Apesar de apenas ter atingido a fama global quando começou a aceitar papéis no cinema e na TV que encaixavam-se em sua persona de matrona desde o fim do século passado, Maggie Smith, que morreu nesta sexta-feira, já era considerada uma grande dama do teatro inglês desde os anos 60, quando foi descoberta por Laurence Olivier quando havia começado a atuar National Theatre inglês e passou a interpretar peças clássicas sob sua tutela, vivendo fortes personagens femininas do teatro grego, Shakespeare, Ibsen e Noël Coward, atuando ao lado de nomes como Richard Burton, Elizabeth Taylor e Orson Welles e ganhando prêmios por suas performances. Ainda nos anos 70, quando atingiu sua maturidade artística, começou a atuar no cinema e na TV, primeiro em produções inglesas (principalmente comédias e adaptações de Agatha Christie) e depois em filmes norte-americanos (dirigidos por George Cukor, Robert Moore e Alan Pakula, por exemplo). Quando recebe o título de Dama (equivalente feminino do Sir inglês) pela Rainha Elizabeth II em 1990, começa a ser chamada para produções maiores, trabalhando em filmes com Spielberg e na série Mudança de Hábito, que forjaram a imagem pública que a tornou mais conhecida atualmente, ao viver personagens refinadas e esnobes no filme Assassinato em Gosford Park, de Robert Altman, que foi a inspiração para a série que ajudou a coroa sua reputação anos mais tarde, Downton Abbey, além de ter trabalhado em quase todos os filmes da série Harry Potter.
Personagem único na história do Brasil, Sílvio Santos, que morreu neste sábado, misturava dois papéis que normalmente andam separados na cultura brasileira: era um homem de negócios, de bastidores e das sombras ao mesmo tempo em que era protagonista, estrela e comunicador. Empresário de si mesmo, transformou-se num produto que era a melhor propaganda de seu negócio e quando chegou ao ápice, durante a ditadura militar, assumiu ser um manipulador de opinião pública que fazia isso descaradamente. Enquanto todos os magnatas da comunicação no mundo escolhem seus testas de ferro para emplacar sua visão de realidade, Sílvio Santos fazia isso ele mesmo, misturando ares de gestor, self-made-man e popstar. Uma figura tão carismática quanto vil, tão amada quanto odiada, igualmente puxa-saco e idolatrado, num retrato deformado – e de alguma forma fiel – à natureza social do brasileiro.
Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, nos deixou no inicio desta semana. O multiinstrumentista tornou-se um nome nacional ao assumir a direção musical e o papel de principal coadjuvante do programa Domingão do Faustão, desde que o apresentador Fausto Silva saiu do Perdidos na Noite da Bandeirantes para a TV Globo — e o levou a tiracolo. Mas quando isso aconteceu, há quase 40 anos, ele já tinha escrito seu nome na história da música brasileira ao colaborar com praticamente todos os grandes nomes deste cânone, de João Gilberto a Luiz Gonzaga, passando por Roberto Carlos, Elis Regina, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Jair Rodrigues, Erasmo Carlos, Wilson Simonal, Dominguinhos, Maria Bethânia e Milton Nascimento, além de ter feito parte da história de nossa TV em programas como Essa Noite se Improvisa, Os Trapalhões, Balão Mágico, Raul Gil, Clube do Bolinha, Almoço com a Estrelas, A Praça é Nossa e o programa do Ratinho. Estava internado há dez dias, recuperando-se de um infarto.
Conhecida como a Brenda do seriado Barrados no Baile, que fez sucesso no início dos anos 90, a atriz norte-americana Shannen Doherty morreu neste sábado. Com parcos 53 anos, ela foi vítima de um câncer que lhe acompanha desde 2015. Ao contrário de todo o resto do elenco do seriado, ela ainda conseguiu emplacar um segundo personagem em sua breve carreira, ao viver uma das jovens bruxas da série Charmed. No ano passado, ela anunciou a doença, que incialmente começou como um câncer de mama, havia espalhado para seu corpo, primeiro para os ossos e depois para o cérebro.
E conforme previsto, a Apple TV anunciou – com um teaser que não revela praticamente nada – a data de estreia da segunda temporada do seriado Ruptura: 17 de janeiro do ano que vem! Sim, ainda tá muito longe, mas se lembrarmos que essa temporada quase não sai por problemas internos da produção, só o fato de terem anunciado uma data já é ponto a favor.
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A Apple TV postou um vídeo enigmático nessa terça-feira em suas redes sociais em que um corredor vazio é filmado com uma pequena luz vermelha que, inevitavelmente alguém descobriu, soletra a palavra “tomorrow” (“amanhã”, em inglês), em código morse. Então é bem provável que nesta quarta-feira tenhamos notícias sobre a segunda temporada de Ruptura – afinal a estética do vídeo, por mais espartana que seja, tem tudo a ver seriado de Ben Stiller. Provavelmente teremos o primeiro trailer e a data de lançamento da tão aguardada nova temporada.
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Nós temos que voltar!
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O cinema e a televisão perderam um de seus atores mais versáteis. O canadense Donald Sutherland fez de tudo nessa área, de filmes premiados a séries esquecidas, passando por clássicos na maioria dos gêneros, sempre com seu rosto comprido e olhos gigantescos tomando conta de personagens que poderiam ser frios e tensos, brincalhões e amorosos, desesperadores ou maus. Passou por filmes emblemáticos como Os Doze Condenados, M.A.S.H., Inverno de Sangue em Veneza, 1900, Casanova de Fellini, Prova de Fogo, Gente como a Gente, JFK, Jogos Vorazes e meus dois favoritos, ainda nos anos 70: o policial Klute (de Alan J. Pakula) e a comédia Clube dos Cafajestes (de John Landis). Também atuou na TV em seriados de toda espécie, do clássico inglês Avengers nos anos 60 a Buffy – A Caçadora de Vampiros (nos anos 90), embora tenha recusado um papel que faz falta em sua filmografia: o de pai do agente Jack Bauer, na série 24, protagonizada por seu filho, Kiefer Sutherland. Já estava doente há tempos e foi saudado pelo filho, que publicou online: “Com o coração pesado, digo que meu pai, Donald Sutherland, fez sua passagem. Eu pessoalmente o considero um dos atores mais importantes da história do cinema. Nunca se intimidou com nenhum papel, bom, mau ou feio. Ele amava o que fazia e fazia o que amava e ninguém pode pedir mais do que isso. Uma vida bem vivida.” Salve!
“Escrever canções e ter um catálogo de discos dos quais todos nós nos orgulhamos, que está aí para todo o mundo pelo resto do tempo, é sem dúvida o aspecto mais importante do que fizemos como uma banda. Em segundo lugar, conseguimos fazer isso durante todas essas décadas e continuar amigos. E não apenas amigos, mas queridos amigos. Amigos pra sempre”, disse Michael Stipe ao aceitar a entrada do R.E.M. ao Songwriters Hall of Fame, cuja cerimônia, que aconteceu nesta quinta-feira, viu o grupo voltar a tocar juntos depois de anos longe dos palcos. “Somos quatro pessoas que desde muito cedo decidiram que seriam donos das nossas próprias fitas masters e dividiríamos igualmente nossos royalties e créditos de composição”, continuou o vocalista. “Éramos todos por um e um por todos. E então começamos a fazer nosso trabalho desta forma. Funcionou bem, às vezes ótimo, e que viagem que foi. Realmente significa muito para nós que você nos reconheçam esta noite e por isso agradecemos por essa honra incrível.” O grupo aproveitou o barulho para ressuscitar uma playlist em que cada um de seus integrantes escolhe suas dez músicas favoritas, fazendo o próprio Top 40 da banda. E aproveitando a cerimônia, o programa CBS Mornings disponibilzou os 40 minutos da entrevista com o grupo no canal do YouTube da emissora norte-americana. Veja o discurso, a entrevista e a relação das músicas da playlist – e quem escolheu o que abaixo: Continue
Ídolo pop nos anos 80, o cantor Nahim foi encontrado morto nesta quinta-feira. O paulista de Miguelópolis Nahim Jorge Elias Júnior, filho de pai libanês e de mãe baiana, sempre esteve envolvido com música, desde a adolescência, e foi descoberto pelo produtor Mister Sam, que o lançou com o nome de Baby Face e cantando músicas em inglês no início dos anos 80. Mas só se tornou conhecido ao passar a cantar em português, quando foi convidado para participar do programa de auditório Qual é a Música?, que Sílvio Santos exibia em seu SBT aos domingos, ficando invicto por 20 semanas e tornando-se um dos maiores vencedores do programa (atrás somente de Ronnie Von, Sílvio Britto e Gretchen). Ao tornar-se um popstar televisivo numa variação de um show de calouros, suas músicas começaram a fazer sucesso e a fama da TV fez que músicas bestas com títulos igualmente fúteis, como “Coração de Melão”, “Dá Seu Coração” e “Tacka Tacka”, tornou-se um dos principais astros daquela nova década. Ao terminar o contrato com o SBT, tornou-se jurado no programa Cassino do Chacrinha, na Globo, o que fez tornar-se ainda mais popular – mas como muitos de sua geração foi engolido quando as bandas de rock dos anos 80 atingiram uma popularidade muito maior. Nas décadas seguintes, Nahim passou a viver a vida como celebridade do passado e traçou um percurso feito pela maioria destas celebridades: participou programas do tipo reality show, foi preso e tentou a carreira como político, mas não foi eleito. Apesar de ter morrido por conta de uma queda, que resultou em traumatismo craniano, suspeita-se que ele tenha tido um enfarto ou mau súbito, o que lhe fez cair de uma escada em sua própria casa, em Taboão da Serra, em São Paulo.