Uma DR presencial sobre o próprio Altos Massa marca meu reencontro com Pablo Miyazawa depois de um longo inverno para falarmos sobre a importância do programa para nós mesmos e optamos por não puxar um assunto específico e deixar o papo nos levar. E o freestyle nos levou para assuntos tão diferentes como ser mal interpretado online, casas de suco do Rio de Janeiro e padarias de São Paulo, o jeito certo de comer pastel, relacionamentos gasosos, como flanar é um privilégio masculino (e taqui o texto da Tatiana Vasconecellos), ultrapassamos sobre filmes, discos, séries e até uma newsletter (a Margem do Thiago Ney) e chegamos à conclusão que a versão presencial do programa é muito melhor.
Começou mais uma Bienal do Livro em São Paulo e me convidaram para participar de quatro atividades a partir desta segunda-feira. As duas primeiras acontecem já na segunda: a primeira delas às quatro da tarde, quando faço a mediação de um bate-papo sobre game e cultura com o Rafael Evangelista, que escreveu o prefácio do livro que traduzi para ano passado The Playstation Dreamworld, e o compadre Pablo Miyazawa, e depois, às sete da noite, converso com Aline Zouvi, Hugo Canuto e Rafael Calça na mesa Fazer HQ no Brasil hoje. Na quarta-feira, dia 6, faço a mediação de um bate papo com Danilo Cymrot, autor do livro O Funk na Batida: Baile, Rua e Parlamento, e ninguém menos que MC Bin Laden, na mesa que leva o nome do livro. E, finalmente, na quinta-feira, às 19h, converso com os grandes Kalaf Epalanga e Allan da Rosa na mesa Poesia, Música e Letras. A semana promete!
Primeiro Altos Massa presencial que, achávamos, seria feito no velho continente, durante nossas férias. Mas eu e Pablo Miyazawa preferimos gravar programas em áudio em vez de ligar a câmera por nossa passagem pela Península Ibérica – nossa primeira viagem juntos – e deixar para conversar sobre este assunto quando já estivéssemos de volta ao Brasil. A novidade é que, além de fazermos o primeiro programa num mesmo ambiente, também voltamos a falar sobre pandemia e a vida depois do Coronavírus, comparando a vida que levamos num país que só não foi completamente negacionista por conta da própria população com a de países que seguiram estritamente os protocolos de segurança e agora quase sequer mencionam a existência da doença.
Primeiro Altas Massa sem edição, porque Pablo Miyazawa já estava de férias quando gravamos e não quis deixá-lo trabalhar – ainda mais que ele estava em outro continente. A essa altura do campeonato já estamos em solo catalão, onde contamos um pouco do que vamos fazer nestas férias – além de falar tanto da importância de tirar férias quanto da paranoia de viajar para o exterior em tempos pandêmicos.
Demoramos para gravar um novo programa e o Altos Massa desta vez contradiz o anterior, quando eu e Pablo Miyazawa falamos que íamos falar menos sobre o período pandêmico que atravessamos, para conversar mais sobre cultura de uma forma bem ampla. Mas a aparente normalidade que paira sobre 2022 nos fez voltar a esse tema interminável e voltamos a falar sobre vacinas, máscaras e protocolos numa época em que ninguém está mais preocupado com a pandemia do coronavírus, que ainda não terminou.
O primeiro programa de 2022 também é uma oportunidade para que eu e Pablo Miyazawa discorramos sobre a natureza do Altos Massa, à medida em que começamos a vislumbrar um futuro sem a pandemia – trazendo séries para a primeira pauta do ano. Mas antes de traçar os novos rumos do programa e puxar outros assuntos também discutimos o que fizemos até aqui e isso nos fez cair na discussão sobre a essa lógica do coach, que faz as pessoas acreditarem que precisam pagar para ter esse tipo de incentivo pessoal.
À medida em que saímos da clausura a partir da imunização contra o coronavírus, nos confrontamos com a possibilidade de retomarmos nossas rotinas a partir do grande trauma sofrido, em muitos níveis. O quão anormal é esta volta à normalidade? Estamos prontos para isso? É isso que eu e Pablo Miyazawa discutimos em mais uma edição do Altos Massa.
Mais uma vez os jogos olímpicos puxam o tema do Altos Massa da vez, mas em vez de falarmos do esporte, resolvemos dissecar o patriotismo, este último recurso dos covardes que sempre, nestes momentos, nos comove. Mas dá para torcer a favor do Brasil neste momento em que parece que o país prefere o suicídio como nação a evoluir para um novo estágio ou esta nova fase já começou e foi justamente isso que acionou esta era de trevas? Eu e Pablo Miyazawa decidimos cruzar esta fronteira.
Resolvemos tirar nossa pecha de gente de humanas e aproveitar o gancho olímpico para falar de nossa vida atlética! Sim, Altos Massa nos esportes – eu e Pablo Miyazawa conversamos sobre como as atividades físicas entraram em nossas vidas e como, mesmo na contramão do clichê que diz que jornalista não se exercita, mantemos nossa saúde também à base de muito esforço.
À medida em que as pessoas começam a ser vacinadas, eu e Pablo Miyazawa dedicamos um Altos Massa ao momento da imunização para falar deste processo como fenômeno pop, examinando a etiqueta e os hábitos que estão ligados a este momento – e será que já dá para pensar em como seria o mundo depois do coronavírus? Será que estamos começando a sentir o gostinho dessa mudança?