Continuamos, mais uma vez eu e o Ronaldo, em nossa jornada explicando o inexplicável: desta vez o alvo é o quinto episódio desta temporada, em que algumas respostas nos foram fornecidas, parte da mitologia de Lost foi exibida na tela, sem intermediários, e a ação com os Oceanic Six continua devagar. Você pode ouvir os comentários no player abaixo ou simplesmente baixando o MP3 aqui – e ouvindo-o junto com nossos achismos. Boraê?
E eu não esqueci: ainda comento o episódio em texto antes da quarta-feira. É só esperar.
Dani enfileira mais MP3s em sua nova mixtape, que ela mesmo recomenda: “escutem de madrugada, de preferência =)”
Don’t Touch My Mixtape #2: Songs to Warm Up your Heart (MP3)
Eli ‘Paperboy’ Reed – “I’ll Roll with You”
Martina Topley-Bird – “Baby Blue”
Andrew Bird – “The Idiot’s Genius”
Guillaume Cantillon – “Des Ballons Rouges”
Dr. Dog – “From”
Ben Kweller – “Things I Like To Do”
Silver Jews – “There Is A Place”
Tindersticks – “Buried Bones”
Hope Sandoval – “Suzanne”
Stela Campos – “Worried Shoes (Daniel Johnston)”
The Walkmen – “Canadian Girl”
The Microphones – “I Lost My Wind”
Dorival Caymmi – “O Bem Do Mar”
Via Letty.
O site TMZ colocou, lado a lado, fotos de Madonna e da editora da Vogue italiana Franca Sozzani. Detalhe: as duas têm a mesma idade, 50 anos. A pequena diferença é que o trabalho de uma delas é ser bonita.
Vi no Bruno.
O lançamento dos dois discos da dupla canadense MSTRKRFT parecem ter sofrido de falta de timing em suas datas. Se o excelente The Looks, de 2006, chegou um pouco antes do assalto maximalista ter tomado o planeta, o recém-vazado Fist of God parece ter chegado um pouco depois. Se o primeiro disco fosse lançado com seis meses de atraso ou o novo aparecesse há cerca de um ano (quando seus primeiros singles começaram a dar as caras), talvez o duo suprisse uma lacuna deixada nos poucos momentos de 2007 e 2008 em que se não respirou Justice, Digitalism, Simian Mobile Disco ou Soulwax. O MSTRKRFT é um nome que pertence naturalmente à esta cena, mas seus hits mais emblemáticos foram remixes feitos justamente entre o primeiro e o novo disco – reinvenções para músicas do Metric, Kylie Minogue, Juliette Lewis, Kills, Gossip, All Saints, New Young Pony Club, “D.A.N.C.E.”, Goose, Bloc Party e Wolfmother que, juntas, teriam o mesmo impacto de um álbum. Fist of God chega num momento em que a música eletrônica para dançar começa a perder excesso, tornando-se mais enxuta e flexível do que barulhenta e limítrofe como a cena que consagrou a dupla. Mesmo que ironicamente já soe datado (entre seus melhores momentos estão justamente “Bounce” e “Vuvuvuvu”, músicas que já têm quase um ano), o novo disco do MSTRKRFT acena para toda a turma do R&B americano, com vários convidados conhecidos ou semidesconhecidos (John Legend, N.O.R.E. & Isis, Freeway, E-40, Jahmal e Ghostface Killah), e têm como um dos pontos máximos do disco essa versão atordoada para um hit da Beyoncé que é “It Ain’t Love”, com os vocais dessa menina Lil Mo.
MSTRKRFT – “It Ain’t Love (com Lil Mo)“
Saiu o primeiro trailer para a TV do filme do Wolverine…
Começa hoje, na Suécia, o julgamento contra o Pirate Bay, principal ícone da dita pirataria digital. O grupo, representado por seu fundador, o ativista Peter Sunde, é um dos maiores entusiastas do direito ao livre download, independente de isso acarretar ou não danos para os donos dos direitos autorais. Advogando pela liberdade de expressão, Sunde conseguiu que seu julgamento fosse transmitido ao vivo para todo mundo – mesmo que apenas o áudio – e o Pirate Bay está disposto a transformar a sessão de hoje em um evento assistido em todo o planeta. Para começar, vão traduzir a transmissão em um saite dedicado à cobertura do evento. E, para esquentar, eles relegendaram trechos de Die Dritte Generation, do Fassbinder, do Atrocity Exhibition, do Weiss, e do Teorema, de Pasolini, para explicitar sua causa:
Se analisarmos as carreiras de Dangermouse e Beck ao mesmo tempo, é possível traçar diversos paralelos, de diferentes naturezas, sejam estéticas ou temáticas, que levariam ambos a, inevitavelmente, trabalharem juntos em algum momento de suas vidas. Mas ao mesmo tempo em que seus marcos e clássicos (“Loser”, o Gray Album, Odelay, “Feel Good Inc.” e “Dare”, The Information, “Crazy”, Midnite Vultures) tendem a rotulá-los como artesãos do pop descartável irônico, como se fossem artistas plásticos que descobriram o toque de Midas do hit e o usassem sempre tendendo à brincadeira e ao humor, existe um lado negro intrínseco aos dois. E longe do soul ensolarado e da psicodelia pseudo-californiana (olhando direito, o Beck é pai do MGMT) existe uma tristeza de blues que ambos não escondem em sua música, embora deixem propositalmente em segundo plano, como um segredo que só os amigos mais próximos podem saber. Sob este ponto de vista, toda carreira do produtor que é metade do Gnarls Barkley torna-se subitamente melancólica – da cor escolhida para sua estréia no showbusiness (o cinza do mashup de Beatles com Jay-Z) à dor recolhida tanto em “Crazy” quanto em qualquer outra música de sua dupla com Cee-lo – sem contar o tom noturno que sua produção deu a discos tão diferentes quanto à estréia do The Good, The Bad & The Queen quanto o último do Black Keys. Beck, por sua vez, destila sua tristeza quase sempre sozinho, caminhando por pântanos e praias à noite, ao violão (Mutations) ou ao piano (Sea Change), sempre sublinhando sua necessidade por mudança. Em Modern Guilt, o azul da paisagem é composto por samples e colagens sonoras, mas nunca com as cores quentes do humor infantil, dos trocadilhos espertinhos ou da nostalgia retrô. Não que isso queira dizer que o disco é horizontal e sem solavancos – pelo contrário, o groove e o ritmo tomam conta de quase todas as músicas, embora na maioria das vezes tenha uma função meramente contemplativa, de balançar a cabeça concordando enquanto se dirige. É isso: em vez de outro passeio apreciando a natureza, Beck se propõe à introspecção na estrada, pegando carona com motoristas que são diferentes personalidades de Dangermouse.
26) Beck – Modern Guilt
Beck – “Youthless“






