Todo Neil Young, online e de graça

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O bardo canadense Neil Young disponibilizará todo seu acervo online e de graça a partir do próximo mês – escrevi sobre isso no meu blog no UOL.

O músico canadense Neil Young, cuja obsessão com a própria produção é tão reconhecida quanto seu talento, anunciou que irá disponibilizar todo seu acervo de forma digital a partir do primeiro dia do mês que vem, em um comunicado no Facebook:

Olá,
O dia primeiro de dezembro será um grande dia para mim. The Visitor chegará à sua cidade. Eu irei para minha cidade. Você poderá me ouvir e me ver. Meu arquivo abrirá neste mesmo dia, um lugar em que você pode visitar e experimentar todas as músicas que já lancei com a melhor qualidade possível que seu equipamento possa permitir. É como tem que ser. No começo, tudo será de graça.

Muito amor,

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The Visitor é o nome do novo disco que Neil irá lançar ao lado da banda Promise of the Real, que o acompanha há dois anos, que será lançado com um show na cidade-natal do mito de 72 anos, Toronto, no Canadá. Será o item mais recente na vasta discografia lançada por Neil Young desde 1963 até hoje, entre discos oficiais, ao vivo, itens raros e as várias versões alternativas que lançou para suas canções. Neil Young senta-se ao lado de Bob Dylan (com as Bootleg Series), dos Beatles (com a série Anthology e outros discos lançados desde os anos 90) e de Frank Zappa (com a série Beat the Boots) como um dos principais auto-arquivistas da história da música contemporânea, preocupados tanto com a contínua produção quanto com a forma que seu legado chega para velhos fãs e novos consumidores. No site da série, Neil Young explica melhor como vai ser o funcionamento do serviço e dá uma amostra de como funcionará a linha do tempo que trará todos os lançamentos organizados em ordem cronológica (na imagem abaixo).

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E será que ninguém se anima em trazer o Neil Young pro Brasil?

Neil Young via War on Drugs

Excursionando após lançar seu A Deeper Understanding – que não me bateu tão bem quanto seu terceiro disco, Lost in a Dream -, a banda norte-americana War on Drugs passou por Toronto no fim de semana passado, quando o líder da banda, Adam Granduciel, pode saudar a importância de seu ídolo Neil Young, nascido na cidade canadense, ao puxar uma soberba versão para o hino “Like a Hurricane”, uma das assinaturas musicais do velho Neil.

De chorar.

Vida Fodona #559: Um upgrade, né?

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Retomando a periodicidade…

Holy Fuck – “Red Lights”
Angel Olsen – “Specials”
Electrelane – “The Valleys”
Maglore – “Quando Chove no Varal”
Metá Metá – “Angoulême”
Hüsker Dü – “Pink Turns to Blue”
Hüsker Dü – “She Floated Away”
Hüsker Dü – “Never Talking to You Again”
Hüsker Dü – “Green Eyes”
Hüsker Dü – “She’s A Woman (And Now He Is A Man)”
Hüsker Dü – “Turn on the News”
Deee-Lite – “Deee-Lite Theme”
BaianaSystem + Titica – “Capim Guiné”
Glue Trip – “La Edad Del Futuro”
Tatá Aeroplano + Bárbara Eugenia – “Luz no Fim do Mundo”
Tim Bernardes – “Ela Não Vai Mais Voltar”
Rimas & Melodias – “Origens”
Baco Exu do Blues – “Te Amo, Disgraça”
Flora Matos – “Perdendo o Juízo”
Bonifrate – “Lei de Remédios”
Depeche Mode – “Heroes”
Courtney Barnett + Kurt Vile – “Continental Breakfast”
Gus Gus – “Polyesterday”
Neil Young – “Ride My Llama”
The National – “Nobody Else Will Be There”

O álbum que Neil Young deixou em 1976

Hitchhiker

Entre 1975 e 1977 Neil Young reunia-se com o produtor David Briggs para gravar demos em noites de lua cheia. “Acho que vou abrir a torneira”, dizia ao anunciar que iria trazer músicas novas para serem testadas no estúdio. Briggs sentava-se à mesa de gravação no estúdio Indigo Ranch, em Malibu, na Califórnia, nos EUA, e o músico canadense empunhava seu violão rascunhando versos e acordes que tornavam-se canções na frente do produtor. Uma dessas sessões, gravada na noite do dia 11 de agosto de 1976, finalmente vê a luz do dia com o lançamento do disco Hitchiker.

Composto originalmente como uma coleção de demos para ser mostrada para os executivos da gravadora Reprise, o disco não impressionou a gravadora e Neil Young preferiu guardá-lo por considerar-se “meio chapado” nas gravações, um longo take noturno em que os dois paravam de tocar e gravar apenas para fumar maconha, beber cerveja ou cheirar cocaína.

A grande maioria das canções reapareceriam em vários outros discos de Neil: “Powderfinger”, “Ride My Llama” e “Pocahontas” formam parte da espinha dorsal do clássico Rust Never Sleeps, que gravaria ao vivo com sua banda fiel escudeira o Crazy Horse no final de 1978 (sendo que a gravação da última usaria o mesmo vocal que Young registrou no disco que foi arquivado). “The Old Country Waltz” foi parar no American Stars ‘n Bars, “Captain Kennedy” é a última faixa de Hawks & Doves, a faixa-título foi registrada no disco Le Noize de 2010 e “Campaigner” apareceu na compilação Decade, lançada em 1977. As únicas inéditas de fato são “Hawaii” e “Give Me Strenght”.

Mas reunidas numa mesma tacada – e ainda mais sabendo que elas foram gravadas na mesma noite -, as canções de Hitchiker transformam o disco em um registro cru e delicioso de um dos principais compositores de nossos tempos, forjando suas canções com a força de um ferreiro e a delicadeza de um jardineiro. Discaço.

Vida Fodona #558: Tava com saudade?

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De volta, finalmente.

Chris Forsyth + The Solar Motel Band – “Dreaming In The Non-Dream”
LCD Soundsystem – “How Do You Sleep?”
Negro Leo – “Lek Lover”
Olivia Tremor Control – “I Have Been Floated”
Cream – “Dreaming”
Nina Becker – “Voo Rasante”
Neil Young – “Pocahontas”
Boogarins – “Foimal”
Deerhoof – “Small Axe”
Can – “Vitamin C”
Can – “Mother Sky”
Can – “Future Days”
Boards of Canada – “Cold Earth”
Maglore – “Me Deixa Legal”
Led Zeppelin – “Down By the Seaside”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo Não! (Rua Moreira, 65)”
Creedence Clearwater Revival – “Bad Moon Rising”
Taylor Swift – “Look What You Made Me Do (Boss in Drama)”

Os 75 Melhores Discos de 2016 – 53) Neil Young – Peace Trail

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De volta ao básico.

E esse disco novo do Neil Young, hein…?

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Pode ir dando a devida atenção a esse Peace Trail do velho Neil Young, que apesar do pouco alarde no lançamento, parece ser um dos grandes discos de sua nova fase.

Por que Neil Young nunca irá fazer outro Harvest

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No minidocumentário abaixo, Neil Young explica porque nunca irá fazer um álbum como uma de suas principais obras-primas e o grande consenso sobre sua vasta obra – o disco Harvest, de 1972, que além de conter hinos da música norte-americana do século passado como “Old Man”, “A Man Needs a Maid”, “Words”, “There’s a World”, “Out on the Weekend,” “Heart of Gold” e “The Needle and the Damage Done” foi o disco que mais vendeu nos EUA no ano de seu lançamento. “Todos amam esse disco, eu provavelmente poderia repeti-lo, mas odiaria fazer isso”, ele começa a explicar em uma entrevista, entremeada com versões ao vivo de algumas das melhores músicas desta obra-prima.

Ah e sempre é um bom motivo pra se ouvir o Harvest, não?

Vida Fodona #540: Going to California…

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Pra embalar a viagem.

Vida Fodona #531: Frio do inverno

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Mesmo com sol…

Paul Simon – “Wristband”
Glue Trip – “Le Edad del Futuro”
Whitney – “Follow”
Beach Boys – “‘Till I Die”
Sebadoh – “Everybody’s Been Burned”
Yo La Tengo – “Our Way to Fall”
Belle & Sebastian – “A Summer Wasting”
Neil Young + Sadies + Garth Hudson – “This Wheel’s on Fire”
The Band – “The Weight”
Bob Dylan – “Tangled Up in Blue”
Arnaldo Baptista – “Será Que Eu Vou Virar Bolor?”
Sonic Youth – “Incinerate”
Cramps – “Human Fly”
Autoramas – “Carinha Triste”
The Fall – ” Victoria”
Ira! – “Farto do Rock’n’Roll”
Doors – “Soul Kitchen”
Blood Orange – “E.V.P.”
Jamie Xx + Romy Madley Croft – “Loud Places (John Talabot’s Loud Synths Reconstruction”
Lana Del Rey – “Blue Jeans (Penguin Prison Remix)”
Tame Impala – “Let it Happen (Soulwax Remix)”
BaianaSystem – “Azul”
Beck – “Jack-Ass”