O primeiro disco gravado no Centro da Terra

, por Alexandre Matias


(Foto: Stela Handa/Divulgação)

No ano passado recebemos no Centro da Terra duas sessões com Arrigo Barnabé e o trio Trisca celebrando a obra de Itamar Assumpção num espetáculo que agora virou o disco Arrigo Visita Itamar, o primeiro gravado no teatro, que está sendo lançado em partes a partir de hoje. Nessa sexta-feira, surgem nas plataformas as faixas “O Que Tem Nesa Cabeça?” (de Arrigo, que virou uma espécie de vinheta que atravessa as faixas), “Quando Eu Me Chamar Saudade” (de Nelson Cavaquinho), “Fico Louco” e “Tristes Trópicos”. A segunda parte surge no dia 5 de julho e o a íntegra do disco chega ao público dia 9 de agosto. O Trisca é um trio formado pelo baixista Paulo Lepetit, pelo guitarrista Jean Trad e pelo baterista Marco da Costa, músicos que tocaram com Itamar em seu grupo Isca de Polícia, e seu nome vem desta contração. Abaixo dá pra ver o vídeo desta primeira parte, que também chega ao YouTube nessa sexta-feira, além de um comentário de Arrigo explicando faixa a faixa:

“O que tem nessa cabeça”
“A pretexto de uma carta para Itamar, fiz uma paráfrase de ‘Cabeça’ do Walter Franco.”

“Quando eu me chamar saudade”
“Essa é a cara do Itamar, embora seja do Nelson Cavaquinho. É a história do artista que não é reconhecido em vida, só ‘quando eu me chamar saudade’. Adoro cantar essa música. Adoro samba.”

“Fico louco”
“Nós morávamos juntos no Bexiga quando o Itamar compôs. Eu adorava cantar gritando como um louco. A coisa do ‘Fico Louco’ é bem anos 1970, era a cara daquela época. Ele mudou a letra várias vezes, mas era aquela coisa Hélio Oiticica, seja marginal seja herói.”

“Tristes trópicos”
“Essa o Itamar fez sobre um poema do Ricardo Guará, no final dos anos 1980. O Guará também morava com a gente no Bixiga. Bom, o Guará fez um trava-língua e tanto com ‘Tristes trópicos’, e o Itamar encontrou um jeito de encaixar as palavras numa melodia curta, com um caráter de mantra, muito bem solucionado.”

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