Jornalismo

Este sábado foi o histórico dia em que o Black Sabbath fez seu último show, realizado em Birmingham, sua cidade-natal na Inglaterra, transformando o evento Back to the Beginning numa grande festa de despedida que deu a dimensão da importância da banda ao reunir quase todas as principais bandas de heavy metal da história que ainda estão na ativa, além de vários ídolos do metal que são fãs do Black Sabbath para celebrar o adeus do grupo. E como uma parte importante desta noite, o próprio Ozzy Osbourne – disparado o integrante da banda mais debilitado fisicamente – aproveitou para fazer sua última aparição solo, que contou com o épico “O Fortuna”, da cantata Carmina Burana, de Carl Orff, como trilha sonora para sua subida no palco (erguido por um elevador que já o trouxe sentado em seu trono), para cantar um show de meia hora composto por “I Don’t Know”, “Mr. Crowley”, “Suicide Solution”, “Mama, I’m Coming Home” e “Crazy Train” (veja o show na íntegra abaixo), que ainda teve direito a discurso emocionado e ser surpreendido, nos bastidores, pelo namorado de sua filha, Kelly, o tecladista do Slipknot Sid Wilson, pedindo-a em casamento em frente aos pais. Que dia histórico! Continue

A dupla eletrônica Soulwax, formada pelos irmãos holandeses Stephen e David Dewaele (que também atendem como 2ManyDJs quando estão discotecando), parece estar preparando sua volta. Ao publicar vídeos em suas redes sociais mostrando a frase “All systems are lying” (todos os sistemas estão mentindo) em caixa alta, incluindo também a mesma frase em seus perfis online, eles também linkaram para sua newsletter para quem quiser saber de informações em primeira mão, e parecem antecipar um disco de inéditas, o primeiro desde Essential, de 2018. A dupla voltou a fazer shows no ano passado, retomando a formação com três bateristas que estrearam há quase dez anos, quando incluíram o brasileiro Iggor Cavalera na formação. A turnê recente não conta com Iggor, e eles mudaram um elemento considerável em suas apresentações, ao abandonar as roupas brancas para adotar um figurino todo preto e deixar o clima ainda mais denso e sombrio do que nos shows anteriores. Nessa nova safra ao vivo, mostraram várias músicas novas mas não chegaram a lançar nada em disco – ainda. Confira a íntegra de um desses shows (em janeiro do ano passado, em Berlim), abaixo: Continue

Este sábado entra para a história como o dia do último show do Black Sabbath, que transformou sua despedida num dos maiores festivais de heavy metal de todos os tempos em sua cidade-natal, Birmingham, na Inglaterra. Aproveitando a oportunidade, o Centro Lego de Descobertas instalado na cidade resolveu homenagear estes ilustres cidadãos propondo uma versão Lego da banda, que só pecou por transformar o canhoto Tony Iommi em guitarrista destro. Infelizmente não está à venda, mas se estivesse tenho certeza que muita gente compraria…

Veja abaixo: Continue

Quem frequentava a noite de São Paulo na década passada lembra das sextas quentes promovidos pelas Noites Trabalho Sujo, que fazia ao lado dos comparsas Babee, Luiz Pattoli e Danilo Cabral. A festa, que começou em 2011 e atravessou a década esquentando pistas à medida em que acompanhava a noite de São Paulo, começou no saudoso Alberta #3, seguiu na também saudosa Trackers (quando Babee preferiu pendurar o pendrive e parou de discotecar) e seguiu no Tokyo até que a pandemia obrigou os três a encerrar a festa e desde o período pandêmico que eles não tocaram mais juntos por conta de mudanças em suas respectivas vidas. Mas quis o destino que Luiz, Danilo e Matias se reencontrassem para matar saudades da pista que faziam e nesta sexta-feira, dia 4 de julho, os três voltam a esquentar a mesma pista que viu a festa nascer, há quase 15 anos, no clássico porão da Avenida São Luiz, que agora pertence ao Katarina Bar, no mesmo endereço do Alberta #3. A festa inevitavelmente vai para os rumos da nostalgia da década passada, mas os três trarão arsenal contemporâneo para retomar a vibe da festa semanal. Não sabemos se vamos fazer mais festas – e, se fizermos, se será mensal, semestral, anual… – além dessa, então garanta sua presença pagando a metade do valor se comprar com antecedência. E há boatos que Babee pode aparecer…

No dia da volta do Oasis, o Blur dá sua cutucada e lança nas plataformas de streaming dos EUA a íntegra do show que fizeram no estádio de Wembley, na Inglaterra, que marcou a segunda grande volta da banda de britpop aos palcos. Agora faz isso direito e libera pro resto do mundo, seu Damon!

Assista a alguns trechos abaixo: Continue

Dono de um dos discos do ano, Bad Bunny meteu a bandeira de Porto Rico na testa da estátua da liberdade no clipe de “NUEVAYoL”, lançado de propósito no dia da independência dos EUA. O vídeo é encharcado da vibe latina que a gente bem conhece, com direito a baile familiar e festa de debutante, mas lá pelo final do vídeo, uma voz imitando Donald Trump pede arrego: “Cometi um erro. Quero me desculpar com os imigrantes na América. Quero dizer, os Estados Unidos. Sei que a América é o continente inteiro. Quero dizer que este país não é nada sem os imigrantes. Este país não é nada sem mexicanos, dominicanos, porto-riquenhos, colombianos, venezuelanos, cubanos-“, diz a transmissão, antes de ser desligada e mostrar o mote: “Juntos somos mas fuertes”, em espanhol. Não é a primeira vez que Bad Bunny mira nos olhos do regime Trump, mas a cada nova investida ele sobe o tom. Assim que tem que ser.

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Lana Del Rey deu sua benção a Addison Rae. Não bastasse ter colocado a nova cantora sensação para abrir seus dois shows no estádio de Wembley, em Londres, Lana ainda a chamou para dividir o palco no final do segundo show, nesta quinta-feira, quando cantou a bela “Venice Bitch” e convocou Rae para cantarem juntas seu primeiro grande hit, “Diet Pepsi”, emendando com “57.5”, da própria Lana. Não custa lembrar que Addison havia acabado de estrear ao vivo a música “Money is Everything”, em que ela canta que “queria enrolar um com a Lana e ficar chapada com a Gaga”. Começou bem!

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Fiz minha primeira colaboração com o canal Arte 1, quando fui chamado para comentar sobre o disco novo de Arnaldo Antunes, Novo Mundo, para o programa Em Movimento. Assista abaixo: Continue

“O Tranquilo encerra um ciclo agora”, assim o encontro itinerante mineiro, que encontrou nas segundas-feiras de São Paulo um refúgio, encerrou suas atividades – ou, como preferem dizer, um capítulo. Assumiram a inviabilidade financeira de manter um encontro semanal que funcionava gratuitamente com contribuições de fãs e patrocínios para “respirar” (em Barcelona, como já anunciaram), depois de sete anos. “Com o sentimento de missão cumprida, encerramos um ciclo e começamos outro”, anunciaram em seu Instagram, “o que será o Tranquilo de amanhã? Um festival? Um selo musical? Uma plataforma de mídia e marketing musical?” Alguém tem alguma ideia?

“‘Boca de lobo’ é um nó que a gente faz lá no norte, para encurtar as alças da rede e deixar ela longe do chão, perto do céu”, explica a paraense Natália Matos, conversando, no meio de sua nova música, “São Paulo Capital”, que ela lança nessa sexta-feira, mas antecipa em primeira mao para o Trabalho Sujo. “E aí, de repente, eu me vi fazendo uma música para essa cidade e, no meio, esse nome que é tão nosso, mas acho que tem a ver, porque São Paulo é um pouco isso: é pra onde tudo converge, onde tudo se encontra. Não que a gente goste, mas a gente gosta.” A doce bossinha é o primeiro passo para seu próximo álbum, que ela resolveu tirar do chapéu ao apresentar-se na última edição do Tranquilo São Paulo, na segunda passada (sem saber que seria a última noite do evento, já já falo mais sobre isso). A versão ainda é uma demo, mas já dá um pouco o gostinho do que ela está preparando para esse quarto álbum, ela que voltou para São Paulo há um ano e só há poucos meses começou a preparar sua volta aos palcos. “São Paulo é onde, fora de Belém, eu tenho um círculo de amigos que me fortalece e que, na vida, me faz sentir criativa e potente, quando por aqui”, ela me explica. “E, é claro, tem as paixões, que fazem até a gente ouvir barulho de mar no lugar dos carros, foi numa dessas que escrevi essa canção, que contrasta com a fama da dinâmica da cidade que exaure, pela atmosfera do trabalho e da individualidade. Sinto que as pessoas por aqui são generosas, interessadas e que se pode, sim, construir laços profundos apesar do inegável pano de fundo cinza. Isso deve-se ao fato de que, sem dúvida, aqui se encontra gente de todos os lugares do país, que se unem e formam núcleos, coletividades, cheias de beleza e de resistência, além de ter muita gente de Belém, por exemplo, que eu só vim a conhecer, virar amiga, trabalhar, depois de morar em São Paulo.”

Ouça abaixo: Continue