E a Dua Lipa que começou a turnê de seu disco Radical Optimism nesta segunda-feira em Melbourne, na Austrália, chutando a porta ao homenagear os heróis locais AC/DC numa versão bem foda de “Highway to Hell”? Se ela continuar nesse rumo, essa turnê vai render mais que o disco… Assista abaixo: Continue
Nesta sexta-feira teve mais um Inferninho Trabalho Sujo no Redoma e as bandas que compareceram desta vez são ainda mais novas que as que frequentam os palcos nesses quase dois anos de festa para revelar novos talentos que venho fazendo desde 2023. A Sinko, que abriu a noite, por exemplo, aproveitou a oportunidade para lançar a nova identidade, abandonando o antigo nome Maçonaria do Samba, e apesar da pouca idade mostraram que não brincam em serviço, misturando rock pesado e música brasileira com desenvoltura de palco que o quinteto formado por Alê Kodama na guitarra, Leon no baixo, Frede Kipnis na guitarra, Jão Mantovas na bateria e Maria Antônia nos vocais. O ataque da banda pode ser resumido nas duas versões que puxaram depois que o público pediu bis, subindo novamente no palco para cantar “Dê um Rolê” dos Novos Baianos e “Killing in the Name” do Rage Against the Machine. Tem futuro!
Depois do Sinko foi a vez do Saravá subir no palco do Inferninho Trabalho Sujo dessa sexta-feira, no Redoma, e o trio formado por Joni (guitarra e vocal), Roberth Nelson (baixo e vocal) e Antonio Ito (bateria) está prontinho para se tornar a próxima grande banda da cena de São Paulo. Nitidamente influenciados pela fase clássica d’O Terno (antes do trio liderado por Tim Bernardes virar MPB), eles conseguem expandir ainda o espectro do indie rock paulistano para a nova década, mesclando os elementos clássicos (como psicodelia, rock tropicalista e rock clássico) com outras referências musicais menos sessentistas. E além de convidar a irmã do vocalista Joni para participar de uma música, encerraram com um bis atropelado por um problema de cabos (que o grupo tirou de letra) em que voltaram a uma de suas músicas mais antigas. A próxima geração tá vindo!
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Agora que o ano começou, que tal puxar um Inferninho Trabalho Sujo com bandas novíssimas? É o que acontece nessa sexta-feira, dia 14, quando mais uma vez trago a festa para o Redoma Club ali no Bixiga (Rua Treze de Maio, 825A), quando reúno as bandas Saravá e Sinko, que estão começando a despontar aqui em São Paulo, misturando rock clássico, indie rock e música brasileira reforçando a tendência característica das novas bandas desta década. E eu discoteco antes, entre e depois dos shows. Comprando antes o ingresso o preço é mais barato, vamos lá?
A turnê internacional de Clairo passou nesta quinta-feira por Londres, onde a cantora norte-americana disse que mostraria uma surpresa – e esta aconteceu quando ela cantou pela primeira vez ao vivo a música “Steeeam”, um dos dois singles que seu grupo Shelly, que montou durante a pandemia com a artista indie Claud e dois amigos de faculdade, Josh Mehling and Noa Frances Getzug. Sempre uma beleza: Continue
Letícia Novaes fez as contas e viu que em 2025 completaria 20 anos sobre os palcos e resolver inventar um novo show ao lado de sua banda Letrux para cantar o que ela mesma chama de 20 Anos Alternativa, em referência à cena que habita desde 2005 e que será homenageada no repertório do novo espetáculo, que circulará pelo Brasil e terá datas anunciadas em breve. O show contará com canções de Metá Metá, Ava Rocha, Cidadão Instigado, Tulipa Ruiz, Eddie, Céu e Thalma de Freitas, além de outras que inevitavelmente surgirão durante a turnê, pois acho bem provável que outras sugestões surjam no percurso e sejam incorporadas por Letícia. É muito bom que ela faça isso pois se há algo que é muito raro nesta cena é justamente a citação de artistas alheios em relação ao repertório de cada um – e é tão bom quando isso acontece, como quando o Metá Metá pinçou “Trovoa” do Maurício Pereira ou quando Bárbara Eugenia canta “Cama” do Tatá Aeroplano, além de criar uma sensação de pertencimento tanto geracional quanto de classe, que deveria ser sublinhado quando falamos de artistas fora do circuito musical que se pauta pelo comércio. Quando ela anunciar mais novidades eu aviso por aqui.
Impressionante o que Paula Rebellato e Cacá Amaral fizeram ao trazer composições surgidas em improviso para o palco do Centro da Terra nesta terça-feira. Ao apresentarem-se como uma dupla batizada Qamar (lua em árabe), os dois fizeram o público circular ao redor de diferentes musicalidades de seu encontro como se fizessem questão de mostrar que mesmo pilotando cada um instrumento principal – Cacá à bateria e Paul no synth -, os dois conseguiam ampliar o espectro musical com a ajuda de outros instrumentos (ambos trabalhando com pedais e efeitos sonoros analógicos, Paula cantando e Cacá soltando loops de guitarra) mantendo uma tensão base por toda a apresentação, que começou numa vibe bem dark wave oitentista, para depois explorar samples e andamentos jazz, timbres e texturas sintéticas abstratas e ecos elétricos de pós-punk em câmera lenta, sempre mantendo o clima solene e sério, transformando assim a apresentação num ritual de transe, uma missa pagã ambient dedicada à música. Muito fino.
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Dois ícones da cena experimental paulistana, o baterista Cacá Amaral (que também apresenta-se como Rumbo Reverso) e a tecladista e cantora Paula Rebellato (metade da dupla Rakta) mostram nesta terça-feira no Centro da Terra um novo projeto e apresentarão temas que em breve serão gravados em estúdio. Qamar é o nome da nova dupla e o espetáculo que farão juntos explica o nome do trabalho a partir de seu título, Significa Lua, e cria temas a partir da experimentação livre usando samplers, bateria eletrônica, teclado, percussão e vozes. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Os Fonsecas começaram sua temporada Quem Vê, Pensa no Centro da Terra nesta segunda-feira trazendo uma versão turbo de seu Estranho Pra Vizinha, disco de estreia que lançaram no ano passado. Mas em vez de tocar as músicas do disco como normalmente fazem nos shows, não apenas alinharam a apresentação com a mesma ordem do disco como trouxeram músicos que participaram da gravação para dar uma cara de edição deluxe à noite, inclusive sem comentários entre as músicas – o que foi um desafio para uma banda tão falante. Ao lado de Thales Castanheira, Nina Maia e Enow, Thalin, Valentim Frateschi, Felipe Távora e Caio Colasante transformaram um disco de 24 minutos em uma apresentação com mais de 40, incluindo um bis improvisado. Seguindo o ritmo direto do álbum, os quatro não paravam entre as músicas para anunciar as participações, embora fizessem pausas entre as músicas, demarcando o território musical de cada uma delas. Assim, seus convidavam entravam durante a música anterior para já ficar a postos para a participação na faixa seguinte e assim primeiro veio Thales – que faz uma dupla quase univitelina com a guitarra de Caio, tornando-o praticamente um quinto Fonseca -, depois Nina (que além de cantar tocou teclado) e finalmente Enow, cada um deles assumindo sua posição no palco – e no disco ao vivo – sem que estivéssemos cientes do que fariam. Uma catarse cerebral, mas de alguma forma ainda na zona de conforto do grupo, pois eles tocaram músicas que vêm tocando há anos. A partir da próxima segunda, no entanto, a temporada parte para o repertório inédito – e eles começam a semana que vem visitando canções de outros autores, muitos deles seus próprios contemporâneos. Aí a jornada decola…
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Depois da virada do ano é hora de começar a programação 2025 de vez e quem toma conta das segundas-feiras de março no Centro da Terra são Os Fonsecas, quarteto formado por Felipe Távora, Valentim Frateschi, Caio Colasante e Thalin, jovens estrelas da nova música pop paulista que mostram quatro versões de suas personalidades musicais em noites distintas na temporada chamada Quem Vê, Pensa. Eles começam dia 10, apresentando uma versão deluxe ao vivo para seu disco de estreia, Estranho Pra Vizinha, quando apresentam-se ao lado de Nina Maia, Thales Castanheira e Enow, trazendo uma nova dimensão para o álbum. Na segunda seguinte, os quatro se dedicam a fazer versões para músicas alheias – e de músicos contemporâneos inclusive. Na segunda dia 24 os quatro embarcam numa sessão de improviso para, na última noite da temporada, dia 31, mostram pela primeira vez no palco músicas inéditas. Os espetáculos começam sempre pontualmente às 20h e os ingressos podem ser comprados no site do Centro da Terra.
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Não sou propriamente fã de Sabrina Carpenter, mas é inegável seu senso pop. Além de ter emplacado um hit e tanto com a irritantemente memorável “Espresso“, ela mostrou um tanto de sua versatilidade ao convidar Dolly Parton para dividir uma nova versão de sua “Please Please Please” e agora, no show que fez domingo passado em Londres, na Inglaterra, resolveu mostrar uma face mais britânica de sua sensibilidade pop e em vez de recorrer às versões que faz em sua Short N’ Sweet Tour (como “Mamma Mia”, “Super Freak” ou “Material Girl”) pinçou um hit adormecido em nosso inconsciente para conquistar a plateia inglesa, ao fazer uma versão literal da imortal “Come on Eileen”, maior sucesso dos Dexys Midnight Runners. E desceu bem, saca só abaixo: Continue