Puf!
C&C Music Factory – “Take A Toke”
Criolo – “Vasilhame”
Gabriel O Pensador + Lulu Santos – “Cachimbo da Paz”
Z’África Brasil – “Sapo na Banca”
Kid Cudi – “Marijuana”
Purple Ribbon All-Stars – “Kryptonite (I’m On It)”
Sublime – “Smoke Two Joints”
Musical Youth “Pass the Dutchie”
Bob Marley – “Kaya”
Peter Tosh – “Legalize It”
Beatles – “Got To Get You Into My Life”
Steve Miller Band – “The Joker”
Nei Lisboa – “Síndrome de Abstinência”
John Prine – “Illegal smile”
Go to Blazes – “Billy Bardo”
Little Feat – “Don’t Bogart That Joint”
Muddy Waters – “Champagne & Reefer”
Cab Calloway – “Reefer Man”
Bezerra da Silva – “A Semente”
Golden Boys – “Fumacê”
Erasmo Carlos – “Maria Joana”
Chico Buarque – “Carioca”
MC Joana Dark – “Funk do Mujica”
Afroman – “Because I Get High”
Dr. Dre + Snoop Dogg – “The Next Episode”
De Menos Crime – “Fogo na Bomba”
Planet Hemp – “Queimando Tudo”
Black Sabbath – “Sweet Leaf”
John Hartford – “Two Hits and the Joint Turned Brown”
New Riders of the Purple Sage – “Panama Red”
Neil Young – “Roll Another Number (For The Road)”
Bob Dylan – “Rainy Day Woman #12 & #35”
Outono assim sim.
Lily Allen – “Everybody’s Changing”
Chromeo + Solange – “Lost on the Way Home”
Arnaldo Baptista “Hoje De Manhã Eu Acordei”
Rafael Castro – “Apagada a Luz”
Spoon – “I Turned My Camera On”
Tears for Fears – “Mad World”
Pipo Pegoraro – “Radinho”
Giancarlo Ruffato – “O Homem da Casa”
Radiohead – “Unravel”
Work Drugs – “Rolling in the Deep”
David Bowie – “Life on Mars”
Neil Young – “My Hometown”
Sebadoh – “New Worship”
Pink Floyd – “Dogs”
Dica do Maurício, valeu.
Marco zero do chamado pós-rock (ou “poste roque”, como riam os cínicos dos anos 90), o clássico Spiderland do grupo Slint finalmente vai ganhar uma edição remasterizada, cheia de extras, em comemoração a seu aniversário de 25 anos. E uma das jóias da nova edição é a íntegra de uma versão que o grupo fez ao vivo em 1989 para o épico “Cortez the Killer”, de Neil Young, que pode ser ouvida abaixo:
Porque agora é assim.
Roxy Music – “She Sells”
Lee Ranaldo – “Xtina As I Knew Her”
Neil Young – “Cowgirl in the Sand”
Siba – “Brisa”
Mopho – “Já Não é Mais”
Silva – “Janeiro”
Busy Signal – “Well Prepared”
Baloji – “Tout Ceci Ne Vous Rendra Pas le Congo”
Rockers Control – “Durango Kid”
Kanye West – “Black Skinhead”
Juçara Marçal – “Não Tenha Ódio no Verão”
Rolling Stones – “Honky Tonk Women (GReeMix)”
Todd Terje – “Delorean Dynamite”
Klaxons – “There is No Other Time”
Work Drugs – “Time”
Poolside – “Slow Down”
Dylan reverencia um dos monumentos de Neil Young em dois momentos distintos em novembro de 2002: o primeiro no Madison Square Garden, dia 11…
…o segundo, dez dias depois, no Wilkes Barre, Pensilvânia.
De chorar.
A morte de Lou Reed vai demorar algum tempo até que a ficha caia – o impacto de sua obra na história da cultura recente começará a ser medido de fato a partir da notícia triste que soubemos no domingo de manhã. As homenagens são um bom termômetro, a começar por essa feita pelo mestre Neil Young no festival que ele realiza anualmente pela sua fundação Bridge School. A edição deste ano aconteceu em Mountain View, na Califórnia, no fim de semana passado, e ao final da apresentação, o velho Neil Young juntou-se a Elvis Costello, aos My Morning Jacket, a Jenny Lewis, entre outros, para tocar uma versão de “Oh! Sweet Nuthin'” – a última música do último disco do Velvet Underground.
Ficou demais.
Babee linkou essa pérola que o Dangerous Mind sublinhou: meia hora de Neil Young ao vivo em Londres, num março no meio dos anos 70. De chorar, veja abaixo, com o setlist:
O fim do Sonic Youth parece ter liberado seus integrantes do ruído e da microfonia – pelo menos foi isso que deu para entender a partir dos primeiros trabalhos que dois de seus fundadores lançaram. Demolished Thoughts, o segundo disco solo de Thurston Moore, lançado em 2011, era quase todo composto ao violão e a produção do Beck enfatizava o lado bucólico e solitário das canções. O de Lee Ranaldo, Between the Times and the Tides, também segundo disco, lançado no ano passado, também tinha maior foco em canções quase sessentistas de tão perfeitinhas. Mas os shows dos dois guitarristas no Brasil mostrou que o que eles gostam mesmo é de barulho. Thurston, em abril do ano passado, trouxe uma banda de apoio que meses depois se tornaria o Chelsea Light Moving, uma banda elétrica o suficiente para não ter nada a ver com o disco que a reuniu. Agora é a vez de Lee Ranaldo, que se apresenta no Brasil em quatro datas – duas no formato rock e a banda The Dust, e duas no formato arte, ao lado da esposa Leah Singer.
Na tradição do Sonic Youth, Lee Ranaldo era o cientista maluco, o desbravador das fronteiras da eletricidade sonora, enquanto Thurston era o maníaco do punk rock, o autor de “Teen Age Riot”. E por mais que seu disco mais recente soasse domesticado e pop, quando ele o trouxe para o palco da choperia do Sesc Pompéia, abria espaços entre refrões, introduções e letras para espasmos sonoros descontrolados e eufóricos, sendo acompanhado por músicos na mesmíssima sintonia de sua antiga banda – um deles, o mestre baterista Steve Shelley, eterno baterista do SY. O guitarrista Alan Licht ia da microfonia e ao discreto apoio ao líder da banda, enquanto o baixista Tim Luntzel criava contrapontos musicais impensáveis na formação do Sonic Youth, com um dedo no jazz e outro no rock clássico. Mas por mais que brilhassem como músicos, o holofote caía sempre em Lee Ranaldo.
Muito à vontade, ele não apelou para o populismo de tentar falar em português e assumiu que seu público entendia o inglês que falava – e não parava de falar. A cada nova música, conversava com a platéia explicando a origem da música (“Xtina as I Knew Her” era sobre sua colega adolescente mais promissora, uma pessoa que ninguém nunca mais sobre dela; “Shouts” foi composta a partir do movimento Occupy Wall Street, etc.) e todos reagiam como se estivessem assistindo a um velho conhecido contar o que fez da vida o tempo todo que esteve fora. Além das músicas do disco do ano passado, emendou algumas que ainda não existem em disco, como “Lecce”, “Keyhole”, “Fire Island (Phases)” e “Last Night on Earth”.
E matou a vontade do público brasileiro de ouvir suas faixas no Sonic Youth mesmo sem tocar nenhuma música da banda há mais de ano em seus shows. Na sexta-feira foi de “Genetic” e no sábado foi de “Karen Revisited (Karenology)”. No mesmo sábado ainda brincou com o público, anunciando “Teen Age Riot” antes de rir dizendo que era uma piada. E além do Sonic Youth, discorreu por outras versões, ao lembrar que, quando tinha apenas as músicas do primeiro álbum, gostava de tocar músicas que o influenciou – e para não perder a oportunidade, tocou “She Cracked” dos Modern Lovers na sexta-feira e outras três – “Everybody’s Been Burned” dos Byrds, “Thank You for Sending Me an Angel” dos Talking Heads e “Revolution Blues” do Neil Young – no sábado.
Ao final dos dois shows, correu para falar com os fãs. No primeiro dia, estava conversando com um amigo quando Lee Ranaldo, seguido de Steve Shelley, saiu correndo dos bastidores para o público, perguntando “cadê as pessoas?”. Conversou, tirou fotos e autografou discos – demorou tanto tempo que, no sábado, a casa de shows achou melhor organizar o encontro do lado de fora. E, mais uma vez, cruzei com ele quando estava saindo, ele fazendo a mesma pergunta (“cadê as pessoas?”) com os olhos esbugalhados e ar impaciente. Era ainda o mesmo cientista louco que tornou o Sonic Youth uma das bandas mais importantes de sua geração.
Agora é a vez de seus shows performáticos. Vamos ver o que acontece.
Fiz uns vídeos aí embaixo, saca só:
E já já o mestre Lee Ranaldo se apresenta sozinho pela primeira vez em São Paulo, no Sesc Pompéia. Hoje e amanhã ele toca na choperia com a banda The Dust (que ainda conta com o também sonic youth Steve Shelley na bateria) e apresenta as músicas do ótimo primeiro disco solo após o fim da banda, no ano passado. Terça e quarta, ele se apresenta com sua mulher Leah Singer em uma performance no teatro da mesma unidade do Sesc. Vou nos quatro dias. E ele tem tocado músicas do Neil Young, dos Byrds e do Talking Heads, tão sabendo?
Lee Ranaldo – “Revolution Blues”
Lee Ranaldo – “Thank You For Sending Me An Angel”
A do Byrds (“Everybody’s Been Burned”) eu não achei no YouTube. Mas será que rola alguma do Sonic Youth?