Twin Peaks, 20 anos

, por Alexandre Matias

A emblemática série de David Lynch para a televisão completa duas décadas este ano, com direito a exposição em Los Angeles e tudo mais – tudo mais, no caso, é uma série de matérias que começarão a sair até o resto do ano elogiando a série por seu pioneirismo e por poder ser considerada um marco da televisão moderna e blablablá. Mas tentei rever Twin Peaks há uns anos e quase morri de tédio. Não por conta da série em si, mas pelo fato de seu ritmo pertencer a uma outra época. O andamento é parado e não por estética, mas porque assim caminhavam os anos 80 (Twin Peaks, como Seinfeld e Friends, é do início dos anos 90 mas é completamente impregnada por oitentismos). Tire o elemento freak que é o tempero azedo que Lynch deu à TV e Twin Peaks tropeça anestesiada como um filme qualquer do Super Cine, “baseado num crime que abalou a opinião pública norte-americana”.


Scott C explica como fez sua colaboração para a exposição sobre Twin Peaks em seu blog

Mas leve em consideração que eu admiro David Lynch apenas como um picareta – um mestre picareta, já escrevi sobre isso (vale também ver os inacreditáveis comerciais que ele já dirigiu). E fico feliz de ter presenciado pessoalmente uma de suas principais obras: seu cabelo.

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