E por falar no Jonny Greenwood, ele novamente assina a trilha sonora de um filme de Paul Thomas Anderson, o que, desta vez, também o transforma no trilheiro da primeira adaptação de uma obra de Thomas Pynchon para o cinema. E entre as faixas da trilha, que, além de composições próprias, ainda tem músicas de Les Baxter, Neil Young, Can, Minnie Ripperton, entre outros, Jonny resgatou uma música que havia composto com o Radiohead pouco depois da gravação do último disco do grupo, King of Limbs, de 2011, mas que foi descartada pela banda em seguida. Greenwood não quis desperdiçá-la e chamou meio Supergrass (Gaz Coombes e Danny Goffey) e a Joanna Newsom pra recriá-la para a nova trilha. Ei-la:
E já que estamos falando do filme, vocês já viram o outro trailer, né?
A impressão é que vamos assistir ao Big Lebowski do Paul Thomas Anderson, seja lá o que isso queira dizer.
Tava falando do livro de Thomas Pynchon que o Paul Thomas Anderson vai adaptar para o cinema e eis que surge o trailer de Inherent Vice, realocando tensões faciais e expressões fechadas para a década da vez.
Muito climão, pouca sustança – essa parece ser a tônica de quase todos os filmes de PTA (costumo brincar que o Paul Anderson que temos que dar atenção é o Paul W.S. Anderson, esse sim bem resolvido). Não que seja um mau diretor, mas ele viaja no próprio ego e erra feio a mão em filmes que contam com atuações espetaculares, deixando a direção bem aquém da interpretações fantásticas vividas por alguns dos grandes atores de nosso tempo. Claro que Inherent Vice vai ser melhor do que todos esses filminhos que tentam requentar o Scorsese de Goodfellas (como Trapaça ou O Lobo de Wall Street, do próprio Scorsese) e certamente encabeçará listas de premiações no ano que vem. Mas não me iludo, mesmo sendo o filme que vai apresentar Pynchon para as massas.
Mesmo que Inherent Vice seja um livro menor de Thomas Pynchon, a idéia de levá-lo para as telas – e, portanto, para um público maior – de Paul Thomas Anderson talvez não pareça ser a burrada que eu havia imaginado.
O filme estréia neste sábado no New York City Festival e o New York Times nos antecipa que talvez o próprio Pynchon, conhecido por ser o maior escritor recluso norte-americano depois de Salinger, esteja presente no filme fazendo uma ponta. O escritor vem aos poucos saindo da casca: primeiro foi uma participação nos Simpsons em 2003 (numa participação sensacional, em que ele, com a cabeça coberta por um saco de pão, vendia fotos com “o famoso autor recluso”) e em 2009 ele mesmo narrou o trailer do livro que Paul Thomas Anderson transformou em filme.
Por isso não é de se estranhar que participe de um filme inspirado numa obra sua – a dúvida fica apenas sobre como acontecerá esta participação. Pynchon é desses autores norte-americanos da segunda metade do século passado que fundem conhecimento enciclopédico com situações bizarras e inusitadas em longos romances que misturam eventos históricos e mundanos, como Don DeLillo, Robert Anton Wilson, David Foster Wallace e Philip K. Dick. Certamente um filme inspirado em qualquer um de seus livros desperte um novo interesse do público em relação à sua obra. E sempre é bom saber que livros como V, O Leilão do Lote 49 O Arco Íris da Gravidade ou Vineland podem ganhar novos leitores.
Mesmo que pra isso seja preciso mais um filme do Paul Thomas Anderson.
E por falar em Radiohead, também vazou a trilha sonora que o guitarrista da banda, Jonny Greenwood, fez para o aguardado novo filme de Paul Thomas Anderson, The Master. Via Nodata.
Greenwood já havia composto e gravado a trilha para o filme anterior do PTA, Sangue Negro (que acho superestimadaço e de ritmo lento até demais, com duas atuações se salvando). A trilha também foi festejada com palmas, mas me pareceu filhote das cordas derretidas que o Michael Giacchino compunha para Lost.
Lindaço, hein. Não sou dos maiores fãs do PTA, mas esse filme sobre a cientologia promete…
E saiu o trailer do próximo filme de Paul Thomas Anderson, com Philip Seymour Hoffman, Laura Dern e Joaquin Phoenix.
Ao que tudo indica, o filme é vagamente baseado na história do criador da Cientologia, L. Ron Hubbard (vivido por Hoffman) e seu braço direito (vivido por Phoenix). Segundo o site The Wrap, Anderson mostrou o filme para Tom Cruise (o cientólogo mais conhecido do mundo e protagonista do filme Magnólia, de Anderson), que teve alguns “problemas”, com alguns trechos.
Aparentemente, promete.
Esse Midnight Marauder recria pôsteres de filmes como se eles fossem relançamentos da Criterion. Tem muito mais remixes de cartazes aí embaixo e outros tantos lá no site original.
A Banda Mais Bonita da Cidade e Belle & Sebastian, Y: The Last Man, Aldous Huxley, a Marcha da Maconha, bibliotecas e enciclopédias, Gaspard and Lisa, Anelis Assumpção, Paul Thomas Anderson e Darren Aronofsky, Gonçalves Dias, Bob Dylan, Belchior e Odair José, Senhor dos Anéis, Sylvia Plath para crianças, Cachalote, Robert Altman, psicodelia californiana e londrina, Fernando Catatau e o Pessoal do Ceará e até o Big Lebowski: tudo fica em segundo plano quando nós dois nos encontramos com a querida mãe dO Pintinho, Alexandra Moraes, que nos acompanha para um papo ao som do Wild Honey, dos Beach Boys, e do segundo disco do Baiano & Os Novos Caetanos, este escolhido por ela.
Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias + Alexandra Moraes – “Vinteonze #0008“ (MP3)
Mas a idéia errada de Gondry só parece ser superada pela de jerico do Paul Thomas Anderson, que quer adaptar um livro (menor, tudo bem) do Pynchon… Não bastasse Sangue Negro ser um exercício de vontade de ser gente grande que desperdiça duas grandes atuações, agora o cara me vem com essa… O bom é que ele também está cogitando fazer um filme sobre a história da cientologia (um roteiro conhecido online há um tempinho, chamado de The Master) e isso não me parece ser uma má idéia… Ainda mais vindo do cara que nos deu Boogie Nights e Embriagado de Amor (e nem comece com Magnólia, por favor…).