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E conforme previsto, a Apple TV anunciou – com um teaser que não revela praticamente nada – a data de estreia da segunda temporada do seriado Ruptura: 17 de janeiro do ano que vem! Sim, ainda tá muito longe, mas se lembrarmos que essa temporada quase não sai por problemas internos da produção, só o fato de terem anunciado uma data já é ponto a favor.

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A Apple TV postou um vídeo enigmático nessa terça-feira em suas redes sociais em que um corredor vazio é filmado com uma pequena luz vermelha que, inevitavelmente alguém descobriu, soletra a palavra “tomorrow” (“amanhã”, em inglês), em código morse. Então é bem provável que nesta quarta-feira tenhamos notícias sobre a segunda temporada de Ruptura – afinal a estética do vídeo, por mais espartana que seja, tem tudo a ver seriado de Ben Stiller. Provavelmente teremos o primeiro trailer e a data de lançamento da tão aguardada nova temporada.

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Nós temos que voltar!

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O cinema e a televisão perderam um de seus atores mais versáteis. O canadense Donald Sutherland fez de tudo nessa área, de filmes premiados a séries esquecidas, passando por clássicos na maioria dos gêneros, sempre com seu rosto comprido e olhos gigantescos tomando conta de personagens que poderiam ser frios e tensos, brincalhões e amorosos, desesperadores ou maus. Passou por filmes emblemáticos como Os Doze Condenados, M.A.S.H., Inverno de Sangue em Veneza, 1900, Casanova de Fellini, Prova de Fogo, Gente como a Gente, JFK, Jogos Vorazes e meus dois favoritos, ainda nos anos 70: o policial Klute (de Alan J. Pakula) e a comédia Clube dos Cafajestes (de John Landis). Também atuou na TV em seriados de toda espécie, do clássico inglês Avengers nos anos 60 a Buffy – A Caçadora de Vampiros (nos anos 90), embora tenha recusado um papel que faz falta em sua filmografia: o de pai do agente Jack Bauer, na série 24, protagonizada por seu filho, Kiefer Sutherland. Já estava doente há tempos e foi saudado pelo filho, que publicou online: “Com o coração pesado, digo que meu pai, Donald Sutherland, fez sua passagem. Eu pessoalmente o considero um dos atores mais importantes da história do cinema. Nunca se intimidou com nenhum papel, bom, mau ou feio. Ele amava o que fazia e fazia o que amava e ninguém pode pedir mais do que isso. Uma vida bem vivida.” Salve!

“Escrever canções e ter um catálogo de discos dos quais todos nós nos orgulhamos, que está aí para todo o mundo pelo resto do tempo, é sem dúvida o aspecto mais importante do que fizemos como uma banda. Em segundo lugar, conseguimos fazer isso durante todas essas décadas e continuar amigos. E não apenas amigos, mas queridos amigos. Amigos pra sempre”, disse Michael Stipe ao aceitar a entrada do R.E.M. ao Songwriters Hall of Fame, cuja cerimônia, que aconteceu nesta quinta-feira, viu o grupo voltar a tocar juntos depois de anos longe dos palcos. “Somos quatro pessoas que desde muito cedo decidiram que seriam donos das nossas próprias fitas masters e dividiríamos igualmente nossos royalties e créditos de composição”, continuou o vocalista. “Éramos todos por um e um por todos. E então começamos a fazer nosso trabalho desta forma. Funcionou bem, às vezes ótimo, e que viagem que foi. Realmente significa muito para nós que você nos reconheçam esta noite e por isso agradecemos por essa honra incrível.” O grupo aproveitou o barulho para ressuscitar uma playlist em que cada um de seus integrantes escolhe suas dez músicas favoritas, fazendo o próprio Top 40 da banda. E aproveitando a cerimônia, o programa CBS Mornings disponibilzou os 40 minutos da entrevista com o grupo no canal do YouTube da emissora norte-americana. Veja o discurso, a entrevista e a relação das músicas da playlist – e quem escolheu o que abaixo: Continue

Nahim (1952-2024)

Ídolo pop nos anos 80, o cantor Nahim foi encontrado morto nesta quinta-feira. O paulista de Miguelópolis Nahim Jorge Elias Júnior, filho de pai libanês e de mãe baiana, sempre esteve envolvido com música, desde a adolescência, e foi descoberto pelo produtor Mister Sam, que o lançou com o nome de Baby Face e cantando músicas em inglês no início dos anos 80. Mas só se tornou conhecido ao passar a cantar em português, quando foi convidado para participar do programa de auditório Qual é a Música?, que Sílvio Santos exibia em seu SBT aos domingos, ficando invicto por 20 semanas e tornando-se um dos maiores vencedores do programa (atrás somente de Ronnie Von, Sílvio Britto e Gretchen). Ao tornar-se um popstar televisivo numa variação de um show de calouros, suas músicas começaram a fazer sucesso e a fama da TV fez que músicas bestas com títulos igualmente fúteis, como “Coração de Melão”, “Dá Seu Coração” e “Tacka Tacka”, tornou-se um dos principais astros daquela nova década. Ao terminar o contrato com o SBT, tornou-se jurado no programa Cassino do Chacrinha, na Globo, o que fez tornar-se ainda mais popular – mas como muitos de sua geração foi engolido quando as bandas de rock dos anos 80 atingiram uma popularidade muito maior. Nas décadas seguintes, Nahim passou a viver a vida como celebridade do passado e traçou um percurso feito pela maioria destas celebridades: participou programas do tipo reality show, foi preso e tentou a carreira como político, mas não foi eleito. Apesar de ter morrido por conta de uma queda, que resultou em traumatismo craniano, suspeita-se que ele tenha tido um enfarto ou mau súbito, o que lhe fez cair de uma escada em sua própria casa, em Taboão da Serra, em São Paulo.

E os quatro integrantes do R.E.M. voltaram a tocar juntos nesta quinta-feira, depois de entrarem para o panteão do Songwriters Hall of Fame, no palco do hotel Marriott Marquis, em Nova York, onde aconteceu a cerimônia. A quinta-feira começou com o grupo afirmando em cadeia nacional nos EUA que não voltariam a tocar juntos de novo no programa CBS Mornings, em entrevista ao jornalista Anthony Mason. Quando foram perguntados ao final do programa o que seria preciso para que o grupo voltasse a tocar juntos, o baixista Mike Mills respondeu que seria necessário “um cometa”, mas todos concordaram que não acontecerá uma volta de fato, porque confirmaram que continuam se dando bem uns com os outros justamente por terem terminado na hora certa. Mas na cerimônia da noite, os quatro deram uma palhinha e tocaram “Losing My Religion” – e vale assistir à entrevista que deram ao telejornal matutino, especialmente quando o baterista Bill Berry assume, às lágrimas, que se arrependeu de ter saído da banda no meio dos anos 90, e é imediatamente consolado por seus ex-companheiros de banda.

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Ano passado comentei que a RTP, o canal público de TV em Portugal, havia disponibilizado em seu site a íntegra do clássico programa Discorama que em 1969 recebeu os Mutantes em Lisboa, um dos principais registros audiovisuais de uma das principais bandas da história do Brasil, que já circulava por outros meios em versões de baixa qualidade. Além de tocar ao vivo quatro músicas (“Panis et Circensis”, “A Minha Menina”, “Caminhante Noturno” e “Banho de Lua”, além de uma versão criminosamente cortada pela metade de “Trem Fantasma”), o programa ainda acompanha o grupo passeando pela capital portuguesa ao som de músicas do disco Tropicália ou Panis et Circensis, além de entrevistar Arnaldo Baptista e Rita Lee. E era inevitável que o programa fosse parar no YouTube, como dá para ver abaixo: Continue

E ao que tudo indica, o anúncio que David Lynch agendou para este cinco de junho não é de uma obra propriamente sua, já que parece antecipar apenas o novo disco da cantora e atriz Chrysta Bell, produzido pelo próprio Lynch. Cellophane Memories é o sexto disco da cantora norte-americana, que conheceu Lynch em 1998 e só foi colaborar com ele quase dez anos depois, quando o diretor incluiu uma parceria dos dois na trilha sonora de seu Império dos Sonhos. Depois, em 2011, Lynch produziu um disco em parceria com ela (This Train), em que a cantora musicou seus poemas, colaboração que continuou quando ela cantou “Sycamore Trees”, da trilha de Twin Peaks, na abertura de uma mostra australiana em homenagem ao diretor em 2015, chamada David Lynch: Between Two Worlds, e depois no EP Somewhere in the Nowhere, em 2017. Seus discos seguintes foram produzidos por John Parish e Chris Smart, mas a parceria com Lynch continuou quando ele a convidou para participar da terceira temporada de Twin Peaks fazendo o papel da agente do FBI Tamara “Tammy” Preston. O novo disco de Bell, que agora assina Chrystabell, é mais uma parceria com Lynch e será lançado no dia 8 de agosto e um link para o serviço de streaming da Apple na Nova Zelândia acabou entregando que o disco será anunciado nessa quarta-feira, provavelmente com o anúncio do primeiro single, que parecer ser a última faixa do disco, “Sublime Eternal Love”. Além da data de lançamento, também apareceram a capa do disco, o nome das músicas e um link com o áudio do primeiro single, que mantém aquele climão típico das cenas de encerramento de alguns episódios-chave da série. Resta saber se o single terá um clipe e se este será dirigido por Lynch, que prometeu na semana passada que algo que estava vindo para ser visto e ouvido. A capa do disco, o nome das músicas, Bell cantando “Sycamore Trees” e o link para “Sublime Eternal Love” podem ser vistos abaixo: Continue

Passo fundamental na consolidação da carreira solo de Neil Young, sua apresentação no teatro da BBC no dia 23 de fevereiro de 1971, em Londres (que só foi exibido no dia 26 de abril), tinha enorme parte de seu repertório ainda inédita, incluindo músicas que hoje são clássicos do cantor canadense, a maioria do disco Harvest, que só seria lançado em 1972 (como “Out On The Weekend”, “Old Man”, “Cowgirl In The Sand”, “Heart Of Gold” e “A Man Needs A Maid”). Do repertório exibido no programa original, que pode ser visto abaixo na íntegra, apenas “Don’t Let It Bring You Down” e “Dance Dance Dance” já haviam sido lançadas. “Journey Through The Past”, por exemplo, só viria a público décadas depois, mesmo com uma trilha sonora que levava seu título (mas não a trazia no repertório). O site Sugar Mountain, especializado nos setlists do velho bardo, lista que outras músicas foram tocadas naquela apresentação e, tirando “The Needle And The Damage Done”, que entrou em Harvest, todas as outras quase entraram no disco de 72, mas só surgiram oficialmente em discos ao vivo e coletâneas que o autor lançou ainda nos anos 70 (como “Love In Mind”, “I Am A Child” e “There’s A World”). Além destas, só “Tell Me Why”, que também não foi exibida, já havia sido lançada. Fica então aí uma senhora lacuna na discografia de um autor obcecado pelo próprio completismo. Assista abaixo à apresentação e compare os setlists original com o que foi transmitido: Continue