A última vez do LCD Soundsystem

Sábado passado o LCD Soundsystem terminou sua carreira (por enquanto). E se você, como eu, saiu e não pode assistir ao show ao vivo, eis a já histórica apresentação ao vivo da banda no Madison Square Garden:

Olha o que teve:

Set 1:
2:10 “Dance Yrself Clean” (with “I’m Not In Love” by 10cc intro)
12:40 “Drunk Girls”
17:09 “I Can Change”
23:45 “Time To Get Away”
28:16 “Get Innocuous!”
35:18 “Daft Punk Is Playing At My House”
41:45 “Too Much Love”
46:53 “All My Friends”
55:30 “Tired” (with “Heart of the Sunrise” by Yes snippet)

Set 2:
“45:33 Part One”
“45:33 Part Two” (w/ Reggie Watts)
“Sound of Silver”
“45:33 Part Four”
“45:33 Part Five” (w/ Shit Robot)
“45:33 Part Six”
“Freak Out”/”Starry Eyes”

Set 3:
1:54:39 “Us v Them”
2:04:00 “North American Scum” (with Arcade Fire)
2:11:45 “Bye Bye Bayou” (Alan Vega cover)
2:16:30 “You Wanted A Hit”
2:24:07 “Tribulations”
2:29:15 “Movement”
2:33:48 “Yeah” (Crass Version)

Set 4:
2:45:30 “Someone Great”
2:53:06 “Losing My Edge” (With “Da Funk” by Daft Punk snippet)
3:03:36 “Home”

Set 5:
3:15:53 “All I Want”
3:22:18 “Jump Into the Fire” (Harry Nilsson Cover)
3:30:30 “New York, I Love You But You’re Bringing Me Down” (with “Twin Peaks Theme” by Angelo Badalamenti intro)

Que banda!

Quentin Tarantino x Irmãos Coen

Os brinquedos de Dalton fazem parte da exposição Quentin vs. Coen, que chama designers pra remixar o imaginário do trio de diretores que reinventou o conceito de white trash (e, consequentemente, os EUA) para o século 21, na galeria Bold Hype (olha o nome!), em Nova York.

“Tropicalia in Furs não é uma loja de discos”

Achei essa materinha sobre a já clássica lojinha de música brasileira em Manhattan – e se você não entender patavina, pelo menos se liga na sonzeira.

Dean Wareham e Britta Phillips no Brasil

E fechando a lista de shows anunciados pra agora, olha que boa surpresa: o casal Dean Wareham e Britta Philips toca no Sesc em abril. São dois shows. Um deles se chama 13 Most Beautiful: Songs for Andy Warhol’s Screen Tests, em que os dois tocam sobre os clássicos testes de tela do Warhol, em que ele ficava filmando os rostos de gente que associava à sua prole, como o Velvet Underground e Dennis Hopper. Sente o drama:

O segundo show chama-se Dean Wareham plays Galaxie 500 songs e é exatamente isso: canções da banda que pôs Dean no mapa, mas… tocadas apenas por Dean? Britta sempre toca com ele…

E eles tocam até música dos outros:

Pra quem tá boiando na importância do show, uma aulinha: a aliança entre o Velvet Underground e Andy Warhol, em Nova York no meio dos anos 60, fez que o rock ganhasse uma aura impensável anos antes, quando os Beatles chutaram o balde cantando iê-iê-iê – e deu um sabor bem nova-iorquino à maturidade que o rock atingiu quase nos anos 60, quando Londres e a San Francisco viraram techicolor e Dylan, os Beatles e os Stones ganharam tons sépia (Dylan em Woodstock, Stones country e Let it Be, respectivamente). Nova York ganhou o preto e branco artsy dos filmes de Warhol e do free jazz, misturando-o à eletricidade típica do rock, ao mesmo tempo que a expandia-a para além do ritmo e do solo.

O cânone inaugurado pelo Velvet continuou por vias tortas com os Modern Lovers e o Television, sendo absorvido completamente quinze anos depois por uma nova geração, personificada no Sonic Youth. E antes do Yo La Tengo assumir o bastão com a entrada de James McNew na banda, no início dos anos 90, foi o Galaxie 500 quem manteve acesa a chama dessa música especificamente nova-iorquina.

Com três discos, a banda se tornou o grupo indie mais importante dos EUA ao lado dos Pixies, no final dos anos 80, americanizando uma tendência de retomar microfonia e doçura iniciada pelos irmãos Reid no Jesus & Mary Chain, na Inglaterra. E depois de sua existência, Dean formou o Luna, que contou com a ex-dubladora do desenho animado Jem e futura esposa Britta na formação a partir do ano 2000 – o grupo até tocou no Brasil em 2002, se não me engano… De qualquer forma, a vinda dos dois é uma ótima oportunidade para toda uma geração amamentada com roquinho fuleiro (já já falo do novo dos Strokes, do Arctic Monkeys e do Vaccines, guentaê) descobrir uma banda completa.

De brinde, um hit do casal que o Luciano sempre tocava nos primeiros anos da GB…

Mais informações sobre os shows aqui.

Prince + Cee-lo – “Crazy”

E por falar em Cee-lo, ele abriu o show do Prince ontem no Madison Square Garden. E no meio do hit maior do Gnarls Barkley, eis que surge seu próprio mestre, disposto a deixar uma de suas marcas na melhor música dos anos 00.

Que sonzeira, imagina o nível desse show… E corre pra ver logo, antes que o Prince tire o vídeo do ar.

Um anda bonito, o outro elegante

Paris ou Nova York?

Muito bom esse blog.

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