Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Aparelho: O case Miro

Em mais uma reunião semanal do jornalismo-fumaça, chamo Vladimir Cunha e Emerson “Tomate” Gasperin para discutir a saída de Neil Young – o melhor ser humano vivo atualmente? – do Spotify e como isso se desdobra para o resto da cultura como um todo. Mas aproveitamos para falar sobre Starbucks no Brasil, produtos importados nos anos 80, os pintinhos pisados pelo KISS, aulas de baixo de reggae, a malhação do Judas no impeachment do Collor, Cansei de Ser Sexy no Glastonbury, tretas com o clube dos colecionadores de MSX, contratos assinados com sangue, um caixão pra ser destruído, a pronúncia original do latim, a música nova da Anitta, a escala Búzios, a quinta geração do rock, o arquivo da internet, o novo Fausto Silva, como só Rod Stewart, o disco soviético do Iron e, claro, NFT, além do Tomate ameaçar queimar pólvora no programa.

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Esquadrinho: Samanta Flôor

E na primeira edição do meu programa sobre quadrinhos de 2022, converso com a gaúcha Samanta Flôor, que também ilustra e tatua, além de fazer HQs. Falamos sobre suas influências, sobre a forma como ela lida com as redes sociais, dicas para quem está querendo entrar nesse meio e como ela lidou com o período da pandemia, além de falar de sua recém-lançada newsletter.

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Tudo Tanto #122: Fernando Catatau

Finalmente Fernando Catatau lança seu primeiro disco solo. Gravado desde 2019 e batizado apenas com seu próprio nome, o álbum, que chega às plataformas de streaming na próxima sexta (e cujo pré-save já pode ser feito aqui), traz uma leva de novas canções que o distancia do universo sonoro da banda com a qual tocou nos últimos vinte anos, o Cidadão Instigado. Foi um processo lento que começou com as pazes com Fortaleza, o reconhecimento de uma nova cena local e um mergulho para dentro de si mesmo, como ele conta em mais uma edição do meu programa sobre música brasileira, Tudo Tanto.

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Eis a capa do primeiro disco solo de Fernando Catatau

É muito sintomático que a foto da capa do primeiro disco solo de Fernando Catatau, que será lançado na próxima sexta-feira, tenha sido tirada no mesmo prédio que seria a capa do último disco do Cidadão Instigado, Fortaleza. O antigo Hotel São Pedro, antes símbolo luxuoso da capital cearense em seus dias de bonança, hoje está abandonado e, após ter sido tombado, passou a ser frequentado pela juventude atual apenas por diversão. Foi ali, em meio à decadência nítida do local, que a artista Jamille Queiroz tirou a foto de Fernando, vestindo uma camisa feita por ela, imagem que aparece em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. A foto mistura tanto a queda de uma Fortaleza de outrora como o intenso mergulho para dentro que caracteriza o primeiro disco do guitarrista, disco doce e melancólico que contrasta com a obra com sua banda anterior sem perder as características de sua composição. Batizado apenas com seu nome, o disco gravado em 2019 e só agora vê a luz do dia, trazendo Dustan Gallas e Samuel Fraga como banda base e as participações de Juliana R., Yma, Giovani Cidreira, Clayton Martin e Manoel Cordeiro. Ele também antecipa o nome das músicas e a ordem das faixas a seguir.  

Zé Nigro chama Alessandra Leão para saudar Iemanjá


Foto: Dandara Azevedo

Depois de lançar seu primeiro disco solo, Apocalip Se, no meio do ano passado, o produtor, compositor e músico Zé Nigro segue mostrando composições e parcerias que derivaram daquele processo. A primeira delas, que será lançada nesta quinta, ele antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo: em “Cais”, ele convida a comadre Alessandra Leão para saudar Iemanjá. “Eu compus essa musica em parceria com Dandara Azevedo em 2019, e durante a pandemia, no processo de composição do álbum, comecei a finalizar ideias que estavam começadas mas não acabadas”, ele me explica por email. “‘Cais’ estava nesse processo e logo percebi que seria Alessandra Leão a voz que daria voz a composição. Assim, fizemos remotamente, ela gravando da casa dela, mas acabei não incluindo no álbum pois não cabia na história que estava querendo contar. Agora, ‘Cais’ e ‘Vozes’ são faixas adicionais que complementam o processo do meu primeiro álbum”, conclui, se referindo à faixa que lançará no próximo mês, uma colaboração com o rapper Hiran e a cantora baiana Livia Nery. Ouça a música abaixo.  

Chega mais, Mari Tavares


Foto: José de Holanda

“‘Laca Espanada’ é um início mas, na verdade, vem de um processo de muitos anos de depuração, tanto criativa quanto emocional”, me explica a cantora e compositora Mari Tavares, que lança seu primeiro single nesta quinta-feira e o antecipa em primeira mão aqui para o Trabalho Sujo. Produzido por Rodrigo Campos, “Laca Espanada” tem a participação de Romulo Fróes, Laura Lavieri e Ana Passarinho nos vocais de apoio e pode ser ouvido abaixo.  

Os indicados às categorias de artista do ano e revelação de 2021 para a APCA

Don L, Caetano Veloso, Duda Beat, Badsista, Gloria Groove, Fabriccio, Jadsa, Marina Sena e Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo estão entre os indicados às categorias artistas do ano e revelação de 2021 de acordo com o júri de música popular da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros, José Norberto Flesch, Marcelo Costa, Pedro Antunes e Roberta Martinelli. Já havíamos lista os 50 indicados a melhor álbum de 2021 antes do ano terminar e agora, com este nova lista, nos preparamos para a revelação dos premiados do ano, que devem ser divulgados no início do próximo mês. Confira os indicados a seguir:  

A nova “manhã” do Walfredo em Busca de Simbiose


Foto: Lou Alves

Projeto do cantor e compositor paulistano Lou Alves, o grupo Walfredo em Busca de Simbiose começa a mostrar Self, o disco sucessor de seu álbum de estreia, Maiúsculas Cósmicas, com o single “Manhã”, que ele antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo, bem como seu clipe. “Foram dois anos desde a composição e a produção do Self, e ‘Manhã’ foi uma das músicas que mais mexeu comigo durante todo o processo”, me explica Lou por email. “Ela simplesmente fluiu, e eu a escrevi em algumas horas. Lembro que não via a hora de lançar e mostrar essa track para as pessoas.“ Seguindo a linha psicodélica suave do primeiro disco, ela conversa com a abertura de horizontes deste período final (esperamos!) desta pandemia interminável.

Assista abaixo.  

Como a Índia influenciou os Beatles

E depois de Get Back, como continuar acompanhando os Beatles? Uma opção é o documentário The Beatles and India, que estreou no HBO Max essa semana e conta a história da relação do grupo com o país milenar, desde a chegada da beatlemania ao país à caracterização grotesca feita no filme Help!, o encanto de George Harrison pela cítara, as viagens do grupo para o país e a influência do guru Maharishi Mahesh Yogi sobre John, Paul, George e Ringo. Escrevi sobre o documentário para o site da CNN Brasil.  

Tudo Tanto #121: Giovani Cidreira

E nesta semana, no meu programa de entrevistas sobre música brasileira, converso com o baiano Giovani Cidreira, que estava preparando-se para lançar seu segundo disco solo quando foi, como todos nós, abalroado pela pandemia. Retomo portanto a trajetória ímpar de Nebulosa Baby, disco que lançou no ano passado e que só agora está começando a ganhar vida nos palcos. Aproveito também para conversar com ele sobre sua formação como artista, que o trouxe para São Paulo, onde lançou seu disco de estreia, Japanese Food.

Assista aqui.