Os 25 melhores discos do primeiro semestre de 2024 segundo a comissão de música popular da APCA

Terça passada aconteceu mais uma premiação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (desta vez transmitida online, dá pra conferir aqui) e esta semana a comissão de música popular da APCA, da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros (TV Cultura), Bruno Capelas (Programa de Indie), Camilo Rocha (Bate Estaca), Cleber Facchi (Música Instantânea), Felipe Machado (Istoé), Guilherme Werneck (Meio e Ladrilho Hidráulico), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Estadão e Tem um Gato na Minha Vitrola) e Pérola Mathias (Poro Aberto), escolheu os 25 melhores discos do primeiro semestre deste ano. Uma boa e ampla seleção que não contou com alguns dos meus discos favoritos do ano (afinal, é uma democracia, todos têm voto), mas acaba sendo uma boa amostra do que foi lançado neste início de 2024. E pra você, qual ficou faltando?

Confira abaixo os indicados:  

Eis os melhores de 2023 na categoria Música Popular segundo a APCA

Ludmilla, Jards Macalé, Ana Frango Elétrico, Titãs, Luiza Lian, projeto Relicário e Mateus Fazeno Rock são os vencedores nas categorias de Música Popular da edição de 2023 do prêmio dado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte. Eis os vencedores de cada categoria:  

Os 50 melhores discos de 2023 segundo o júri de música popular da APCA

Estes são os 50 discos mais importantes lançados em 2023 segundo o júri da comissão de música popular da Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros (editora do site da TV Cultura e apresentadora do Mistura Cultural), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell) e Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola, Popload e Primavera Sound). A amplitude de gêneros, estilos musicais, faixas etárias e localidades destas coleções de canções é uma bela amostra de como a música brasileira conseguiu se reerguer após o período pandêmico com o lançamento de álbuns emblemáticos tanto na carreiras de seus autores quanto no impacto junto ao público. Além dos discos contemporâneos, fizemos menções honrosas para dois álbuns maravilhosos que pertencem a outras décadas, mas que só conseguiram ver a luz do dia neste ano passado, um de João Gilberto e outro dos Tincoãs. Na semana que vem divulgaremos os indicados nas categorias Artista do Ano, Show e Artista Revelação, para, no final de janeiro, finalmente escolhermos os vencedores de cada categoria. Veja os 50 (e dois) discos escolhidos abaixo:  

Trabalho Sujo All Stars | 1°.11.2023

Chegou novembro e com ele as comemorações de aniversário do Trabalho Sujo e o primeiro evento para celebrar este 28 anos (!) acontece nesta quarta-feira, quando realizo mais uma festa Trabalho Sujo All Stars no Bar Alto. O clima você já sabe qual é: músicas de todos os gêneros, épocas e lugares do mundo que partam da premissa de manter todo mundo dançando sem parar. E como reza essa festa, seguro discotecando a noite toda, das 19h até pra lá da meia-noite, sempre dividindo as picapes com amigos queridos. Meus parceiros dessa vez são uma tríade daquelas: Luiz Pattoli, com quem eu discotecava nas Noites Trabalho Sujo desde os tempos do Alberta #3 (mas a parceria no set vem de muito tempo antes); Marcelo Costa, o senhor Scream & Yell, que sempre segurava metade da Trackers em festas homéricas que dávamos há uns dez anos, e a querida Camila Yahn, que também conheço de outros carnavais mas só neste 2023 começamos a tocar juntos, fazendo a festa Desaniversário. Cada um com seu cardápio musical, cada um com seu rosário de hits e uma meta: deixar todo mundo cansado de tanto sorrir e dançar. A festa acontece no Bar Alto (Rua Aspicuelta 194) a partir das 19h e não precisa pagar pra entrar. É só chegar! Vamos?

“O que vocês fariam pra sair desta maré?”

No ano passado fui convidado para participar do livro De Tudo Se Faz Canção – 50 anos do Clube da Esquina que comemorava meio século desta obra ímpar de Milton Nascimento e Lô Borges que colocou no mapa da música brasileira toda uma nova cena e novos temperos musicais que mudaram a cara de nossa música. Concebido e organizado pela Chris Fuscaldo, através de sua editora Garota FM, ao lado de um dos patronos desta cena, o próprio Marcio Borges, letrista do grupo e irmão de Lô. O livro conta esta saga do ponto de vista de seus protagonistas, com depoimentops de Ronaldo Bastos, Beto Guedes, Fernando Brant, Wagner Tiso, Toninho Horta, Alaíde Costa e muitos outros que participaram do disco, além de seus próprios autores, Milton e Lô e um extenso faixa a faixa em que vários pesquisadores, críticos e jornalistas, como Leonardo Lichote, Kamille Viola, Marcelo Costa, Ana Maria Bahiana, Charles Gavin, Carlos Eduardo Lima, Patrícia Palumbo e Ricardo Schott, entre outros, atravessam as clássicas canções deste disco histórico. É nessa seção que faço minha participação, dissecando as duas versões de “Saídas e Bandeiras” e mostrando como a força destas duas pequenas canções atravessou décadas para ressurgir numa apresentação que vi duas bandas contemporâneas em 2015, quando O Terno e os Boogarins celebravam a importância do disco a partir de uma transformação conjunta desta microcanção no bis de seu show conjunto no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, tornando-se um épico de mais de doze minutos com duas baterias, dois baixos e três guitarras. De Tudo Se Faz Canção ainda fala de outros grandes nomes ligados ao disco (como Eumir Deodato, Paulo Moura e o fotógrafo Cafi), cita as comemorações do cinquentenário do disco no ano passado, incluindo a turnê de despedida de Milton Nascimento, e reúne fotos raras com um acabamento gráfico de primeira. O livro pode ser comprado no site da Garota.fm e aproveitei para falar do livro nesta sexta-feira em que os Boogarins tocam na íntegra o Clube da Esquina no teatro do Sesc Pompeia, a partir das 21h. Os ingressos para o show já estão esgotados, mas vai que aparece alguém vendendo algum que sobrou na hora…

Jornalismo e música em 2023, com Alexandre Matias, Roberta Martinelli e Marcelo Costa

Dando continuidade ao encontro realizado no fim do ano passado, quando me reuni com dois dos principais nomes do jornalismo musical brasileiro atualmente, Roberta Martinelli e Marcelo Costa, para discutir como andava tanto o jornalismo quanto a música ao final de 2022, nós três voltamos no início de 2023 para conversar sobre estes dois temas e sua intersecção, área em que atuam, na perspectiva do novo ano. E se no primeiro encontro falamos das dificuldades que pairavam sobre estes meios em tempos de pandemia e bolsonarismo, agora é hora de olhar para frente e repensar sobre como o papel tanto da música quanto do jornalismo são fundamentais para a reconstrução da república. Neste novo encontro conversamos sobre como o renascimento do Ministério da Cultura é crucial para restabelecer os rumos de um horizonte próximo ao país bem como a renascença do jornalismo independente ajuda a manter esse horizonte sempre nítido. E seguimos abordando questões cruciais para estes meios, como a descoberta de novos artistas e repórteres, a formação de novos jornalistas, ouvintes e espectadores, a consolidação de nichos cada vez mais densos, a manutenção da profissão em uma era cada vez mais fluida, como manter o teor crítico nas avaliações culturais e a consciência de uma nova fase em relação à importância da cultura para nosso país. O encontro acontece no dia 8 de fevereiro, das 19h30 às 21h30, na Publica (Rua Sebastião Pereira, 110, Vila Buarque), e as inscrições podem ser feitas neste link.

Don L, Marina Sena e Juçara Marçal: os melhores de 2021 segundo a APCA

Saiu o resultado do prêmio de 2021 da Associação Paulista de Críticos de Arte, da qual faço parte da comissão de música popular ao lado de Roberta Martinelli, Marcelo Costa, Adriana de Barros, Pedro Antunes e José Norberto Flesch: o artista do ano é o rapper Don L, a cantora Juçara Marçal é dona do disco do ano, com seu épico Delta Estácio Blues, e Marina Sena ficou com o prêmio de artista revelação do ano. Não tem muita conversa, né?

Os indicados às categorias de artista do ano e revelação de 2021 para a APCA

Don L, Caetano Veloso, Duda Beat, Badsista, Gloria Groove, Fabriccio, Jadsa, Marina Sena e Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo estão entre os indicados às categorias artistas do ano e revelação de 2021 de acordo com o júri de música popular da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), da qual faço parte ao lado de Adriana de Barros, José Norberto Flesch, Marcelo Costa, Pedro Antunes e Roberta Martinelli. Já havíamos lista os 50 indicados a melhor álbum de 2021 antes do ano terminar e agora, com este nova lista, nos preparamos para a revelação dos premiados do ano, que devem ser divulgados no início do próximo mês. Confira os indicados a seguir:  

Jornalismo-Arte: Marcelo Costa

Era inevitável que entrevistasse o Marcelo Costa, capo do site Scream & Yell, no meu programa dedicado ao jornalismo que cobre música, por isso dediquei o primeiro Jornalismo-Arte de 2021 a repassar sua trajetória, começando nos tempos de quando o site ainda era um fanzine impresso distribuído gratuitamente a partir do interior de São Paulo, a se tornar uma das principais referências do jornalismo independente que cobre música e cultura no país. Marcelo aproveita para falar das aulas que tomou durante a vida, assume que nunca teve iniciativa como gostaria (mas que sempre seguiu as que a vida lhe apresentou), repassa diferentes fases do site e como consegue geri-lo há mais de vinte anos.

Assista aqui.  

Teresa Cristina é a artista do ano

Eis o resultado do prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, que foi divulgado na noite desta segunda-feira.

Artista do ano: Teresa Cristina
Artista revelação: Jup do Bairro, pelo álbum Corpo sem Juízo
Melhor live: Caetano Veloso
Melhor disco: Rastilho, de Kiko Dinucci

Faço parte da comissão julgadora de música popular, que escolheu os vencedores acima, ao lado de Roberta Martinelli, Marcelo Costa, Adriana de Barros, Pedro Antunes e José Norberto Flesch.