Outro show incrível foi o de sexta passada que, com a mesma banda que visitou os screentests de Andy Warhol capitaneada pelo casal Dean & Britta, homenageou a banda original de Dean, o Galaxie 500. Foi um show autenticamente emotivo, solene e intenso – como era o velho G500. E a proximidade entre público e palco oferecida na Choperia do Sesc Pompéia fez que músicos e fãs pudessem estar sintonizados na mesma freqüência. Filmei algumas músicas – e meu vídeo favorito é o de “Night Nurse”, por motivos pessoais.
“Temperature’s Rising”
“Decomposing Trees”
“Strange”
“Tugboat”
“Listen the Snow is Falling”
“4th of July”
“Moon Palace”
“Night Nurse”
“Ceremony”
É isso aí: o Cure vai à Jamaica. E funciona.
Mashupado pelo belga Jarod Ripley. Ah garouto!
E mais…
Pelo menos é o que tão falando por aí…
Dedos cruzados para: 1) Não ser no Rock in Rio, 2) Não ser na Chácara do Jóquei, 3) Não ser em estádio e, caso aconteça uma destas três opções, 4) Ter show na Argentina.
Houve um tempo no Brasil em que show internacional era mais ou menos o equivalente à descida de um OVNI. Dava pra contar nos dedos quantas bandas legais gringas vieram pro Brasil antes do primeiro Rock in Rio, em 1985, que funcionou como uma abertura dos portos para o circuito de shows internacionais da época. Mas no Rock in Rio só veio medalhão e uns poucos gatos pingados de pequeno/médio porte. Qual foi a surpresa de uma nação inteira de ouvintes (os proto-indies) ao saber que o Cure viria para o Brasil numa época em que eles estavam começando a fazer sucesso nos EUA e logo depois de lançar sua primeira coletânea….
O show não foi apenas um marco para quem assistiu (há quem prefira os do Echo & the Bunnymen, que aconteceram mais ou menos na mesma época e provocaram o mesmo nível de espanto), como mostrou para algumas gerações de fãs – e de futuros artistas – que era possível fazer sucesso sem precisar ser um popstar à la Michael Jackson ou Madonna, que eram os parâmetros de sucesso da época.
E qual foi a minha surpresa ao descobrir, logo após esse papo que Robert Smith pode estar voltando para cá, que tem vários trechos desses shows de 1987 no YouTube…
Quem vem?
Bubble Puppy – “Beginning”
Human Beinz – “Nobody But Me (Pilooski Remix)”
Graforréia Xilarmônica – “Eu”
Pistoleiros – “(Não Contavam com) Os Pistoleiros”
5-6-7-8s – “Woo-Hoo”
Detroit Cobras – “Nothing But a Heartache”
Love – “The Daily Planet”
John Lennon – “Borrowed Time”
Novos Baianos – “Preta Pretinha”
Frankie Valli & the Four Seasons – “Who Loves (Pilooski Re-Edit)”
Cure – “10:15 Saturday Night”
LCD Soundsystem – “Time to Get Away”
Hot Chip – “One Life Stand”
Lobsterdust – “Gotta Fly”
Franz Ferdinand – “Lucid Dreams (Single 2008)”
Vamo?
Aproveitei a folga para iniciar um experimento.
LCD Soundsystem – “Dance Yrself Clean”
Warpaint – “Undertow”
Totom – “XXXO on the Dock of the Bay”
Cure – “Lovecats”
Young Galaxy – “We Have Everything”
Yeasayer – “O.N.E.”
Los Campesinos – “You! Me! Dancing!”
Guadalupe Plata – “Pobre Mary”
Do Amor – “Perdizes”
Vaccines – “We Are Happening”
Olivia Tremor Control – “No Growing (Exegesis)”
Hawa – “D.A.N.C.E.”
Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – “Janglin’ (RAC Remix)”
Bird and the Bee – “Kiss On the List”
Minha mulher tem razão: essa música só é boa por causa do Robert Smith – saca a versão original como é sem graça. O que nos leva à questão – por que não trazer o Cure para o Brasil?