O final da Caverna do Dragão que não aconteceu

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Conheci o Pablo Miyazawa, hoje respeitável diretor de redação da Rolling Stone brasileira há alguns anos, quando comecei a trabalhar na Conrad, lá pelos idos dos anos 70, e naquela época Pablo era apenas um jovem repórter de cultura pop que havia começado a editar sua primeira revista de games, a Nintendo World. Mas na redação no quintal da editora, na clássica casinha amarela do lado do Parque da Aclimação, Pablo já era conhecido por ter revelado o que aconteceu no final da Caverna do Dragão.

O desenho animado já não passava mais na TV nem haviam tantos canais de TV a cabo dedicado a desenhos animados naquela época que permitissem sua volta à programação, mas naquela época (na virada do século passado para este, falando a real), ele já era lembrado com nostalgia, principalmente por seu caráter inconclusivo. Afinal, os garotos haviam conseguido sair daquele universo de RPG? Ou, como corria uma lenda urbana, o Mestre dos Magos seria o grande vilão da história, brincando com as almas de meninos que haviam morrido num brinquedo de um parque de diversões e acreditavam ser possível sair daquele mundo? Pablo, na época repórter da saudosa revista Herói, resolveu investigar direto com a fonte e descobriu que a série não tinha um final porque não foi renovada. A terceira temporada, que deveria começar em 1985, não foi ao ar e, no limbo, ficou o roteiro de um episódio que nunca foi executado, chamado Réquiem. Na matéria feita pelo Pablo em 1999, o escritor Michael Reaves liberou o roteiro daquele que seria o último capítulo da Caverna do Dragão, um episódio que nunca foi realizado.

Até que o brasileiro Reinaldo Rocha, em 2011, pôs em prática o roteiro de Reaves, recuperado pelo pessoal do Complexo Geek, vale ler na página deles.

10 anos de Gardenal

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Pablo lembrou-se dos dez anos da fundação do Gardenal, um dos primeiros (talvez o primeiro) coletivos de blogs no Brasil, onde este Trabalho Sujo ficou hospedado durante muito tempo e que serviu de trampolim para a criação dOEsquema. Ele lembra:

Furnari falou: “Você conhece um monte de malucos que tem blog. Você tem o seu, eu tenho o meu. Porque não convidamos esses caras para se hospedar conosco?”. As palavras talvez não tenham sido essas, mas foram bem parecidas. A ideia era pagar um servidor e hospedar os blogs dos conhecidos que tinham algo a dizer. Nós pagaríamos, e portanto poderíamos escolher quem convidar. Não entraria qualquer um, apenas quem “merecesse” de alguma forma, ou combinasse com a proposta. Afinal, estávamos fazendo aquilo tanto para nós mesmos quanto para os outros. O conceito da “filantropia digital” deve ter vindo logo em seguida. Estaríamos fazendo algum bem para as pessoas, a um baixo custo (pelo menos para nós): R$ 30 por mês, divididos entre os “donos”, mais o tempo gasto para convidar novos membros, criar layouts a partir de um template simples e cuidar de eventuais perrengues tecnológicos (e eles existiram, aos montes). Mesmo assim, parecia barato e bacana de se fazer. Na verdade, era como se precisássemos fazer – isso em uma época em que a boa reputação digital era algo que não era tão almejado (não havia redes sociais) ou era privilégio de pouquíssimos.

Na época, eu cheguei a escrever em um blog meu:

“… se você for uma pessoa legal, será convidado a visitar a comunidade virtual que estamos bolando. Filantropia Digital, se não é um slogan, é um bom pretexto para gastar dinheiro e não esperar retorno. Logo mais tem mais detalhes.”

Uma semana antes, eu já havia dado outra pista. Mas talvez eu nem soubesse ainda do que estava falando. Não me lembro.

“Mil pessoas novas, cheias de opiniões, pontos de vista, textos inteligentes, experiências desconhecidas, procedências idem, que nunca (ou pouco) vi em pessoa, mas existem na virtualidade.

O que fazer com tanta gente?
Chamar pra uma festa pode ser uma.”

A intenção que jamais admitimos era a de organizar uma festa e consequentemente se dispor a entreter todo mundo (ou pelo menos começar uma boa brincadeira). Convidamos mais um sócio, o Alberto Alerigi Jr., também amigo da PUC, que sabíamos que iria abraçar a causa na hora (e topar dividir o trabalho). Inventamos pseudônimos ridículos, para manter o mistério (Senhor Bonzinho, Senhor Afável e Senhor Simpático). Começou já trabalhoso. Convidei todos que sabia que tinham blog. E instiguei outros a começar. Convidamos o Ubiratan Leal, colega da PUC, que começou a escrever sobre futebol no Balípodo. Avisei o Alexandre Matias, que havia trabalhado comigo na Conrad, que trouxe o Trabalho Sujo. Não demorou para o próprio Matias buscar mais gente lá do Rio de Janeiro: a Lia Amâncio (Lounge), o Bruno Natal (Urbe), e, mais tarde, o Arnaldo Branco (Mau Humor). O Marca Diabo surgiu do nada, ou melhor, de Florianópolis. O Alexandre Inagaki veio em outra leva, com o Pensar Enlouquece dele, e trouxe gente a tiracolo. Acho que foi ele quem me escreveu (ou será que foi o contrário?). O Cleiton Campos, o Rogerio Motoda, o Renato Siqueira, o Artur Rodrigues, meu parceiro aqui Marcel R. Goto e o próprio Alberto, todos começaram blogs pra valer. Eu dei continuidade ao meu Pablog. E havia uma cereja no bolo, que talvez tenha sido o principal motivo pelo qual achamos que a empreitada traria algum resultado diferente: um blog feito por três meninas chamado Garotas que Dizem Ni.

O Garotas talvez fosse o produto mais bem resolvido daquele início de Gardenal.org. Vivi Agostinho, Flávia Pegorin e Clarice Passos se alternavam nas crônicas, uma por dia, e colecionavam novos fãs tão rápido quanto produziam textos de efeito. O blog saltou para o mainstream e ganhou a mídia tradicional, na forma de uma coluna em uma revista semanal e, posteriomente, um livro. Assim como muita gente, elas continuaram firmes mesmo após o fim do Gardenal. Durou até 2008.

Com certeza estou me esquecendo de muita gente que entrou com o passar dos anos: Ovelha Elétrica (Mateus Reis), B*Scene (Katia Abreu, Bárbara Lopes), Homem Grilo (Cadu Simões), Rock em Geral (Marcos Bragatto), Jornalista de Merda (André Pugliesi), Homem-Chavão (Pedro Valente, Patrick Cruz…), Churrasco Grego (Tércio Silveira, Luiz Pattoli…), Ed Ondo (Ed Lascar), Ressaca Moral (Vladimir Cunha, Doda Vilhena…), Mario AV, Marcelo Barbão, Mariana Bandarra, Marcelo Forlani, Juliano Barreto… (e com certeza acabei de ser injusto com muitos outros.) Era muito para se administrar. Chegamos a ter uns 60 sites pendurados ao mesmo tempo. E isso porque acabamos dispensando ou recusando um monte de gente boa (teve um que se deu muito bem nessa, aliás), por absoluta falta de braço (e espaço) para lidar. No meio de tudo, decidimos ajudar a bancar o projeto vendendo camisetas (parecia uma ótima ideia na época). Criamos uma estampa do logotipo e anunciamos para vender ali mesmo, na home do coletivo. Vendemos um monte, e isso até nos encorajou a investir mais dinheiro e tempo em novas estampas, que continuamos produzindo durante meses. Aliás, todo o encalhe daquela época está empilhado em um armário aqui de casa. Alguém se interessa?

Nosso esforço era pequeno, mas gigante se comparado a nossa absoluta falta de tempo livre. Criamos uma home chique e pensávamos sempre em como divulgar melhor cada blog. Ele funcionava sozinho, cada um fazendo seu pequeno negócio. Até que saímos na imprensa. Nos grandes jornais e em citações rápidas em revistas. Algumas matérias tinham até foto. Sem perceber, estávamos na crista da onda dos coletivos de blogs, que, de acordo com as pautas da época, tentavam se desvencilhar dos serviços tradicionais proporcionados por grandes corporações. No nosso caso, não era nada disso. Só queríamos fazer parte de algo legal que pudesse contribuir para cada usuário, de uma maneira ou outra. Nem estávamos preocupados com quantidade de visitantes, ou marketing promocional. Não queríamos que o negócio ficasse enorme, mas também não queríamos nos esconder. Que o negócio existisse sozinho, e que cada participante pudesse ter um pouco de prazer no processo.

“É pra ser legal”, dizíamos nas reuniões de sexta-feira, em bares ou restaurantes, sem nenhuma formalidade ou organização. O Gardenal.org não era um business. Não achávamos que havia maneira de ficar rico com aquilo. A ideia de vender o Gardenal só nos parecia viável se o interessado fosse um grande portal de notícias (o conceito de “investidores” na época inexistia para nós). Só que jamais nos esforçamos um único segundo para tirar um único centavo do negócio – exceto pelas camisetas, que enxergávamos como uma possível mina de ouro (não era).

E os problemas técnicos, causados por nossa ingenuidade, ou confiança (ou azar puro), foram minando o senso de tranquilidade que queríamos que rondasse o Gardenal.org. Não foi uma nem duas vezes que tivemos problemas com o servidor que hospedava o site (e todos os blogs de todo mundo). Quando perdemos tudo pela primeira vez, a história foi engraçada de tão trágica: os funcionários da empresa norte-americana de servidores se rebelaram e trancaram o escritório, tirando do ar todos os sites que hospedavam. Mais tarde, descobrimos que eles haviam apagado tudo. E nós, que jamais encorajamos o backup aos amigos, tivemos de explicar a cada um que o conteúdo estava perdido. Por meses a fio, esperamos pela recuperação dos dados (que para nosso desespero, jamais aconteceu).

Era uma outra internet, uma outra época, uma outra mentalidade. Nem parece que fazem só dez anos…

Como foi a Noite Trabalho Sujo com o Danilo Cabral + Mariana Tramontina + Pablo Miyazawa

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Eu nem ia aparecer, mas aí bateu a vontade e fui me juntar ao Pablo, à Tramontina e ao Danilo numa noite inacreditável – a cara de satisfação das pessoas nas fotos da Bárbara abaixo descreve bem a sensação da festa. E nessa sexta tem a Alyssa e a Debbie, que tocam no Audac, de Curitiba. Quem vai?

 

Noites Trabalho Sujo apresenta Danilo Cabral + Mariana Tramontina + Pablo Miyazawa

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Quem toma conta da Noite Trabalho Sujo hoje é o compadre Danilo Cabral, que convidou o casal Pablo Miyazawa e Mariana Tramontina – que já tocaram em outras edições da Noite – para esmerilhar nos CDJs. Por isso espere boas doses de música pop e um pézinho um pouco mais pesado nos anos 90, especialidade do casal, além de doses cavalares de indie rock e dance music. Danilo faz o contraponto com os grooves pesados, o rock clássico e a nova música pra dançar do século 21 – e assim a noite está garantida. Quem vai? Quem desconhece as coordenadas da festa pode ficar sabendo tanto na página do evento no Facebook quanto no site do Alberta. E pra mandar seu nome para a lista de desconto, basta mandar email pro noitestrabalhosujo@gmail.com até às 19h. Simbora!

O que muda no Prêmio Multishow 2012

Desde o início do ano, eu, o Bruno (meu compadre, sócio e pupilo, o responsável pela criação dOEsquema), o Pedro Garcia (que também é do Queremos) e o Dudu Fraga (da Talk Inc.) estamos em reunião com o Multishow pra tentar reinventar seu prêmio anual de música brasileira. Bruno foi chamado para dar pitacos sobre o que poderia mudar na atual edição do prêmio (a décima nona versão) e reuniu os quatro para assinar a consultoria criativa desta nova etapa do prêmio do canal.

Acreditamos que o desafio proposto foi acertado. Ampliamos o conceito de música abordado pelo prêmio – indo para além da MPB ou da música pop – ao criar o slogan “Música importa”, que trata do papel central que a música exerce nos dias de hoje (Bruno dirigiu uma série de vinhetas em que diferentes artistas falam deste assunto). Reformulamos também as categorias – artista revelação, melhor disco e melhor show são os principais prêmios do ano – e bolamos um formato em que o programa, portanto, os shows, fossem o principal tema da noite. As apresentações também reunirão diferentes espectros do que é a música brasileira hoje, em parcerias que reúnem nomes tão diferentes quanto Maria Gadú, Cícero, Michel Teló, O Terno, Thiaguinho, Gaby Amarantos, Ana Carolina, Erasmo Carlos, Arnaldo Antunes e Nando Reis, Agridoce, Paula Fernandes, Felipe Cordeiro e Ivete Sangalo (veja a lista completa dos shows aqui) – que também é uma das apresentadoras da noite, ao lado do Paulo Gustavo, que é apresentador do canal. A direção artística ficou por conta do Kassin.

A votação dos melhores do ano acontece em três etapa: há o voto do público, o voto do júri especializado e um outro que chamamos de Super Júri. Nesta tribuna, estarão reunidos, durante a premiação, um júri formado por André “Cardoso” Czarnobai, André Forastieri, André Midani, Katia Lessa, Marcelo Castello Branco, Miranda, Pablo Miyazawa, Pedro Seiller, Ricardo Alexandre, Roberta Martinelli e Sarah Oliveira. Eles decidirão os três principais prêmios durante a transmissão dos shows, em transmissão feita pela internet. Acreditamos que tão interessante quanto ver os artistas se apresentando é entender como funcionam os critérios que vão definir os principais artistas do ano. Uma pré-votação já foi feita e, entre os nomes que disputam as principais categorias, estão Cícero, Lucas Santtana, Gal Costa, Gang do Eletro, Marcelo Camelo, Tulipa Ruiz, Silva e Marisa Monte. O bate-boca vai ser bom!

O prêmio acontece amanhã a partir das 21h45 no Rio de Janeiro e será transmitido ao vivo pelo canal, consagrando a ótima fase da atual música brasileira.

Como foi a Noite Trabalho Sujo com o Pablo Miyazawa

Na sexta passada, o Alberta voltou no tempo graças à discotecagem do Pablo Miyazawa, que nos colocou em algum lugar entre 1991 e 1997 com grandes hits do período – e a pista foi à loucura, como você pode ver nas fotos do Leandro Furini, aí embaixo.

 

Noites Trabalho Sujo apresenta Pablo Miyazawa

Nessa sexta recebo o grande brou Pablo Miyazawa para dividir os CDJs comigo – e Pablo, pra quem não conhece, é especialista em anos 90 com um pézinho no pop de todas as épocas (não por acaso ele também é o editor da revista Rolling Stone). E se você ainda não sabe como a Noite Trabalho Sujo funciona, basta seguir aiba, siga as dicas que estão ou no site do Alberta ou na página do evento do Facebook. Nomes para a lista até às 20h desta sexta, pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. A melhor sexta-feira de São Paulo não pode parar!

Talkin’bout gamification

Minha última participação no YouPix acontece hoje às 20h45, quando converso com o Pablo, a Renata e o Merigo sobre gamificação na mesa A Vida é um Jogo. E de lá pra festa!

Será que os Strokes vão terminar antes do Planeta Terra?

Pablo passou pelo Bonaroo e mandou essa:

Havia um clima estranho minutos antes do show do Strokes no Bonnaroo, e não parecia ser exatamente a ansiedade no ar. Quando a banda subiu ao palco, pontualmente atrasada 15 minutos, ficou claro qual era o problema: não havia ansiedade no ar. O público do Bonnaroo, basicamente proveniente do centrão norte-americano, é mais chegado ao esquema “menos guitarra, mais violão”. Os Strokes, nova-iorquinos trabalhados em jaquetas de couro (no caso, apenas Julian, cool até no calor de 35º), tênis sujos e tédio blasé, eram um corpo estranho em meio à programação semiacaipirada do festival – tinha Buffalo Springfield, Greg Almann, além de Black Keys, Iron & Wine, My Morning Jacket, entre outros.

Musicalmente, foi tudo quase sem erro. O som estava limpo e alto, até demais – parecia esvaziado, como se faltasse sustain às guitarras. As músicas fluíram sem defeitos, em versões quase perfeitas, ainda que levemente enferrujadas ou arrastadas. Aquele show no TIM Festival de 2005 era barulho puro se comparado a esse aqui. Pelo menos o quinteto parecia entrosado, mas muito porque se focaram no repertório que já tocam desde o século passado (abriram com a abertura das aberturas, “Is This is It”, anticlimática – a massa não comprou de cara). Na sequência, só hits dos três primeiros discos e, ali no meio, uma ou outra do novo Angles (felizmente, só as boas, com exceção da esquisita “You’re So Right”). Rolaram “Under Cover of Darkness”, “Taken fora Fool”, “Gratisfaction” e “Life is Simple in the Moonlight”, todas recebidas com uma mornice que não combinava com o calor fumegante do Tennessee. A galera pulou (tímida) com “Last Nite”, agitou (com as mãos) em “Reptilia”, protestou (daquele jeito) com “New York City Cops”, pulou (de levinho) com “Take it or Leave it”. Mas a recepção dos bonnarooers não se comparou ao que foi entregue no dia anterior, ali mesmo naquele Which Stage (o palco secundário), ao Mumford & Sons (histeria, choradeira) e ao Buffalo Springfield de Neil Young (comoção nostálgica). Ali no Bonnaroo, o Strokes era só mais uma banda de roque pauleira, talvez velha demais (!) para uma plateia too much riponga-maluco-beleza nascida majoritariamente na segunda metade dos anos 80.

Se no som parecia tudo certo, no palco, porém, os cinco pareciam desencontrados. De longe, era difícil dizer o que rolava. A comunicação entre eles era pífia, mais para inexistente. Fabrizio Moretti dava sinais de impaciência antes de iniciar cada música com as quatro batidinhas de baquetas, mas talvez fosse só impressão minha. Do lado direito, Nikolai Fraiture e Nick Valensi não se comunicavam com o restante do palco. Albert Hammond Jr., pós-rehab e aparentando uns dez anos a menos (ou a mais, dependendo do ângulo de visão), era o único ali que parecia tocar por prazer. Julian Casablancas rei da modorra, de óculos espelhados (me lembrou aqueles que o Didi Mocó usava, com olhos desenhados), estava mais em outro planeta do que de costume. Para provocar o público redneck, puxou um “U.S.A.!, U.S.A.!”, só para sentir a reação. Alguns gatos pingados devolveram o coro. “Até que foi rápido”, respondeu, engraçadão. Difícil saber se o desconforto que exalava do palco tinha a ver com a recepção da plateia, ou se não está fácil pra ninguém ser integrante do Strokes atualmente.

Será que a banda tá acabando? Isso pode ser um problemaço pro Terra, ainda mais agora que os Vaccines aparentemente já deram pra trás.

Rumo digital

Talvez tenha a ver com o fato de que semana que estarei de férias, mas há uma guinada consciente no que estamos fazendo no Link nas últimas semanas e não dedico um post a mais ao caderno por outro motivo: a edição dessa segunda-feira está demais. Além da entrevista que o Jamil Chade, lá em Genebra, fez com o Frank La Rue, relator especial da ONU para a liberdade de expressão, ainda conseguimos a reprodução do discurso do Lessig na parte de inovação do painel e-G8 (tão bem dissecado pela Carol em edição anterior) e o manifesto do grupo hacker Anonymous contra a OTAN, que o classificou como um grupo perigoso. Na outra ponta do espectro digital, o Pablo, o melhor repórter de videogame do Brasil e editor da revista Rolling Stone, explica o que aconteceu na E3 da semana passada em Los Angeles, quando a Nintendo lançou o Wii U. Aqui no Brasil, convidei o Carlos Merigo, conhecido virtual de longa data e dono do melhor blog sobre publicidade e internet do Brasil, o Brainstorm9, pra falar sobre o impacto do YouTube no mundo da propaganda, a partir do comercial que a Vivo lançou na semana passada. A edição ainda tem uma entrevista com o Fabio Lima, o homem que vai fazer você ver De Volta para o Futuro e O Poderoso Chefão no cinema ainda esse ano, feita pelo Douglas, outro velho compadre que hoje é um dos pilotos do Divirta-se, o guia semanal do jornal onde trabalho. Além disso tudo, a Tati ainda passou o fim de semana com programadores criando aplicativos pra ajudar as pessoas em casos de enchentes e chuvas, no Random Hacks for Kindness.

E te digo uma coisa: só melhora.