algum momento, ela volte a tocar com os ex-colegas de banda para voltar a clássicos do rock dos anos 70. Mas se o Fleetwood Mac não volta aos palcos, ela aos poucos está voltando com a banda para seu repertório e, no show de estreia de sua nova turnê, que começou na quarta passada em Portland, além de sucessos de sua antiga banda que não saem de seu repertório (como as imortais “Dreams”, “Gold Dust Woman”, “Rihannon” e “Landslide”), ela pinçou uma música que não tocava há 42 anos (!) quando visitou “Angel”, do subestimado – e incompreendido – Tusk, disco duplo que sua antiga banda gravou em 1979 como sucessor do incensado Rumours, que funcionou como trilha sonora para os dois divórcios que aconteceram na banda durante sua gravação (o de Stevie com Lindsey e o do baixista John McVie com a vocalista tecladista Christine McVie) e quase acabou com o grupo. Mas felizmente ela não esqueceu…

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Não tínhamos essas imagens porque no primeiro show de sua turnê pelos EUA (aquela Got Back Tour que passou por aqui em 2023), o cara teve a manha de fazer um show pra menos de 5 mil pessoas (“apenas 5 mil pessoas”) e com isso pode restringir o uso de câmeras ou celulares na apresentação que fez semana passada. Mas como sempre tem alguém filmando, eis que…

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Virou outubro e o Tiny Desk acaba de anunciar que a estreia de sua versão brasileira acontece na primeira segunda do mês, dia 7, às 11h da manhã. Só achei palha eles terem escolhido como trilha sonora do trailer de anúncio uma música dos hypados Ca7riel & Paco Amoroso em vez de um artista brasileiro… Tudo bem que eles não queiram dar spoiler, mas dá pra defender nossa soberania artística sem apelar pra hype gringo.

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O Brasil é um país tão peculiar que alguns de seus grandes heróis são humoristas – e o patriarca desse clã é o imortal Apparício Torelly, mais conhecido por seu pseudônimo Barão de Itararé, que, nos tempos de Getúlio Vargas, era um dos grandes desafiadores do sistema ao ironizar a forma como a política sempre foi feita por aqui – mesmo que voltasse a reação às suas piadas pudessem ser prisão e tortura estatais. Sua importância vem resgatada no documentário O Brasil Que Não Houve – As Aventuras do Barão de Itararé no Reino de Getúlio Vargas, uma parceria de dois grandes nomes retratistas de nossa cultura neste século, o jornalista Renato Terra e o cartunista Arnaldo Branco. Com vasta experiência em audiovisual, os dois se reuniram para roteirizar e dirigir a quatro mãos o documentário, narrado por Gregorio Duvivier, que terá exibições na mostra Première Brasil do Festival do Rio a partir do dia 5 de outubro e acaba de ter seu trailer divulgado. Um filme que vem em boa hora.

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