Twin Peaks, 20 anos

A emblemática série de David Lynch para a televisão completa duas décadas este ano, com direito a exposição em Los Angeles e tudo mais – tudo mais, no caso, é uma série de matérias que começarão a sair até o resto do ano elogiando a série por seu pioneirismo e por poder ser considerada um marco da televisão moderna e blablablá. Mas tentei rever Twin Peaks há uns anos e quase morri de tédio. Não por conta da série em si, mas pelo fato de seu ritmo pertencer a uma outra época. O andamento é parado e não por estética, mas porque assim caminhavam os anos 80 (Twin Peaks, como Seinfeld e Friends, é do início dos anos 90 mas é completamente impregnada por oitentismos). Tire o elemento freak que é o tempero azedo que Lynch deu à TV e Twin Peaks tropeça anestesiada como um filme qualquer do Super Cine, “baseado num crime que abalou a opinião pública norte-americana”.


Scott C explica como fez sua colaboração para a exposição sobre Twin Peaks em seu blog

Mas leve em consideração que eu admiro David Lynch apenas como um picareta – um mestre picareta, já escrevi sobre isso (vale também ver os inacreditáveis comerciais que ele já dirigiu). E fico feliz de ter presenciado pessoalmente uma de suas principais obras: seu cabelo.

“Nem do bem que me fizeram”

Como Angelo Badalamenti compôs a trilha de Twin Peaks

Ele mesmo conta.

Uma sexta-feira, um mashup

Um não, vários. Pra começar, Kylie Minogue com Twin Peaks.

Depois, Crystal Method com Eraserhead:

E que tal Beatles com Veludo Azul?

É, não é coincidência. O projeto Mashed in Plastik é dedicado a fundir trechos e músicas da trilha sonora de filmes de David Lynch.

Tem outros vídeos aqui, ó. E eu ia falar umas coisas sobre o velho Lynch (bem ou mal, ainda no clima da retrospectiva, mas essa semana tá foda (manja “retrabalho”?), então deixa pra semana que vem.