
Dua Lipa despediu-se da América do Norte nesta semana quando fez suas duas últimas apresentações desta turnê em Seattle, mantendo sempre a regra de homenagear a cidade visitada com músicas nascidas nela, mas ao contrário do que imaginei (cogitei Hendrix, Heart ou Nirvana), ela preferiu olhar para seus contemporâneos, convidando dois artistas da cidade para dividir vocais em suas canções. O primeiro show na Climate Pledge Arena aconteceu na quarta, quando ela chamou a ícone folk local Brandi Carlile para dividir seu primeiro grande hit, “The Story”. Depois, na quinta, foi a vez de chamar o herói indie da cidade, Ben Gibbard, da banda Death Cab For Cutie, para subir no palco, chamando-o de “lenda” por duas vezes, para tocar “I Will Follow You Into The Dark”, hino de sua banda em 2006, em versão acústica. E agora ela aponta sua turnê para nossas bandas, com shows na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e, claro, Brasil, antes de encerrar a turnê com três show na Cidade do México. E aí, quem vai no show dela por aqui?
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O segundo trio mais importante da carreira de um dos papas do indie rock está de volta! Depois de atiçar os fãs com pistas na internet, Bob Mould – o monstro sagrado que mudou a história do rock dos EUA ao liderar o clássico trio Hüsker Dü – reativa o Sugar, banda que montou com o baixista David Barbe e o baterista Malcolm Travis no início dos anos 90, quando a fórmula criada no Dü finalmente tinha se estabelecido no inconsciente coletivo, graças a grupos como Dinosaur Jr., Pixies, Nirvana e Smashing Pumpkins. O grupo durou pouco tempo, mas foi o suficiente para afirmar a importância de seu principal compositor, que mantém uma bem sucedida carreira solo desde então. Aproveitando a inevitável nostagia pelos anos 90, o grupo resolveu voltar à ativa, anunciando shows para o ano que vem (dois em Nova York, dias 2 e 3 de maio, e depois em Londres, dias 23 e 24, o que deve crescer para uma turnê) e mostrando o clipe de uma música nova, indicando que pode ter disco novo vindo aí.
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Depois de alguns teasers online, a australiana Courtney Barnett lança um novo single que pode ser o início de um novo capítulo em sua discografia. O rock cru “Stay in Your Lane” vem com clipe dirigido por Alex Ross Perry, que além de assinar clipes do Ghost, Soccer Mommy, Sleigh Bells e Kim Gordon também é o autor do metadocumentário Pavements, sobre a clássica banda indie. O clima de inquietação rock da música – característico dos primeiros discos de Barnett – conversa com as estranhas cenas em um hospital que aparecem no vídeo. É seu primeiro lançamento desde o instrumental End of the Day, que ela lançou de surpresa em 2023 com temas que fez para a trilha do documentário Anonymous Club, mas desde que lançou Things Take Time, Take Time em 2021 não lançava mais nenhuma canção mais tradicional. Até agora. Vamos esperar notícias do disco.
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O segundo Tiny Desk Brasil, exibido nessa terça-feira, foi também o primeiro a ser gravado, no dia 2 de setembro deste ano – e foi a edição cuja gravação pude presenciar ao vivo. Depois de João Gomes, a não assumida mesinha foi para outro extremo do espectro da nossa música e reuniu o querido trio Metá Metá ao idiossincrático Negro Leo, numa curta apresentação em que além de tocar “Rainha das Cabeças”, “Bará Bará” e “Obatalá”, ainda fizeram “Sem Cais” (que Leo compôs para o soberbo Delta Estácio Blues, segundo disco de Juçara Marçal, produzido por Kiko Dinucci, trazendo finalmente Thiago França para o universo DEB) e “Eu Lacrei” do próprio Leo num show, como de praxe, foda.
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O grupo mineiro Varanda acaba de comemorar o primeiro aniversário de seu disco de estreia, Beirada, e encerra 2025, que viu o grupo, entre outras coisas, ser escalado para tocar na próxima edição do Lollapalooza, com o lançamento de um EP que encerra sua primeira fase. Rebarba é o nome do disco de cinco músicas que chega às plataformas de streaming nessa terça, reunindo composições que o grupo preparou durante a gravação de Beirada mas que só veem a luz do dia agora — e eles antecipam em primeira mão aqui para o Trabalho Sujo um clipe em 360º que fizeram para uma das músicas, “Ela Já Me Ama”, gravado no bunker da banda, o Estúdio LadoBê, em Juiz de Fora, que traz a vocalista Amélia do Carmo tocando violão e o guitarrista Mario Lorenzi se arriscando no synth. “O disco abriu muitas portas pra gente, tem trazido muitas boas oportunidades da gente espalhar o nosso som, tocando em novos lugares e até pra públicos novos nos lugares que a gente já tocou, porque muitos novos ouvintes chegaram esse ano”, explica o baixista Augusto Vargas. “Estamos na ansiedade pro ano que vem, pra além do Lolla, esperamos chegar em novos lugares e lançar outro disco”, continua Augusto, que diz que a banda ainda não está com planos de novo disco por enquanto. “Mas já existem várias músicas pra serem trabalhadas e estamos querendo começar isso logo”, conclui.
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Encerrando a etapa californiana de sua turnê pelos Estados Unidos, Dua Lipa celebrou dois ícones pop de São Francisco nos dois show que fez na cidade nesse fim de semana. Ela começou os trabalhos no sábado, quando visitou o blues imortal de “Piece of My Heart” de Janis Joplin, numa versão light que ficou aquém de seu potencial vocal (vai ver ela não estava inspirada no dia). E no domingo ela recebeu o próprio vocalista do Green Day, Billie Joe Armstrong, para marcar de vez a mudança de estação com sua balada “Wake Me Up When September Ends”. Sua próxima parada é em Seattle. Será que ela vai de Jimi Hendrix, Heart ou Nirvana?
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Robbie Williams adiou o lançamento de seu próximo disco, batizado de Britpop, para o ano que vem, pois não queria correr o risco de ser destronado por Taylor Swift. “É bem egoísta, eu quero meu décimo sexto disco no topo da parada”, disse ao jornal Guardian, explicando a nova data de um disco cujos singles que já foram mostrados contam com participações especiais de Tony Iommi, do Black Sabbath, e da dupla mexicana Jesse & Joy. E para não perder o espaço nos holofotes, pinçou o primeiro hit da banda “Wet Leg” para tocar em uma apresentação que fez no programa Radio 1 Anthems Live Lounge da BBC londrina. Além de misturar o hit “Chaise Longue” com sua própria “Candy” e com o grito de guerra dos Ramones, ele ainda mudou o início da música, falando de sua própria carreira, ao cantar que “eu entrei no Take That e ganhei diploma de pop star”. Ficou massa.
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Se Dua Lipa já tinha subido bem o sarrafo ao puxar uma música do Mamas & The Papas e outra do Fleetwood Mac como suas primeiras celebrações californianas, durante sua turnê pelos EUA, nas duas outras noites que tocou em Los Angeles, ela trouxe talvez duas de suas melhores participações locais dessa turnê. Na primeira noite, na terça-feira, ela trouxe para o palco ninguém menos que o senhor Lionel Richie, irretocável, para celebrar sua essencial “All Night Long”. No dia seguinte, ela foi ainda mais fundo e trouxe a própria Gwen Stefani para dividir os vocais do maior hit de seu grupo No Doubt, a baladaça “Don’t Speak”. É tão bom vê-la não apenas mapeando os hits da cidade em que passa, mas colocando-os em uma genealogia própria, que parece seguir a cronologia do rock clássico, mas que também apóia-se em grandes hits pop (e não importa se é um rap, uma música latina ou um rock farofa) e baladaças arrasa-quarteirão, mostrando de onde ela veio. A próxima parada ainda é na Califórnia, mas dessa vez em São Francisco.
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PinkPantheress vem comendo pelas beiradas e pode devagarinho puxar 2025 pra si mesma. Ela lançou um dos discos mais divertidos do ano – Fancy That, que ela mesma chama de mixtape, com suas 9 canções em parcos 20 minutos – e aos poucos vem dando passos consideráveis para mostrar que pode mais do que fazer a gente rir e dançar. Primeiro ao lançar seu próprio Tiny Desk com músicos de verdade, cantando sem autotune pela primeira e fazendo bonito e depois ao vocalizar seu apoio à causa palestina no grande evento produzido por Brian Eno. O próximo estágio é um disco de remixes, batizado de Fancy Some More?, que ela revelou essa semana e deverá ser lançado já nessa sexta. Mas o que poderia ser só uma releitura do disco do começo do ano tornou-se um evento épico com a participação de mais de duas dezenas de artistas, incluindo nomes como Kylie Minogue, Oklou, Kaytranada, Basement Jaxx, Joe Goddard do Hot Chip, Groove Armada, Bladee, os brasileiros Caio Prince, Adame, Mochakk, Anitta e vários outros. E você achava que o ano já estava chegando no fim…
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Ainda em sua extensa turnê pelos Estados Unidos, Dua Lipa continua sua longa visita ao cancioneiro estadunidense agora fazer versões para músicas do Texas e da Califórnia. Na terça passada ela tocou a primeira data em Dallas, quando puxou o maior hit de Kelly Clarkson, “Since U Been Gone”, para emendar, no dia seguinte, com “Beyond”, do cantor e compositor Leon Bridges (que, nascido em Atlanta, foi criado em Forth Worth, no Texas – a mesma cidade em Clarkson nasceu), que subiu ao palco para dividir os vocais com a cantora. Já nos dois dos quatro shows que agendou em Inglewood, na região de Los Angeles, ela não mediu esforços e foi em dois clássicos, primeiro, no sábado, uma versão arrasadora para “The Chain” do grupo Fleetwood Mac (que apesar de inglês tornou-se outra banda com a entrada dos californianos Lindsey Buckingham e Stevie Nicks) e depois, no domingo, visitando o hino hippie “California Dreaming”, do grupo The Mamas & The Papas. Ela ainda faz mais duas datas na mesma cidade – terça e quarta – e o repertório que pode ser visitado é muito extenso. Alguma aposta?
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