Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Já tinha conversado com a Thais Farage aqui no Bom Saber na época em que ela lançou o livro Mulher, Roupa, Trabalho – Como Se Veste a Desigualdade de Gênero e agora chamei a coautora do livro, a advogada e professora Mayra Cotta, especializada em direitos humanos (https://veredasdh.com/) na questão de gênero, para falar dos avanços do feminismo nos últimos anos, como esta é uma questão central da política neste século, como esta questão está sendo discutida no Brasil e na América Latina e como a opinião pública importa menos do que achamos para os avanços sociais que precisamos.
(Foto: Wendey Meyer)
Bons ventos do Rio trazem mais um disco promissor vindo do outro lado da Dutra. Raquel Dimantas toca baixo e synth nas bandas dos compadres Marcelo Callado e Thiago Nassif e está preparando o lançamento de seu primeiro álbum 8 Hits! para ser lançado este mês e dá o ar de sua graça em primeira mão para o Trabalho Sujo (assista abaixo), onde estreia o clipe do primeiro single, “Lunares”, que chega às plataformas digitais nesta quarta-feira. “Foram mil camadas e texturas adicionadas ao longo de três anos de produção, trabalhado junto com os três produtores Jonas Sá, Thiago Nassif e Bruno di Lullo”, ela me explica por email. “No início, imaginei que ele seria um álbum instrumental, mas ele foi ganhando novas formas, textos, cores e canais. Acredito que seja um disco de personagens – cada faixa tem um gosto.” E o primeiro gosto é justamente a lesada “Lunares”, que lentamente abre as cortinas deste espetáculo tropicalista à medida em que mostra o caminho torto e psicodélico para onde o disco vai.
Nesta terça-feira, maior prazer de recebermos no Centro da Terra o show de transição da atriz, cantora e compositora Malú Lomando. Ela, que lançou seu primeiro disco há exatamente dois anos (e, portanto, bem no início da pandemia), está repensando seu trabalho e aproveita a deixa para fazer a ponte entre seu álbum de estreia, Alphaleonis, e a nova cara de seu projeto musical, que mistura música, teatro e literatura. Ela se apresenta ao lado da pianista Giovanna Nunes e o espetáculo começa pontualmente às 20h (e os ingressos podem ser comprados neste link).
Entre discussões sobre satanismo, sexo animal, o substituto da Bíblia, o último livro de Norman Mailer, a história do LSD, a relação entre o Riquinho, o Brasinha e o Gasparzinho, o final de River Raid, porque action figures não são bonecas, o substituto da Bíblia, a continuação do caso Campina Grande, a obsessão por Jean Michel Jarre e a genealogia dos programas de Luciano Huck, eu, Vladimir Cunha e Emerson “Tomate” Gasperin embarcamos em mais uma sessão do seu programa semanal favorito sem a menor ideia para onde vamos.
A situação entre Rússia e Ucrânia mais uma vez pauta o programa sobre relações internacionais que faço com o Tomaz Paoliello (que voltou ao Twitter, o sigam por lá!) e puxamos uma discussão sobre o chamado Ocidente. O que é o Ocidente? É uma divisão da época da Guerra Fria ou remonta ao colonialismo – talvez até antes disso? Falamos também sobre como o termo Oriente vem cercado de uma aura pejorativa e discussões que abordam a África, a América Latina, o Hemisfério Sul, os BRICS e o chamado Terceiro Mundo.
Nesta terça-feira quem comanda o espetáculo no Centro da Terra é o mestre Kamau, que faz sua primeira apresentação ao vivo desde 2020. Em Comutá, ele volta ao palco do teatro no Sumaré misturando clássicos de sua carreira com músicas compostas nestes últimos dois anos, contando com a participação do monstro Erick Jay, do tecladista Jhow Produz e do rapper DCazz. A apresentação começa pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados aqui.
Na primeira temporada de música do Centro da Terra após dois anos sem realizar apresentações ao vivo, Bernardo Pacheco resolveu explorar os limites do espaço cênico misturando artistas de diferentes disciplinas para expandir as possibilidades do improviso. A temporada Deforma faz parte da série Formação, em que o músico, engenheiro de som e diretor artístico vem explorando possibilidades de diálogo entre som, luz e corpo e que ganha uma nova etapa todas as segundas-feiras de março de 2022, no palco – e além dele – do Centro da Terra. Eis os artistas que ele chamou para participar das apresentações:
– 7 de março
Adriana Nunes
Barulho Max
Bernardo Pacheco
Olivia Munhoz
– 14 de março
Cacá Amaral
Júlia Barnabé
Lena Kilina
Philip Somervell
Rocío Walls
– 21 de março
Diogo Terra Vargas
Isadora Prata
Paola Ribeiro
Thomas Rohrer
– 28 de março
Christopher Mack
Inés Terra
Mariana Taques
Paulinho Fluxuz
Mais informações no site do Centro da Terra. Ingressos à venda através do Sympla.
Com a benção de Lou Reed, eu, Tomate e Vlad assistimos pasmos à cooptação da direita de ícones progressistas como o estupor sintético, a curva no fim das costas e a maior banda de todos os tempos depois do Black Sabbath fase Dio (segundo o senhor Gasperin) e emendamos conversas sobre trilhas sonoras, séries sobre crime organizado e virunduns.
Pulamos fevereiro, mas eis o DM aqui de novo e eu e Dodô falamos do Carnaval 2022 e das implicações políticas da forma como ele foi celebrado – e não bastasse isso, falamos sobre esta tal iminente terceira guerra mundial e como ela conversa com esse momento pandêmico que ainda estamos atravessando. E o Dodô ainda fala dos projetos que ele está envolvido que começam a aparecer esse ano, como o show 22.