No laboratório

, por Alexandre Matias

Um dos motivos que pautou minha curadoria no Centro da Terra é entender o quanto o palco é um momento importante para a transição e evolução da carreira de um artista de música – não apenas por ser o lugar em que este se encontra com seu público e por tornar-se a incorporação de uma nova fase de sua carreira (algo que quase sempre é materializado num disco), mas também por permitir que a música guie ela mesma o rumo que o artista está buscando. Tocar algo novo em frente ao público é uma boa forma de fazer que ideias se calcifiquem e consolidem, uma vez que palavras, melodias, harmonias, solos e andamentos são exercitados. Bruna Lucchesi entendeu esta lógica e mais uma vez trouxe um trabalho em progresso para experimentar no palco-laboratório – e como havia feito no início do ano passado em sua homenagem às músicas de Paulo Leminski, no espetáculo Quem Faz Amor Faz Barulho que depois virou o disco de mesmo nome. Ao apresentar um novo trabalho de transição nesta terça com a mesma banda que já a acompanha (Vitor Wutzki na guitarra, Ivan Gomes no baixo e Bianca Godoi na bateria), mostrando a evolução musical do grupo, ela revisitou músicas do disco anterior com composições novas ainda inéditas, além de versões para canções alheias, como “Pissing in a River”, de Patti Smith.

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