Tom Zé vendido a preço de banana e o tribunal do Feicebuqui
O segundo volume da Imprensa Cantada de Tom Zé veio motivado pela polêmica ao redor do comercial de Coca-cola narrado por Tom Zé. O disco – que conta com participações do Emicida, do Tatá Aeroplano e do Tim Bernardes d’O Terno, pode ser baixado no site do Tom Zé e o tema “tribunal do Facebook” foi discutido na Galileu que está nas bancas, num artigo do Luli Radfaher.
Tom Zé – “Tom Zé Mané”
Abaixo, as letras do novo disco de Tom Zé:
TRIBUNAL DO FEICEBUQUI (Marcelo Segreto / Gustavo Galo / Tatá Aeroplano / Emicida)
Tom Zé mané
Baixou o tom
Baba baby
Bebe e baba
Velho babão
Tom Zé bundão
Baixou o tom
Baba baby
Bebe e baba
Mané babão
Seu americanizado
Quer bancar Carmen Miranda
Rebentou o botão da calça
Tio Sam baixou em sampa
Vendido, vendido, vendido!
A preço de banana Já não olha mais pro samba
Tá estudando propaganda
Que decepção
Traidor, mudou de lado
Corrompido, mentiroso
Seu sorriso engarrafado
Não ouço mais, eu não gostei do papo
Pra mim é o príncipe que virou sapo
Onde já se viu? Refrigerante!
E agora é a Madalena arrependida com conservantes
Bruxo, descobrimos seu truque
Defenda-se já No tribunal do Feicebuqui
A súplica: Que é que custava morrer de fome só pra fazer música?
ZÉ A ZERO (Tom Zé / Marcelo Segreto / Tim Bernardes)
Mas será revolução?
Pocalipse se pá?
Quando ligo na TV
Caio duro no sofá
Ô rapá, qualé que é?
A copa aqui co qui calé?
É coco colá
Aqui copa coca acolá
Fazendo propaganda do Tom Zé
Tem sabor abacaxi
Mais potente que o chá
O xarope é xique-xique
Tudo made in Irará
Ô Dodó, como é que é?
A copa aqui co qui cale?
É coco colá
Aqui copa coca acolá
Fazendo propaganda do Tom Zé
Zé a zero fim de jogo
Na garrafa uma canção
Foi lançada no oceano
Pra chegar no coração
Mas navega lentamente
Pois é indie e dependente
Nada pela contramão
TAÍ ( Joubert de Carvalho / Tom Zé / Marcelo Segreto)
Taí
São três gritos no meu sangue de guerreiro
Eu sou índio rei de angola e marinheiro
E tô no ovo
Porque tai
O guaraná do nosso povo
Se o rei de França quiser um dia
Virar criança, ter um xodó Beber a força do guaraná
Tem que vir aqui
Ou mandar buscar
Se o rei ianque quiser um dia
Descer do tanque, do pedestal
Tomar a força do guaraná
Tem que vir aqui
Ou mandar buscar
Se o brasileiro quiser um dia
Ser o primeiro na educação
Ganhar a força do guaraná
Tem que ir além
Tem que Irará PAPA
FRANCISCO PERDOA TOM ZÉ (Tim Bernardes)
Papa Francisco vem perdoar
O tipo de pecado que acabaram de inventar
O povo, querida, com pedras na mão voltadas contra o imperialismo pagão
Sou a garotinha ex-tropicalista
Agora militando em um movimento
Já não penso mais em casamento
Mas se tomo Coca-Cola acho que estou me vendendo
Mas eu sei que Papa Francisco vem perdoar
O tipo de pecado que acabaram de inventar
O povo, querida, com pedras na mão voltadas contra o imperialismo pagão
Meu coração fundamentalista
Pede socorro aos intelectuais
Pois a diferença entre esquerda e direita
Já foi muito clara, hoje não é mais
Quero civilizar o capitalismo selvagem
Quero trazer a luz pra toda ignorância
Como bem-feitora – não desejo o mal
Assim como não quis o velho amigo Cabral
Papa Francisco vem perdoar
O tipo de pecado que acabaram de inventar
O povo, querida, com pedras na mão voltadas contra o imperialismo pagão
E na cerimônia do beija-pé
Papa Francisco perdoa Tom Zé
No Feicebuqui da santa sé
Papa Francisco perdoa Tom Zé
Pela magnânima força da fé
Papa Francisco perdoa Tom Zé
Por la sudamericana unidad Fidel
Papa Francisco perdoa Tom Zé
IRARÁ IRALÁ – (Tom Zé)
É elevando, Sinhá Inácia
Melânia, Pedro Piroca
Que Irará chegará lá
Iralá iralá irá
Iralá iralá irá
Irará, Iralá, Iralá
Professora Iudete, Lurdes, professor Artur
Escola pra Dudu
Chico de Beto e Zé Bacu
Zeca, Celeste, Elísio e Ubaldino
Almiro mestre, Anísio Bombardino, ai!
Ai doutor Deraldo, Marle, Edyi
Os corações ali
Xaxá regendo a 25
É elevando, Sinhá Inácia
Melânia, Pedro Piroca
Que Irará chegará lá
Iralá iralá irá
Iralá iralá irá
Irará, Iralá, Iralá
Diu, Zé Nilton, Cao, Aguinaldo meu
Margô, Zé Aristeu
Tõe Luiz, Virgínia, Val, Sinval, Romeu
Renato, filho de Dona Ceci
Não fosse ele eu não estava aqui
Dona Maninha, mãe de leite minha
Guile, Paulo Campos
Dega de Bráulio, Elzinha