Paranoia

Bruce x Trump

“Tem umas coisas estranhas e bizarras acontecendo”, disse Bruce Springsteen, durante seu segundo show em Manchester, na Inglaterra, no fim de semana passado. “Nos Estados Unidos, estão perseguindo pessoas por usarem seu direito à liberdade de expressão e por manifestarem opiniões contrárias. Isso está acontecendo agora. Nos Estados Unidos, os homens ricos estão abandonando as crianças mais pobres do mundo para morrer. Isso está acontecendo agora. No meu país, estão sentindo um prazer sádico pela dor que prejudicam trabalhadores leais americanos e estão revertendo legislações históricas de direitos civis que levaram a uma sociedade mais justa e moral. Estão abandonando nossos grandes aliados e se aliando com ditadores contra aqueles que lutam por sua liberdade. Estão retirando moradores das ruas americanas e, sem o devido processo legal, os deportando para centros de detenção e prisões estrangeiras. Tudo isso está acontecendo agora.” No primeiro show, realizado na quarta da semana passada, ele já havia levantado a voz contra a administração Trump, o que fez o presidente dos EUA twittar falando mal de Bruce feito uma criança mimada (ele já havia feito algo parecido no dia anterior, falando que foi só ele tornar-se presidente pra Taylor Swift deixar de ser “HOT”). Mas após a fala acima, Trump engrossou o tom e resolveu sair falando mal de todos os artistas que apoiaram sua ex-adversária na eleição do ano passado, Kamala Harris, avisando que iria perseguir os artistas que a apoiaram, incluindo Bono e Beyoncé. Fico pensando na possibilidade dos músicos anti-Trump se reunirem para gravar uma música contra seu regime totalitário e o nível de bizarrice que seria se o “We Are the World” desta geração for uma música contra o presidente dos Estados Unidos. Bem a cara dessa época, se você parar pra pensar…

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Se o primeiro Kung Fury, lançado há dez anos, já era o cúmulo dos anos 80, que dizer de sua continuação, que foi finalizada há dois anos mas ainda não foi lançada por questões legais? Olha esses 10 minutos absurdos que vazaram essa semana provavelmente pra reaquecer o interesse no filme, que ainda conta com Michael Fassbender, Schwarzenegger e David Hasselhoff no elenco…?

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E essa intervenção do artista português Bordallo II,que escancarou a especulação imobiliária lusitana ao transformar a Praça Duque da Terceira, junto ao Cais do Sodré, em Lisboa, capital da nossa Guiana, num tabuleiro de Banco Imobiliário? Tem mais imagens lá no Insta e no site dele – e algumas abaixo: Continue

O lendário líder do Pere Ubu morreu nesta quarta-feira.

E cês viram que as três temporadas de Twin Peaks vão estrear dia 13 de junho no Mubi? ❤️ Junte ao Os Últimos Dias de Laura Palmer (que já está no catálogo deles) e tudo fica quase completo.

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Se você estiver procurando série pra ver, dá uma sacada em Paradise, que estreou no começo do ano e já terminou sua primeira temporada em oito episódios tensos. Ela conta a história de Xavier Collins (interpretado magistralmente por Sterling K. Brown), braço direito de uma das pessoas mais poderosas do mundo que passa a lidar com um problemaço depois que um assassinato começa a revelar uma história que é muito mais complexa do que parece na superfície. Sugiro apenas que assista ao primeiro episódio e veja se consegue segurar-se para não assistir ao capítulo seguinte em seguida após o que é mostrado quase no final. Ela está passando no Disney+.

E se Jim Morrison ainda estiver vivo? As mortes dos grandes nomes da fase clássica do rock não apenas funcionaram como pregos no caixão de uma época e, por terem acontecido subitamente e matado esses ídolos ainda na tenra idade, criaram uma aura de encantamento e mistério que tornaram-se material da própria história do gênero. E por mais que as mortes de Brian Jones, Jimi Hendrix e Janis Joplin hoje já não sejam tão envoltas em lendas, a de Jim Morrison ainda segue vaga quanto em seu tempo, no final de 1971. O líder dos Doors mudou-se para Paris naquele ano e morreu sem deixar vestígios, teoricamente vítima de um ataque cardíaco na banheira de seu apartamento em Paris. Ninguém sabe quem é o médico que o examinou após a morte, não houve autópsia e sua namorada Pamela Courson, a única pessoa que o conhecia a vê-lo morto, morreu três anos depois. Agora uma série vem jogar luz nessa possibilidade anunciando inclusive a possibilidade de ter encontrado o próprio cantor, que viveria em Nova York e trabalharia disfarçado como um zelador. Não são as únicas pistas: Finn descobriu que o número de Seguro Social de Jim ainda está ativo e mostra outras pistas para pessoas que conheceram o vocalista dos Doors em diferentes momentos de sua curta vida. Criada e dirigida pelo fã Jeff Finn, Before the End é dividida em três episódios, já estreou na Apple TV nos EUA e vem acompanhada de um livro, escrito por Finn, chamado 127 Fascination: Jim Morrison Decoded, que ainda será lançado, sobre o mesmo tema. Veja o trailer abaixo: Continue

O mundo anda tão bizarro que o anúncio da nova temporada de Black Mirror, normalmente um momento de calafrios e desconfortos causados por uma ficção científica incomodamente próxima da nossa realidade, passou quase sem repercussão. Mas o fato é que a antologia de paranoias cogitadas pelo inglês Charlie Brooker mostra mais uma leva de seus episódios – a sétima – com direito à continuação do clássico capítulo U.S.S. Callister, da quarta temporada, paródia da série Jornada nas Estrelas em que o criador de um jogo online cria uma nave espacial naquele universo em que ele pode tripudiar de clones digitais de seus colegas de trabalho. A nova temporada de Black Mirror estreia no dia 10 de abril e terá seis episódios. Entre os atores que participarão desta temporada estão nomes como Paul Giamatti, Awkwafina, Issa Rae, Peter Capaldi, Rashida Jones, Cristin Milioti e Tracee Ellis Ross. Assista ao trailer abaixo: Continue

“Esse filme é o corpo do Rubens (Paiva), que nunca voltou”, diz Selton Mello em entrevista após a premiação do Oscar segunda passada. Em seguida, deixo um áudio recuperado pela Empresa Brasileira de Comunicação e que mostra o então deputado reagindo em cadeia nacional ao golpe de 1964. Ainda Estou Aqui pode ser mais importante do que a gente pensa… Veja abaixo: Continue

O lendário Jello Biafra, fundador e antigo líder do clássico grupo de hardcore Dead Kennedys, participou do show do grupo Cavalera Conspiracy, formado pelos ex-Sepultura Max e Iggor Cavalera, nesta segunda-feira, no Marquis Theater, em Denver, nos EUA, e aproveitou o encontro — e o momento bizarro que seu país está atravessando — para atualizar o clássico hino de sua antiga banda, “Nazi Punks Fuck Off”, mas não sem antes soltar o verbo, como ele sempre faz. “Somos uma família há muito tempo, cara. Eu vi (o Sepultura) pela primeira vez em Denver com o Ministry e o Helmet. Aquele show aconteceu neste lugar que na época ainda era chamado de Mammoth Gardens. Agora a Live Nation também tem suas garras neste lugar. Eu não venho pra cá desde que eles compraram este lugar; essa empresa é o Elon Musk das empresas de show. E muitos de vocês conhecem essa música. Ela foi escrita originalmente sobre pessoas sendo realmente violentas no meio do público e agindo como um bando de nazistas. Então, quando chegou a lugares que tinham ditadores e fascistas de verdade, como o Brasil e a Europa Oriental, se tornou mais do que isso, se tornou uma espécie de grito revolucionário. Então, nada de deixar a música de lado, especialmente porque, pela primeira vez, estamos olhando para ditaduras fascistas reais e vivas com camisas vermelhas, brancas e azuis por todo o país. Vai demorar um pouco para eles me pegarem, mas já estou na lista negra o suficiente pelo que disse sobre o sujo Donnie Trump… e tudo mais, nunca se sabe. Então, agora, essa música tem um nome um pouco diferente, acho que todos podemos nos identificar. Nazistas trumpistas, vão se foder!”

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