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Clipe

floramatos2017

A MC brasiliense Flora Matos abre o ano com “Quando Você Vem” uma balada introspectiva produzida por ela mesma – numa música praticamente sem beats.

Ela foi pra uma praia sonora parecida com a que a Mahmundi está faz tempo, não acham?

Monstro solar

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Fiel escudeiro e copiloto das viagens de Lulina, o pernambucano Léo Monstro prepara-se para o voo solo e lança o primeiro clipe de seu disco de estreia Solar (capa acima) em primeira mão no Trabalho Sujo. “Solar é meu primeiro álbum solo, é a primeira vez que lanço um trabalho com meu nome”, ele me explica por email. “Comecei a trabalhar nas músicas que viriam compor o disco no segundo semestre de 2013, após umas aulas de canto que fiz, juntamente com Lulina, pra ela se preparar para as gravações do Pantim (disco mais recente de Lulina). Como, até então só tinha composto músicas (para voz, no caso) com ela e cantava sempre a acompanhando, com as temáticas que ela propunha, nunca tinha explorado minha voz muito além. Durante essas aulas eu fui descobrindo novas possibilidades de cantar, novos registros, e isso me instigou a começar as composições, num celular – devo essa descoberta – e serei eternamente grato – a Sandra Ximenez. A partir daí as músicas foram aparecendo e fui percebendo que tinha um trabalho novo em mãos, dessa vez composto por mim pra eu mesmo cantar. Em 2014 a idéia se transformou em vontade e decidi que iria lançar meu primeiro álbum como Monstro. Como já era conhecido por esse nome, foi natural.”

“A partir da decisão de lançar o álbum fui focando mais e mais nas composições pra minha voz e, em no começo de 2015, tinha as músicas prontas – a última da leva foi ‘Analog Days’ (a música do primeiro clipe). Daí procurei o Pedro Penna com as bases do álbum já pré-produzidas e fomos ouvindo tudo, pensando em como incrementar aquilo. Este processo demorou quase um ano e meio, foi longo, mas permitiu que a gente trabalhasse bem cada música individualmente. No final de 2016 – finalmente! -, tava com tudo em mãos e pronto pra lançar. Aí foi só esperar aquele ano pesado terminar pra começar este ano com novas energias.”

“Durante todo este longo processo de 3 anos, fui registrando, com o mesmo celular que usei pra compor e pré-produzir o álbum, todos os lugares por onde passei, aleatoriamente”, ele explica o clipe da música que apresenta o disco. “Em nenhum momento, enquanto estava gravando, pensei em usar essas imagens, afinal eram imagens de viagens, amigos, festas – coisas que a gente faz hoje em dia sem nem perceber. Até que um dia peguei resolvi usar algumas dessas imagens – as mais abstratas e solares, a princípio – pra fazer um teaser pro lançamento do álbum. As imagens foram ganhando novo sentido conforme fui editando e, quando percebi, tinha virado clipe. Um clipe que funcionou como meu álbum de memórias, com lugares, amigos e situações pelas quais passei durante a concepção e gestação do Solar.”

Dança do quadrado

dancinginthestreet

Postei um vídeo no meu blog no UOL que recria o clássico e hilário clipe de “Dancing in the Streets” com David Bowie e Mick Jagger em Lego.

A música “Dancing in the Streets“, escrita por Marvin Gaye e imortalizada por Martha and the Vandellas nos anos 60, também é histórica por registrar em uma canção a relação entre dois dos maiores nomes da música pop, David Bowie e Mick Jagger. A relação dos dois é bem anterior ao 1985 em que gravaram esta versão e tem como momento central uma das grandes passagens da história do rock, quando, durante os anos 70, Angela Bowie pegou seu marido e o vocalista dos Rolling Stones juntos na cama.

A colaboração musical entre os dois foi lançada pouco antes do megaevento de caridade Live Aid e a intenção era fazer que Jagger e Bowie cantassem o dueto ao vivo, cada um em um dos palcos do evento gigante, um deles em Wembley, no Reino Unido, e o outro no John F. Kennedy Stadium, nos EUA, mas problemas técnicos impediram que o dueto acontecesse pois o menor segundo de atraso entre as duas apresentações poderia colocar tudo a perder. “Dancing in the Streets” não foi tocada ao vivo como planejado, mas gerou um clipe que se tornou um ícone dos anos 80, principalmente devido à coreografia da dupla. Que agora foi homenageado em forma de Lego pelo animador amador William Osbourne. O resultado é hilário:

Não é a primeira vez que o clipe é alvo de paródia. Uma versão que já é um clássico online é o clipe revisto apenas com os sons ambientes, sem a música nem os vocais:

E, claro, a impagável versão brasileira que mistura o clipe com a sensacional “Babydoll de Nylon”, de Robertinho do Recife:

Clássico é clássico.

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Fechando o ciclo de seu fabuloso De Baile Solto, um dos melhores discos de 2015, o mestre Siba lança o clipe da pensativa “O Inimigo Dorme”, a curta faixa que conclui a mensagem do álbum, antes da catártica “Meu Balão Vai Voar”.

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Angel Olsen mostra mais um clipe de seu excelente My Woman, desta vez da tortuosa balada “Pops”.

ChazBundickMeetsTheMattson2_StarStuff

Chaz Bundick deixa o pseudônimo Toro y Moi em segundo plano e assume o próprio nome em novo projeto, um disco gravado ao lado dos irmãos Jared e Jonathan Mattson, que atendem por Mattson 2. É a primeira vez em que ele coloca o próprio nome num álbum, depois de anos brincando com pseudônimos como Toro y Moi (seu projeto de quarto que virou uma banda), ,Les Sins e Sides of Chaz, além de fazer remixes para outros artistas. “Star Stuff”, faixa-título do disco que já está em pré-venda e será lançado no final de março, segue o mesmo clima de funkzinho alto astral característico de seu projeto original.

agridoce

Ano pesado esse que termina, sob diversos pontos de vista. E foi pensando em lavar a alma que Pitty desenterrou uma das faixas de seu Agridoce, o projeto acústico ao lado do guitarrista Martin, que não foi para o disco de 2011. A escolhida para exorcizar 2016 é a clássica “Hallelujah”, de uma das grandes vítimas do ano, Leonard Cohen, que chega em primeira mão via Trabalho Sujo. “Tinha muita jam entre as sessões de gravação, tocávamos várias músicas de outros artistas, essa foi uma delas, uma sobra de estúdio que lembramos agora que existia”, lembra. “Não só por causa de Cohen, mas por todo o ano de 2016, que parece ter tido uma áurea mais densa, com tanta coisa acontecendo, decidimos compartilhar. Vi muita gente comentando sobre esse ano ter sido tenso. Que todas as perdas sejam curadas e que venha o ano novo. Que essa música e esse vídeo sirvam para fechar a tampa de 2016, levando embora as coisas pesadas, e abrir os caminhos para 2017”.

Tomara, viu, Pitty. Porque ô aninho brabo…

betterthanme

Dev Hynes dirigiu o clipe de sua ótima “Better than Me”, uma das grandes faixas de seu disco mais recene, Freetown Sound, feita em parceria com a deliciosa Carly Rae Jepsen, e também de 2016.

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Os Flaming Lips anunciaram disco novo para o ano que vem e Oczy Mlody, o estranho título do novo disco, estará entre nós no dia 13 de janeiro próximo. O grupo já mostrou três músicas do novo disco – o primeiro só com inéditas desde The Horror, de 2013 – e o astral de psicodelia solar parece concordar com a descrição feita por seu frontman, o infame Wayne Coyne, que descreveu o novo disco como “um encontro entre Syd Barrett e ASAP Rocky em que eles ficam presos num conto de fadas do futuro”, no texto do release divulgado no anúncio. As três músicas mostrada até agora foram “The Castle”…

…”How??”…

…e “Sunrise (Eyes Of The Young)”

O próprio título do novo álbum mistura polonês com química, como o próprio Wayne explica nestes dois vídeos:

Aquela loucura picareta que já conhecemos bem – mas desta vez sem a bad trip do disco anterior. Talvez seja uma boa forma pra começar 2017.

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O clipe da colaboração do Metronomy com a Robyn – “Hang Me Up to Dry” – virou o exorcismo de um antigo amor encarnado em um velho carro.