Um outro Taxidermia vindo aí

, por Alexandre Matias


Foto: Gabriel Rolim (divulgação)

O Taxidermia está prestes a sair caminhando. Duo formado pelos baianos Jadsa e João Milet Meirelles, o grupo eletrônico já existia antes da pandemia mas só conseguiu dar seus primeiros passos fonográficos durante aquele período tenso de isolamento social. De lá pra cá, lançaram dois EPs e começaram a se apresentar ao vivo, mostrando que a apresentação ia muito além do formato Live PA que a distribuição de funções – vocalista e instrumentista toca com produtor de música eletrônica – parecia propor, explorando ambiências e sensações para além do repertório mais voltado pra pista de dança. Às vésperas de lançar seu primeiro álbum, Vera Cruz Island, ainda sem data de lançamento, eles começam a mostrar a nova fase nessa sexta-feira, quando lançam o primeiro single do disco, batizado de “Clarão Azul”, que eles mostram em primeira mão aqui no Trabalho Sujo, e fazem uma apresentação no projeto Stereo MIS, do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, a partir das 21h. Mais solar e tranquilo que as apresentações ao vivo do Taxidermia até então, o single ainda traz dois convidados: a vocalista sergipana Tori e o multiinstrumentista e produtor Pedro Bienemann. “‘Clarão Azul’ prepara o público para o universo do álbum”, explica João, que também é integrante do grupo BaianaSystem. “Trata sobre a ilha de Vera Cruz e nossa relação cheia de afetos por esse espaço. Estabelece o ambiente imagético que queremos trazer para nosso trabalho.” Jadsa completa: “A gente já vinha correndo atrás de soar um tanto mais orgânico, o que já parece fora da curva pelo fato de tocarmos música eletrônica e na maioria das vezes o timbre acompanhar o conceito, mas esse single tem muito uma necessidade natural de ser crua e o que mais nos inspirou foi o disco Flying Away, de 1997, da banda Smoke City”. E assim a dupla sai da primeira infância caminhando com passos firmes.

Ouça abaixo:

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