Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Eerie Please: entre o transe e o sonho

A pernambucana radicada em São Paulo Bruna Avellar segue materializando seu projeto solo de synthpop Eerie Please, que lançou seu EP de estreia, Lover’s Eye, no final do ano passado. Desta vez ela mostra o primeiro clipe do disco, da faixa “Spark”, que ela antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo. “Recentemente escreveram que o meu EP capturava o momento em que o seu eu adolescente está no meio de um auditório, sob as luzes de um globo de festa, e a pessoa que você ama estende o braço para você, com os olhos brilhando”, ela explica como essa acabou alimentando o imaginário deste primeiro vídeo, em que a canção embala o ouvinte entre um transe hipnótico e um sonho sintético, ecoando beats e texturas dos anos 80. “Acho que o vídeo é um pouco como dançar sozinha no quarto enquanto sonha com outros momentos”, conclui, lembrando a própria natureza solitária de seu trabalho.

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Aparelho: Por onde a Hello Kitty come

Aparelho sempre investigando os grandes – e pequenos – enigmas da humanidade e desta vez, eu, Emerson “Tomate” Gasperin e Vladimir Cunha abrimos divagações sobre a quantidade de discos que torna uma banda clássica, como o 4K matou o passado do cinema, os macacos treinados de Stanley Kubrick, o verdadeiro inventor do algoritmo, o disco de easy listening do Stevie Wonder, a importância dos Chemical Brothers, uma praxada com cheiro de chulé, Blade Runner da tela verde, estudos sobre asfalto, o monolito de 2001 como escola técnica, a conexão hippie-punk-rajneesh, metonímias e marcas, o fim do Facebook, o crime de amar demais os Smiths, e agora, há uma bica lá fora – aqui dentro, sempre.

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Remixando Arnaldo Baptista

Antecipada em primeira mão para o Trabalho Sujo, segue abaixo a capa de To Burn or Not to Burn, coletânea que reúne diferentes remixes feitos por produtores de música eletrônica para a faixa de mesmo nome que o mutante Arnaldo Baptista lançou em seu disco mais recente de estúdio, Let it Bed, de 2004. O disco, que será lançado nesta sexta-feira nas plataformas digitais, reúne diferentes abordagens para a mesma faixa e os 16 remixes ficaram a cargos de nomes tão diferentes quanto Tata Ogan, Zopelar, L_cio, Magal, Tetine, Flu, entre outros.  

Mateus Aleluia: “Vejam que imagem tão bonita”

Mateus Aleluia e seu violão conduzem o filme Espíritos Sem Nome, produzido pelo Instituto Moreira Salles e que estreia nesta sexta-feira, ao meio-dia, no canal do YouTube do instituto. O velho tincoã canta sozinho e sua forte musicalidade é temperada pelo imaginário intenso da fotografia do baiano Mario Cravo Neto, tema de exposição que está em cartaz na sede carioca do IMS, onde foi gravada a apresentação, realizada sem público. São duas versões complementares e ancestrais sobre a Bahia, que se encontram num filme intenso e tocante. Dá pra assistir um trecho da apresentação abaixo.  

Tudo Tanto #124: Marina Sena

A grande revelação de 2021 começa o novo rumo ao topo do pop. Marina Sena refaz sua caminhada desde a longínqua Taiobeiras passando por Montes Claros em Minas Gerais até a capital Belo Horizonte e finalmente São Paulo, em cada mudança de cidade assumindo uma personalidade: primeiro como vocalista do grupo O Outra Banda da Lua, depois como integrante do coletivo Rosa Néon até sua consagração em carreira solo em plena pandemia. Na edição desta semana do meu programa de música brasileira, a gente conversa sobre a rápida ascensão de seu disco solo, a diferença entre fama e sucesso, como ela lida com os haters e que planos têm para o novo ano. Disco novo à vista?

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Bom Saber #080: Monique Villamarim

A conversa desta vez no meu programa semanal de entrevistas é sobre depressão e eu convidei a Monique Villamarim, psicóloga que lida com o tema em sua conta no Instagram , e que viu o número de casos explodir durante a pandemia. Falamos sobre o transtorno e como ele tornou-se constante nos dias de hoje, do impacto do isolamento social na cabeça das pessoas e também sobre o uso de psicodélicos para lidar com o assunto, tema de dois ebooks que Monique lançou durante este período.

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Quartabê reinaugura o Centro da Terra

Depois de dois anos sem ver o público, finalmente é dia de voltar ao Centro da Terra. As temporadas e a programação iniciam a partir de março, mas antecipamos a volta com a ilustre presença dos queridos Quartabê, que apresentam seu Lição #2: Caymmi nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, a partir das 20h. Infelizmente, os ingressos já estão esgotados (vantagens de colaborar com o apoia.se do Centro da Terra – os apoiadores foram avisados anteriormente sobre este show, uma viagem densa e intensa a um oceano chamado Dorival Caymmi, tema do segundo disco do quarteto. E semana que vem anunciamos a programação de março. Confira mais informações no site do Centro da Terra.

Clássicos internacionais de 1972 – Parte 3

Encerrando o especial que fiz no site da CNN Brasil sobre discos estrangeiros clássicos que completam 50 anos em 2022 ainda influentes, falo sobre o melhor disco dos Rolling Stones, a coletânea que apresentou a música jamaicana para o mundo, o disco de estreia da banda que inventou o art rock, uma das obras-primas do papa do glam rock, o disco em que Stevie Wonder mostrou sua maturidade e o disco definitivo de rock progressivo.  

Aparelho: Sobre impedir algumas pessoas de fumar maconha

Em mais uma sessão do Aparelho, eu, Vlad e Tomate atravessamos ideias tão erradas quanto um cruzeiro de bandas de rock brasileiro do século passado, a possibilidade do presidente ser o emissário de paz no conflito da Ucrânia, a tradição pirata no trabalho dos Rolling Stones e de Bob Dylan, nosso excesso de prudência, a verdadeira importância da Semana de 22 e a falta que faz um sindicato da ganja.

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Clássicos internacionais de 1972 – Parte 2

Dando continuidade à série que inaugurei nesta sexta-feira no site da CNN Brasil, sigo falando de discos lançados há meio século que seguem importantes até hoje. 1972 foi o ano do disco mais bem-sucedido do Neil Young, do primeiro disco da dupla alemã Neu!, da sombria obra-prima de Nick Drake, do disco mais ousado de Miles Davis, do disco solo mais memorável de Lou Reed, da volta por cima de Ornette Coleman e do momento em que o Genesis torna-se uma brincadeira séria.