Mais um espaço de shows na Casa de Francisca

, por Alexandre Matias

Quem mora em São Paulo sabe do luxo que é ter a Casa de Francisca em nossas vidas, mas vamos precisar de uma senhora distância histórica para medir a importância da antiga menor casa de shows de São Paulo e seu impacto na vida cultural da cidade e do Brasil. Quem acompanha o heróico trabalho de Rubens Amatto sabe o quanto ele se entrega à sua meta de tornar música e cultura cada vez mais parte de nossas vidas e sua recente mas intensa mudança para o atual Palacete Tereza, a um quarteirão da Sé (que inclui a incrível sobrevivência às trevas da pandemia e a nova fase da Casa, que abriu um porão para shows e festas e as portas para a rua para discotecagens ao ar livre), é só mais um capítulo de uma longa jornada que ano que vem completa 20 anos. Atualmente como uma média de 600 shows por ano, inaugura mais um palco, desta vez tão pequeno e intimista quanto a primeira versão da Casa, nos Jardins, exatamente com o mesmo número de lugares, 44. A Sala B começa a funcionar nessa semana, sempre às terças e quartas, e abre com Juçara Marçal e Kiko Dinucci (dias 7 e 8 de outubro), Douglas Germano (tocando um dos melhores discos do ano, o excelente Branco, dias 14 e 15), Arrigo Barnabé (21 e 22) e Alaíde Costa (cantando outro grande disco do ano, seu Uma Estrela para Dalva, dias 4 e 5 de novembro) e mostra que crescer não é sinônimo de quantidade, citando o “que na poesia José Paulo Paes chamou de ‘menorme'”. Os ingressos já estão à venda no site da Casa.

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