Laura Vandervoort + Rolling Stones

Vai aí, Vinícius.

Patti Smith + Keith Richards

Ficou pequeno agora hein, acabaram de me passar essa carta por baixo da mesa. E o papo nem é “gata” – Patti Smith é outro escalão de mulher.

Tua vez, Vinícius.

Jenny Sweeney + Rolling Stones

Curti procurar modelos. Segura essa, Vinícius!

Who the fuck is Mick Jagger?

Falando nisso, não custa voltar a este clássico. Alguém sabe de quem é essa foto?

Keith Richards cantando no lugar de Mick Jagger

Outro dia o Danilo me mostrou essa “Gimme Shelter” com os vocais do Keith Richards e eu lembrei que isso é mais comum do que a gente possa lembrar, mas embora seja comum nos discos não-oficiais dos Stones, achei pouca coisa no YouTube. Olha só:

É outra pegada, outros Stones, mas não dá pra dizer que fica devendo nada às versões do beiçola.

Keith Richards, né. Outra onda.

Mick Jagger no Brasil, mas… quem é Mick Jagger?

E essa cena bizarra que o Marcioka desenterrou?

Alex Chilton, 1970

E o blog da loja Amoeba lembrou de Alex Chilton nem pelo Big Star nem pelos Box Tops, mas por seu disco homônimo de 1970, que ninguém – tirando tarados por disco como os caras da loja californiana – lembra. Alex Chilton 1970 foge tanto do iê-iê-iê dos Box Tops quanto do rock perfeito do Big Star: a pegada é pantanosa, raunchy, country rock como se ele pudesse ter feito parte de um Creedence Clearwater Revival ácido o suficiente para compor músicas com títulos como “I Wish I Could Meet Elvis”, “The EMI Song” e “All I Really Want is Money”. O disco pode ser encontrado neste link e esta versão para “Jumpin’ Jack Flash” (menos caipira que a média do disco) é uma boa amostra do que dá para esperar dele.


Alex Chilton – “Jumpin’ Jack Flash

Penélope Cruz + Rolling Stones

Eis o truco dado pelo Vinícius, sua carta “mais alta”, segundo diz, mas eu acho que é blefe:

Tirei até o Javier Bardem que tava na foto (joguei no bagaço, ninguém quer carta de espada ou paus nesse jogo, só copas e ouro, bem vermelhinho). Fingindo pânico (me engana…), ele pergunta quantas cartas a mais eu tenho. Te respondo: quantas você quiser.

No próximo post vem a minha jogada do dia.

Mas tou pensando numa variação mais interessante desse jogo, que já batizei (eis a tag pra quem pediu) de T-Girls.

Cocksucker Blues, dos Rolling Stones

E por falar em Cocksucker Blues, pra que esperar o lançamento oficial de apenas um trecho quando todo o filme já está disponível no YouTube?

A volta por cima de Exile on Main St.

Banda de singles memoráveis e álbuns irregulares, os Rolling Stones não têm um consenso tão unânime, seja entre fãs ou críticos, quanto outros colegas de panteão de rock clássico – como Beatles, Pink Floyd, Led Zeppelin ou Velvet Underground – no que diz respeito a que disco seria sua obra-prima. Há quem seja defensor de discos da fase da gravadora London, os fãs da psicodelia bad trip do Satanic Majesties Request, quem morra de amores pelo desespero de Let it Bleed (me conte entre estes), o groove branco de Sticky Fingers ou o vodu de Goat’s Head Soup. O mais perto do posto de melhor disco dos Rolling Stones é o maldito Exile on Main St., disco duplo de 1972, que conta com uma das melhores músicas do grupo (“Tumbling Dice”), embora esta não seja nem de longe uma das mais memoráveis da banda.

O disco segue o mesmo tom: Exile se dá ao luxo de banir até mesmo os refrões de muitas faixas – impensável quando o assunto é Stones – e outras o áudio é soterrado como se fosse sido gravado em um porão. Na verdade, foi – Exile é fruto da estada dos Stones na França, na pequena cidade de Villefranche-sur-Mer, perto de Nice, no litoral mediterrâneo em que Keith Richards alugou a villa Nellcôte, que havia sido usada como bunker nazista na Segunda Guerra Mundial. Produzido pelo mesmo Jimmy Miller que assinou os melhores discos do grupo, Exile foi quando o guitarrista assumiu o comando da banda, deixando pela primeira vez Mick Jagger como coadjuvante. Não que Richards fosse uma espécie de vice do vocalista, mas ele sempre preferiu a sombra e o segundo plano para curtir seus riffs e vocais esganiçados, funcionando como contraponto perfeito à paixão de Mick pelo jet set e pelos holofotes.

Em 1972, foi a vez de Richards mostrar que ele só preferia ficar à sombra e que se ele quisesse, os Stones podiam ser sombrios. Exile é uma incursão a um pântano de blues e boogie norte-americano interpretados por ingleses branquelos que se portavam como piratas – além de contar com a participação de nomes como Dr. John, Gram Parsons e Billy Preston nas faixas. O material de lenda em torno do disco é tão farto que rendeu o excelente Uma Temporada no Inferno com os Rolling Stones, mas fez com que o disco caísse num limbo depois que Jagger resolveu seus problemas pessoais e reassumiu a face dos Stones. Duplo, Exile aos poucos ia sendo esquecido pela banda (mas não pelos ouvintes) como uma espécie de noite mal dormida, um portal para uma realidade alternativa em que Mick mostrava-se desimportante e Keith assumia toda responsabilidade pela banda. No bolo sonoro do disco, os vocais são quase detalhes do disco e Jagger sempre reclamou que não consegue entender o que canta depois que o disco foi lançado (chegou até a sugerir uma remasterização para limpar o álbum, um verdadeiro sacrilégio). E como Paul McCartney nos Beatles, Jagger sempre fez com que a obra do outro autor demorasse para receber o tratamento adequado.

Até que não deu mais: a edição de luxo de Exile on Main St. sai em maio próximo, com 10 faixas inéditas, entre elas “Plundered My Soul”, “Dancing in the Light”, “Following the River” e “Pass the Wine”, além de versões alternativas para “Soul Survivor” e “Loving Cup”, uma edição em vinil com um encarte de 50 páginas e um documentário, chamado Stones in Exile, dirigido por Stephen Kijak, incluindo 10 minutos do lendário documentário fake Cocksucker Blues, nunca lançado. Algumas músicas inéditas receberam um retoque no estúdio, mas nada drástico. “Eu não quero interferir na Bíblia, sabe? Elas ainda têm aquele som ótimo do porão”, disse Richards à Rolling Stone americana.