Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Centro da Terra: Abril de 2022

Seguimos felizmente a nova safra de espetáculos que está reativando o palco do Centro da Terra e depois de um março caloroso é hora de assistirmos a um abril em que artistas exploram novas possibilidades de seus trabalhos, sempre às segundas e terças-feiras (e os ingressos já estão à venda aqui). A temporada de segunda-feira fica a cargo do Zé Nigro, mais conhecido por ter produzido discos de Curumin, Francisco El Hombre e Anelis Assumpção (além de estar finalizando o novo de Russo Passapusso), que finalmente lançou seu primeiro trabalho solo no ano passado e o expande pelas quatro segundas do próximo mês, sempre esmiuçando diferentes aspectos de seu álbum de estreia, Apocalip Se, na temporada Görjeios. Na primeira segunda, dia 4, ele convida Anna Zêpa, Eveline Sin e Dandara Azevedo que declamam poemas que conversam com músicas compostas ao lado de Zé, apresentando-as nesta mesma noite. No dia 11, ele convida Saulo Duarte e Anais Sylla, que também participaram do disco, em uma noite mais intimista e tropical. No dia 18 é a vez de Zé receber o produtor Beto Villares e a cantora Alessandra Leão e seu mês termina no dia 25 antecipando a instalação que batiza a temporada, em que convida o público para uma imersão nas questões ambientais tão ameaçadas atualmente. Na primeira terça do mês, dia 5, é a vez de receber a dupla Suzana Salles e Luiz Chagas, que apresentam o espetáculo Rozana e Charles, uma homenagem que os dois fazem à duradoura amizade que começou nos ensaios da banda Isca de Polícia. Na segunda terça-feira, dia 12, recebemos a querida Anna Vis, que mostra suas primeiras composições e o início de seu primeiro disco solo ao lado de Marcelo Cabral, Eduardo Climachauskar e Rômulo Froes. Marcelo Cabral retorna nas duas terças do final do mês ao lado de Gui Held e Maria Beraldo para mostrar uma outra versão de seu primeiro disco solo, chamada Motor Elétrico. Vai ser um mês e tanto, preparem-se!

DM: Assuntos demais, tempos de menos

Sobrevivemos ao maior março da história e entre tapas do Will Smith e beijos no ombro durante o Lollapalooza, eu e Dodô Azevedo repassamos o excesso de conjunturas que estamos atravessando que transformou a realidade em algo mais Big Brother Brasil que o próprio Big Brother Brasil e fez com que o conflito entre Rússia e Ucrânia desaparessesse do radar, como também vem acontecendo com a pandemia. E isso nos leva a um assunto ainda mais complexo: Battlestar Galactica.

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3 Hombres: Sob o Sol que Nunca Morre

Há décadas, uma promissora banda paulistana se reunia com um produtor gaúcho novato para registrar seu primeiro LP, mas, depois de gravado e mixado, aquelas fitas originais não foram lançadas e desapareceram logo em seguida, fazendo com que o disco fosse dado como perdido por muito tempo. Até que vasculhando o baú do saudoso @minimundomini, Sob o Sol Que Nunca Morre foi reencontrado e finalmente vê a luz do dia trinta e três anos após sua gravação. E os 3 Hombres remanescentes, Daniel Benevides, Jair Marcos e Thomas Pappon, se reúnem pela primeira vez em décadas nesta terça-feira no Centro da Terra, a partir das 20h, para celebrar as músicas deste disco, que está sendo lançado pela primeira em vinil, e os vinte anos da passagem de um de seus integrantes original, o lendário Celso “Minho K” Pucci. A noite promete! Os ingressos podem ser comprados aqui.

Vida Fodona #756: Botar ordem na casa

Começando pra valer…

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Bom Saber #083: Juliana Vettore

No meu programa semanal de entrevistas, converso com Juliana Vettore, que toca a iniciativa A Capivara e o papo inevitavelmente é sobre livros, literatura, poesia e o mercado editorial brasileiro – dos pequenos aos grandes – e como sobreviver a estes tempos de trevas políticas e pandemia dentro deste meio.

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Aparelho: A harmonização (inclusive a escrotal) é o primeiro passo do transhumanismo

A equipe Aparelho se reúne para mais uma sessão de discussões incongruentes, infames e ingratas que desta vez parte da possibilidade de harmonizarmos TUDO – a ponto do improvável botox escrotal ser lançado com o nome real de SKROTOX. Isso nos faz cogitar uma inteligência artificial que emule as sugestões de Ed Motta para qualquer situação de sua vida, um possível Red Hot Steely Dan, wurlitzers e uma economia baseada em cu, além de inspirar reflexões sobre samba, reggae e funk-o-metal.

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Tudo Tanto #126: Fred Zeroquatro

O papo do meu programa sobre música brasileira desta vez é com o líder e fundador do Mundo Livre S/A Fred Zeroquatro, que está lançando mais um disco com sua banda, Walking Dead Folia, que comenta esse período pandêmico que estamos atravessamos – e aproveitamos para relembrar as décadas de história do grupo que é um dos pilares do mangue beat.

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Noiserv: No Brasil

Terça-feira é dia de atração internacional quando o Centro da Terra recebe o cantor, compositor e músico português Noiserv, que traz suas composições doces e melancólicas para o palco do teatro no Sumaré – e a apresentação No Brasil, que marca sua primeira vinda ao país, ainda terá a presença de Bárbara Eugênia, que divide uma música com ele no palco. Os ingressos podem ser comprados aqui.

Cine Ensaio: Diretores – Steven Spielberg

Mais um Cine Ensaio que celebra diretores e dessa vez vamos a uma unanimidade: o diretor de clássicos como E.T., Tubarão, os quatro Indiana Jones, Lista de Schindler e Parque dos Dinossauros é tão celebrado como um dos maiores nomes do cinema norte-americano como um dos sinônimos da pasteurização da linguagem cinematográfica feita por Hollywood. Eu e André Graciotti pertencemos ao primeiro time e temos Steven Spielberg como um dos grandes nomes da história do cinema e por isso dedicamos este programa à sua obra.

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Aparelho: Lineu Maguila

Entre comunidades online sequestradas pela extrema-direita e a desagradável descoberta que a Caravana Holliday não é o Brasil Profundo, mais uma vez eu, Vladimir Cunha e Emerson “Tomate” Gasperin entramos em uma longa – mas cronometrada – digressão sobre o que é o nosso país, tendo em vista os saltos de fé das picuinhas de classe média, o rock brasileiro nunca teve cara de bandido, um possível revival de grupos de WhatsApp e como bodes na sala mental vem testando nossos limites.

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