Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Tocante a apresentação que Nina Maia e Chica Barreto fizeram nesta terça-feira no Centro da Terra. Depois de passar por composições próprias e clássicos que as influenciaram (de Gershwin a Milton Nascimento), as duas largaram os instrumentos e convidaram Luiza Villa para encerrar a apresentação com uma belíssima versão para “Serenata do Adeus”, de Vinícius de Moraes.
Uma das novas autoras mais festejadas dos últimos anos, Aline Bei é a convidada desta edição do meu programa de entrevistas Bom Saber, quando conversamos sobre processo criativo, o papel das redes sociais na literatura atual e como o trágico momento atual que vivemos fala sobre perda, tema que atravessa os dois livros de Aline, O Peso do Pássaro Morto e o recém-lançado Pequena Coreografia do Adeus.
Nina Maia e Chica Barreto juntam suas forças para a delicada apresentação Miradeiro, que apresentam nesta terça-feira, no Centro da Terra. Nina toca teclado, Chica, violoncelo e as duas apresentam músicas próprias e clássicos da música brasileira com esta formação enxuta, ao mesmo tempo em que convidam Zuíza Villa, Nina Libeskind e o grupo Cordão de Jade. Os ingressos para esta apresentação já estão esgotados.
Na segunda segunda-feira de sua temporada Pocas no Centro da Terra, Kiko Dinucci visitou paisagens desconhecidas em seu próprio violão, indo do norte da África ao Japão medieval, passando pelo sertão brasileiro e por desertos na Lua, usando seu instrumento como cajado e facão, abrindo picadas e marcando caminhos. À sua cola, Gustavo Infante levava seu violão para galáxias distantes ou para viagens intracelulares, aumentando ou encolhendo timbres em gravadores de fita analógica, enquanto Maria Cau Levy explorava cores e texturas filmando obras que espalhara pelo palco, acompanhada de Karime Zaher, que fitava tudo da coxia. Uma hora tão fantasmagórica quanto espiritual e extrassensorial – tudo ao mesmo tempo.
O que o Peninha tem em comum com o Tio do Aço? Em mais um rendez-vous de nosso Jornalismo-Fumaça, eu, Tomate e Vladimir Cunha embarcamos uma trip descontrolada em busca da essência das conversas que realmente importam, enfileirando as patentes do quartel do Recruta Zero em busca do possível alvo correto do míssil disparado sem querer querendo pelas FFFFFAAAAA. Enquanto Patópolis nos funde a cuca (não a do sítio) com questionamentos existenciais, cogitamos um festival composto apenas por artistas que usam siglas e uma camiseta do popstar Nesta, enquanto lembramos da conexão entre o Kiss e o Teenage Fanclub e as previsões econômicas das ciganas.
O convidado desta semana do meu programa sobre música brasileira é o produtor Diogo Strausz, que está saindo deste período pandêmico lançando seus primeiros trabalhos autorais desde que lançou seu disco de estreia, há quase dez anos. No papo, conversamos sobre o aprendizado deste período de reclusão, do que falam os discos que está lançando em 2022 e da fronteira entre músico, produtor e DJ que ele ocupa, tanto do ponto de vista de seus trabalhos quanto do trabalho de outros artistas com quem eventualmente colabora.
Mesmo que você não goste de Nicolas Cage (como assim?), vale muito ver O Peso do Talento (tradução branda para o título original, que deveria ser O Peso Insuportável do Talento Massivo), que acabou de estrear nos cinemas. É um filme sobre a carreira de um dos atores mais singulares do cinema norte-americano que explora todos os clichês relacionados ao ator, que vive ele mesmo lidando com o possível dilema de ter chegado ao fim de sua carreira. Assim, ele topa participar da festa de um bilionário que é seu fã (Pedro Pascal) e que não mede esforços para agradá-lo. O filme estica a corda do ridículo ao extremo e coloca Cage em situações constrangedoras, risíveis e inusitadas -e ele sempre se sai bem. Mas apesar da metalinguagem, não é um filme que pretende-se sério – muito pelo contrário, escancara com gosto as porteiras do cinema de ação mais fuleiro, mas faz isso pra render altas gargalhadas.
A cantora curitibana Betina começa a mostrar como será seu terceiro álbum a partir de uma música que fez com os Boogarins em plena fase vermelha da pandemia, no ano passado – e “Polaroids”, que você pode ouvir abaixo, estreia com vídeo dirigido pela própria cantora, com a participação de três quartos do grupo goiano (Dinho, que produzirá o disco, tocando guitarra, Fefel tocando synth e Ynaiã fazendo o beat), além de Bonifrate no baixo e Jojo Augusto da Silva (que toca com Filipe Catto) na outra guitarra. “Demos início a esse processo depois que desenvolvi alguns beats num laboratório meu que já andava fazendo sozinha e dividindo as letras com o Dinho, enquanto Diogo (Valentino, ex-Supercordas, que também produz o disco) botava sempre ordem nas ideias para soar bonito e coeso”, lembra a cantora. “Nesse processo percebemos que uma música que já havia sido iniciada com Lucas Moura, da Glue Trip, teria espaço nesse disco, então ele é um dos convidados. ‘Polaroids’ dentre as músicas do álbum é anterior a tudo isso, mas faz muito sentido ser a primeira por ter sido de fato aquela que amarrou essa construção de mãos para disco, que dá o tom da soma que tivemos”. O disco ainda não tem previsão de quando será lançado, mas outra convidada do álbum é a cantora Luiza Lian.
(Foto Helena Wolfenson/Divulgação)
Fazer música como um processo de cura. Embora a ideia de “Canção de Cura”, segundo single que Sessa lança antes de seu segundo disco solo, Estrela Acesa, que será lançado no mês que vem, esteja ligada ao processo de cura dentro da paixão, acenando inclusive para um clássico de Drummond, a faixa também está ligada à produção cultural no momento drástico que o Brasil atravessa. A faixa está sendo lançada nesta quarta-feira e fecha uma trilogia de clipes que Sessa fez com Gabriel Rolim, que pode ser assistido abaixo.