Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Quarta-feira tem mais uma edição das Noites Trabalho Sujo no Tokyo, quando eu, Luiz e Danilo embalamos quadris e boas vibrações ao som de hits que todo mundo conhece – outros, talvez não, mas essa é a graça. E nesta edição recebemos a presença do ilustre e enigmático Silver Saxguy, que promete derreter pernas e corações com sucessos que você finge não gostar. Para saber mais informações sobre a festa e deixar seu nome na lista de desconto, basta dar uma sacada lá no site do Tokyo.
Mais um programa sobre música com meus compadres Luiz Pattoli e Danilo Cabral falamos sobre música às vésperas de mais uma edição das Noites Trabalho Sujo (que faremos na próxima quarta, dia 9 de fevereiro – mais informações aqui) e dedicamos mais uma edição de improviso – e falamos sobre a passagem de Elza Soares, sobrte as mortes de Elis Regina e Nara Leão, do marco alemão do Michael Jackson, do filme dos Beatles no cinema, C. Tangana, Manu Chao, FBC, o encontro dos Beatles com Elvis, Ronnie Spector, Yoún, relançamentos em vinil e outros assuntos que pintaram na telha enquanto estávamos gravando.
Nesta semana converso com a poeta e performer Jeanne Callegari, uma das fundadoras do evento Macrofonia, que mistura poesia, ruído, performance e outras disciplinas em apresentações ao vivo que, por conta da pandemia, acabaram por ser deixadas de lado, para a criação de um festival realizado online e gravado na Biblioteca Mário de Andrade. O evento deve voltar às apresentações ao vivo em 2022, mas um dos planos é o lançamento de uma publicação para discutir esta interdisciplinaridade de seu trabalho. Ela também lançou seu terceiro livro de poemas, Amor Eterno 2, neste mesmo período.
Em mais uma colaboração para o site da CNN Brasil, mostrei que nosso herói Neil Young não entrou nessa contra o Spotify de uma hora pra outra – e sua importância como músico, compositor e cantor equivale à sua tradicional luta contra os opressores e seu ativismo político sempre alerta.
No primeiro Cine Ensaio de 2022, eu e André Graciotti recapitulamos o ano anterior escolhendo nossos filmes e séries favoritos do período – e como não consegui acompanhar muitas novidades, deixei pro André falar melhor de suas escolhas, comentando alguns filmes e seriados que consegui assistir em 2021.
Começamos falando de velho oeste, mas logo descambamos para a política, em mais uma sessão do Aparelho em que eu, Vlad e Tomate lamentamos a cara de pau de muitos que achavam que era tranquilo tirar uma presidenta eleita para abrir caminho para o elenco mais torpe do pior filme de terror do mundo. Inevitavelmente chegamos ao Iron Maiden quando perguntamos: quais integrantes da banda de metal apoiariam a Lava-Jato?
Já reparou que na pandemia recorremos aos mesmos discos, livros, séries, quadrinhos e filmes de sempre? Em mais uma colaboração para o site da CNN Brasil, conversei com o Ricardo Alexandre, a Fernanda Pineda e o Thiago Ney sobre a chamada cultura do conforto.
O primeiro programa de 2022 também é uma oportunidade para que eu e Pablo Miyazawa discorramos sobre a natureza do Altos Massa, à medida em que começamos a vislumbrar um futuro sem a pandemia – trazendo séries para a primeira pauta do ano. Mas antes de traçar os novos rumos do programa e puxar outros assuntos também discutimos o que fizemos até aqui e isso nos fez cair na discussão sobre a essa lógica do coach, que faz as pessoas acreditarem que precisam pagar para ter esse tipo de incentivo pessoal.
O disco de estreia das Crime Caqui está chegando e nesta sexta elas soltam mais um single, que pode ser ouvido em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “‘Feito pra Durar’ é uma música que dói porque nos identificamos com o sentimento humano de que nada dura para sempre”, explica a baterista Fernanda Fontolan sobre a música composta pela vocalista Yolanda Oliveira. “Percebemos como nos tempos atuais os amores líquidos têm predominado os afetos, a vontade de querer se entregar porém com o medo de se prender a um território a ser compartilhado e não mais inteiramente seu.” A canção vai de encontro às primeiras músicas da banda sorocabana e, mesmo com as guitarras marcantes, vai criando um clima etéreo que culmina com o synth tocado por May Manão, que deixa a guitarra de lado nesta música. “Tem vezes que a gente já sabe que uma coisa não vai durar”, continua Yolanda. “Ainda assim, acontece uma saudade estranha de como tudo poderia ter sido mesmo sem ter sido; o afeto às vezes é muito contraditório, você se apaixona mas não quer se machucar, você se envolve com uma pessoa e não consegue ficar vulnerável, porque dá medo”. E pergunta: “O que dói mais, ficar ou ir embora?” A faixa, produzida pela mesma Mônica Agena que assina a produção do álbum tem cara de faixa de abertura de disco – e deixa aquele gostinho de quero mais. Ouça abaixo.