Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
É sempre ótimo receber os Garotas Suecas, que desta vez trazem sua psicodelia brasilis na quinta edição da Sexta Trabalho Sujo no Estúdio Bixiga, nesta sexta-feira, dia 29, às 21h, mostrando seu disco mais recente Futuro do Pretérito, além de hits dos já clássicos Escaldante Banda e Feras Míticas (mais informações aqui).
No soberbo Thanks for the Dance, Adam Cohen, filho do mestre Leonard, revive seu pai, morto em 2016, em forma de puro sentimento, num álbum póstumo vivo, cheio de vida e sobre a maravilha de estar vivo.
Neste vídeo produzido pelo pessoal do Blogothèque para o canal do velho Leonard, Adam conta como foi criar este último disco de seu pai a partir de instruções do próprio, com participações de Feist, Damien Rice, entre outros.
Discaço.
E a última atração da minha curadoria de música no Centro Cultural São Paulo é o show que Liniker & Os Caramelows fazem nesta quinta, às 21h, na Sala Adoniran Barbosa (mais informações aqui).
Foi bom demais – obrigado a quem esteve junto.
Fui convidado para participar de um papo sobre a vinda da Patti Smith para o Brasil dentro do podcast Rádio Companhia, da editora Companhia das Letras, que publica os livros da cantora e compositora norte-americana, que ainda contou com a apresentação de Mariana Figueiredo, mediação de Diana Passy e a participação de Camila von Holdefer, tradutora do livro O Ano do Macaco e Max Santos, responsável pelos eventos da editora. O programa ainda conta com a íntegra, em inglês, do papo que Patti Smith participou no Sesc Pompéia.
Que prazer receber mais uma vez Tatá Aeroplano no palco do Centro da Terra, o primeiro pioneiro a desbravar o sonho coletivo Segundamente: uma temporada mensal com quatro shows diferentes de um mesmo artista, que inaugurou minha curadoria de música no nosso querido teatrinho das profundezas do Sumaré em março de 2017. O cantor e compositor paulista volta quase três anos depois trazendo o espetáculo Um Bride à Mãe da Lua, nesta terça, dia 26 de novembro (mais informações aqui), em que apresenta composições tão recentes que nem puderam entrar no disco que ele acaba de gravar e que será lançado só no ano que vem. Conversei com ele sobre o perrengue que inspirou esta apresentação e sobre sua volta ao teatro, onde tocará sozinho apenas com seu violão.
O músico catarinense exilado na Itália Ricardo Seola acaba de lançar seu primeiro álbum, Santa Monica, disco instrumental tocado apenas ao violão, e pediu para que eu escrevesse um texto de apresentação para este trabalho, um mergulho nostálgico numa Floripa sentimental.
“A calma melancólica de uma ilha como Florianópolis”, assim o multiinstrumentista e compositor catarinense radicado na Itália Ricardo Seola resume seu disco Santa Monica, que lança nas plataformas digitais. Músico e designer, ele mora em Milão há três anos e criou este projeto como uma forma de voltar à atmosfera bucólica de Florianópolis, cidade que adotou como sua à medida em que desenvolvia sua carreira musical. “Cada nota foi pensada e executada pra que o ouvinte se transportasse comigo pra uma lugar que, na nossa cabeça, seja como essa ilha. A melancolia talvez more no fato de que talvez essa ilha nem exista mais, mas na nossa imaginação ela é perfeita. É como Isidora, cidade invisível do Calvino”, conclui.
São canções instrumentais que abrem janelas mentais que ecoam outros paraísos acústicos, como o Rio de Janeiro da bossa nova, a Bahia de Dorival Caymmi e João Gilberto, a Inglaterra outonal de Nick Drake ou as incursões folk do Radiohead. Oito canções que evocam tanto a atmosfera viva e natural de uma cidade praiana quanto o clima melancólico e introspectivo de uma região fria do Brasil. Ao misturar estes dois polos aparentemente distintos, Ricardo Seola encontra um equilíbrio que traduz-se musicalmente em pequenas odes a uma paisagem musical utópica.
Com passagens por pequenas bandas catarinenses, Seola nasceu em Florianópolis mas começou sua carreira musical há quase 25 anos, no interior de Santa Catarina, em Rio do Sul, com uma banda chamada Insaney, cujo grande trunfo foi ter sido resenhada pela revista Rock Brigade. Ao mudar-se para Florianópolis, criou a banda Z?, que, como diz, “teve um discreto sucesso”, citando o prêmio de Melhor Videoclipe Independente no festival Gramado Cinevídeo, para a música “Deixa o Tempo”, em 2007, que fez o clipe tocar em canais como MTV e Multishow e a música ser incluída na programação de algumas rádios no Brasil.
“O formato solo foi quase uma necessidade”, ele explica a nova formação. “Quando saí do Brasil na primeira vez, em 2008, fiquei sem banda. Eu toco violão, guitarra e piano, mas como componho pra cinema, acabo ‘tocando’ virtualmente todos os outros instrumentos de orquestra. Isso me dá uma boa noção de como são executados, embora não saiba tocá-los. Aprender a compor virtualmente, orquestrar e me expressar apenas com um instrumento foi uma consequência. O fato de ser violão é uma vontade de não depender tanto de máquina, eletricidade e software. Gosto muito de tudo isso e acho incrível tirar uma trilha sonora completa de um notebook, mas quando chego em casa e sento no sofá, preciso de algo que produza som em si só.”
Entre as influências e inspirações, ele cita nomes da música brasileira e internacional de diferentes áreas e épocas que encontram-se justamente nas composições acústicas para o instrumento escolhido como protagonista, como Caetano Veloso, Villa Lobos, Luiz Bonfá, Yamandú Costa, Kurt Cobain, Marcelo Camelo, Jonny Greenwood e Ed O’Brien (estes últimos guitarristas do grupo Radiohead)
Atualmente está em sua segunda temporada em Milão. A primeira aconteceu entre 2008 e 2011, quando foi estudar design e acabou criando um laço sentimental com a cidade italiana, onde ganhou um iF Award como designer e outros como músico e fotógrafo. Voltou para o Brasil, mas retornou ao velho continente em 2016, onde reside atualmente, na mesma cidade que o acolheu. “Santa Monica é um disco que começou assim que cheguei em Milão em 2016. Era uma forma de me colocar mentalmente de novo na atmosfera que me proporcionava Florianópolis. Fiz questão, inclusive, de gravar o disco na ilha pra que essa essência estivesse presente”, lembra.
O disco ainda não existe como show, algo que Seola planeja para o ano que vem, trazendo também outras composições para o piano e talvez peças eletrônicas e experimentais. Mas, para ele, conclui um período artístico. “Gravando o disco me sinto livre pra planejar outros projetos. No momento tenho como prioridades compor um álbum pra quarteto de cordas e paralelamente um projeto ao vivo experimental com eletrônica e synths. Em algum momento, quando tudo isso fizer sentido junto, tudo acaba virando um só trabalho, que pode ser mostrado ao mesmo tempo de forma homogênea.”
A revista inglesa Far Out desenterrou uma pérola: a única vez em que Bob Dylan cantou uma música dos Beatles num show.
Dia de festa.
TLC – “Waterfalls”
Lorde – “Green Light”
Positive Force – “We Got the Funk”
Gnarls Barkley – “Crazy”
David Bowie – “Young Americans”
Candi Station – “Young Hearts Run Free”
Talking Heads – “Love for Sale”
Suzi Quatro – “48 Crash”
Echo & the Bunnymen – “Bring on the Dancing Horses”
Cardigans – “Lovefool”
Lulu Santos – “Um Certo Alguém”
Clash – “The Magnificent Seven”
Commodores – “Brick House”
Maria Bethânia – “Festa”
M.I.A. – “Paper Planes”
Ultramagnetic MCs – “Critical Beatdown”
Dr. Dre – “Let Me Ride”
Sade – “Paradise”
Spoon – “Hot Thoughts”
Rapture – “Whoo! Alright-Yeah… Uh Huh”
Pixies – “Gigantic”
Beck – “Loser”
Dizzee Rascal”- “That’s Not My Name”
Sandra de Sá – “Olhos Coloridos”
De Menos Crime – “Fogo Na Bomba”
Run DMC – “It’s Tricky”
Gary Numan – “Cars”
Hard-Fi – “Hard To Beat”
Knife – “Heartbeats”
Titãs – “AA-UU”
Daryl Hall + John Oates – “Kiss On My List”
Nos 24 anos do Trabalho Sujo, reativo as Noites Trabalho Sujo na nova Trackers, que agora fica em Pinheiros, neste sábado, dia 23 de novembro. No som, a mesma miscelânea de música pop de todas as épocas ao lado dos compadres Danilo Cabral e Luiz Pattoli, misturando música eletrônica e hip hop, música brasileira e soul music, rock clássico e dance music, funk e indie rock. E se você quiser ir de graça nessa comemoração, basta enviar seu nome e o de seus convidados para o email noitestrabalhosujo@gmail.com até a sexta pela manhã que no sábado logo cedo anunciamos quem vai festejar sem pagar para entrar. Vamos lá?
Noites Trabalho Sujo @ Trackers Pinheiros
24 anos do Trabalho Sujo!
Sábado, 23 de novembro de 2019
A partir das 23h45
No som: Alexandre Matias, Danilo Cabral e Luiz Pattoli
Trackers Pinheiros. Rua dos Pinheiros, 1234.
R$ 20,00
Entrada: R$ 20, só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. Aniversariantes da semana não pagam para entrar (avise quando enviar o nome no email, por favor)
Que prazer receber as queridas Crime Caqui em mais uma Sexta Trabalho Sujo no Estúdio Bixiga, nesta sexta-feira, dia 22, às 21h, entrelaçando acordes elétricos com doces melodias (mais informações aqui).