Transe torto

Impressionante – e com o dobro da duração habitual – a versão turbinada que o trio Tranca fez para sua apresentação nesta terça-feira no Centro da Terra. Ao contrário da meia hora de intervenções que Juliano Gentile, Bernardo Pacheco e Juliana Perdigão improvisam entre si – Berna e Gentile nas guitarras, Juliana com seu clarinete -, os três tiveram o auxílio visual do coletivo MeioLAB, que montrou retroprojetores em frente ao palco e, de costas para o público, controlavam duas telas circulares que faziam diferentes objetos e texturas circularem junto com os loops e riffs repetidos pelos três – ou quatro, quando contaram com a participação de Murilo Kushi, que, tocando um sanshin, uma espécie de banjo de três cordas da ilha de Okinawa, no Japão, dava uma camada de estranheza ainda mais densa ao encontro dos três timbres originais, obrigando o público a decifrar aquele transe torto com os dois lados do cérebro ou simplesmente desligá-lo por inteiro durante por toda a apresentação.
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