Centro da Terra: Dezembro de 2022

Como já é tradição, no último mês do ano o Centro da Terra conta apenas com uma semana de programação antes de encerrar suas atividades. Originalmente teríamos três apresentações nesta última semana de 2022, mas como uma delas coincidia com o fim de um jogo do Brasil na Copa do Mundo, abrimos mão da segunda-feira para focarmos em duas datas: na primeira terça-feira do mês Romulo Fróes traz para o teatro do Sumaré a versão que fez para um dos discos mais clássicos da música brasileira, o Transa de Caetano Veloso que completa meio século de idade neste ano que chega ao fim. Ao seu lado, os suspeitos de sempre, Rodrigo Campos, Guilherme Held, Richard Ribeiro, Décio 7 e Marcelo Cabral ajudam-no a levar o disco para ambientes sonoros improváveis e ao mesmo tempo próximos da atmosfera original do disco. E na quarta-feira, Kiko Dinucci encerra as atividades do ano convidando a cantora Marcela Lucatelli e a baterista Alana Ananias para uma noite de improviso livre – e você sabe como são estas noites no Centro da Terra… Os ingressos já estão à venda neste link e correm o risco de acabar rapidinho, não dê mole!

Marques Rodrigues Duo: (I)miscível

O trompetista Amílcar Rodrigues e o baterista Guilherme Marques reuniram-se em um projeto de improviso livre que parte do casamento de seus dois instrumentos num duo aberto para novas experimentações. Vasculhando possibilidades dentro dos temas que desenvolveram para o que chamam de (I)Miscivel, eles tomam conta desta terça-feira no Centro da Terra convidando dois ases de seus instrumentos para explorar tais fronteiras sonoras – de um lado o contrabaixo de Marcelo Cabral e do outro o clarone de Maria Beraldo. É com esta formação que eles invadem o palco do Sumaré a partir das 20h, pontualmente – ainda há ingressos disponíveis neste link.

Domingo suspenso

O Estado de Suspensão aconteceu num domingo maravilhoso, que abriu com o transe noise puxado pelo grande Marcelo Cabral. Ao lado de Guilherme Held e de Maria Beraldo, ele visitou seu Motor em formato elétrico, começando os trabalhos na Casa Natura Musical com uma parede de ruído em que equilibrava suas delicadas canções.

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Trabalho Sujo apresenta: Estado de Suspensão

Quase sempre a música nos leva para outras dimensões, mas em alguns casos ela apenas nos suspende a realidade para que consigamos ver o mundo a partir de novos pontos de vista. Em Estado de Suspensão, minha primeira parceria com a Casa Natura Musical, proponho o encontro de quatro artistas que expandem nossas consciências a partir de desdobramentos musicais em quatro apresentações distintas, que também se conectam entre si. O encontro acontece num domingo, dia 3 de julho, a partir das 16h20. São quatro artistas que buscam diferentes searas estéticas, mas que contam com pontos em comum – incluindo integrantes de suas formações. Cada um deles nos abre uma janela sensorial diferente a partir de suas assinaturas musicais e estão em momentos de transição, tateando novos repertórios a partir deste momento que estamos atravessando atualmente. O baixista, produtor e arranjador Marcelo Cabral, o guitarrista e produtor Guilherme Held, a produtora, musicisita, cantora e compositora Maria Beraldo e o cantor e compositor Negro Leo mostram diferentes facetas de seus trabalhos. Cabral busca os limites entre seus dois discos solo, Motor e Naunyn, Held coloca seu primeiro disco solo Corpo Nós em movimento pela primeira vez em São Paulo, Beraldo burila o sucessor de seu festejado Cavala enquanto Leo passeia por seus diferentes discos solo. Os shows ainda terão participações de alguns dos principais músicos em atividade atualmente, como Sérgio Machado, Chicão Montorfano, Dustan Gallas, Gabriel Balleste, Pedro Dantas e Iara Rennó, que participarão em diferentes momentos destas quatro apresentações, que serão costuradas pela discotecagem da socióloga e jornalista Pérola Mathias, do site Poro Aberto. A arte do poster é da Aline Paes e os ingressos já estão à venda neste link.

A realidade de bolso de Marcelo Cabral

Marcelo Cabral @ Centro da Terra (26.4.2022)

Dá pra levar um show no bolso como se fosse um amuleto? Um pequeno portamoedas que bastaria ser aberto por alguns segundos para revelar camadas de microfonia e silêncio, efeitos e canções, ruído e calmaria, melodia e drone, tudo vindo de uma vez só como o ardor de uma pimenta em conserva, o gosto forte de um bitter, um tempero refogado, um bálsamo envolvente. Na segunda apresentação de seu Motor Elétrico no Centro da Terra, ao lado de dois navegadores distintos e complementares Maria Beraldo e Guilherme Held, Marcelo Cabral mais uma vez nos conduziu a um transe de sensações díspares, antagônicas e docemente complementares, espelho e abismo, cosmo e colo, luz e trevas, numa apresentação que podia durar horas. Ou caber no bolso, para abrir sempre que precisássemos sentir aquilo tudo de novo.

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Marcelo Cabral: Motor Elétrico

Quando convidei Marcelo Cabral para fazer mais uma apresentação no Centro da Terra, pensei que ele pudesse incursionar por sua faceta eletrônica, que exercitou em seu segundo disco solo, Naunyn, lançado no ano da pandemia. Mas qual minha surpresa que ele resolveu voltar para seu primeiro álbum, Motor, mas plugando-o à eletricidade. Composto inteiramente no violão, ele ressurge em duas terças-feiras de abril no palco do teatro no Sumaré, quando, acompanhado dos comparsas Guilherme Held e Maria Beraldo, ele desbrava uma faceta inédita seu próprio disco na apresentação Motor Elétrico, que acontece nos dias 19 e 26 de abril, sempre a partir das 20h. Os ingressos podem ser comprados aqui.

Anna Vis: Como um bicho vê

Não é uma estreia, mas é como se fosse: Anna Vis está aos poucos saindo de seu casulo artístico e mostra suas composições nesta terça-feira, no Centro da Terra, a partir das 20h, ao mesmo tempo em que finaliza seu disco de estreia, que deve ser lançado ainda neste sempre. No espetáculo Como Um Bicho Vê, ela mostra as canções que fazem parte de seu repertório ao lado do baixista Marcelo Cabral e chama Rômulo Froes e Eduardo “Clima” Climachauska, que também estarão no álbum, para participar desta primeira apresentação de seu novo trabalho. As portas se abrem às 20h e os ingressos podem ser comprados aqui.

Centro da Terra: Abril de 2022

Seguimos felizmente a nova safra de espetáculos que está reativando o palco do Centro da Terra e depois de um março caloroso é hora de assistirmos a um abril em que artistas exploram novas possibilidades de seus trabalhos, sempre às segundas e terças-feiras (e os ingressos já estão à venda aqui). A temporada de segunda-feira fica a cargo do Zé Nigro, mais conhecido por ter produzido discos de Curumin, Francisco El Hombre e Anelis Assumpção (além de estar finalizando o novo de Russo Passapusso), que finalmente lançou seu primeiro trabalho solo no ano passado e o expande pelas quatro segundas do próximo mês, sempre esmiuçando diferentes aspectos de seu álbum de estreia, Apocalip Se, na temporada Görjeios. Na primeira segunda, dia 4, ele convida Anna Zêpa, Eveline Sin e Dandara Azevedo que declamam poemas que conversam com músicas compostas ao lado de Zé, apresentando-as nesta mesma noite. No dia 11, ele convida Saulo Duarte e Anais Sylla, que também participaram do disco, em uma noite mais intimista e tropical. No dia 18 é a vez de Zé receber o produtor Beto Villares e a cantora Alessandra Leão e seu mês termina no dia 25 antecipando a instalação que batiza a temporada, em que convida o público para uma imersão nas questões ambientais tão ameaçadas atualmente. Na primeira terça do mês, dia 5, é a vez de receber a dupla Suzana Salles e Luiz Chagas, que apresentam o espetáculo Rozana e Charles, uma homenagem que os dois fazem à duradoura amizade que começou nos ensaios da banda Isca de Polícia. Na segunda terça-feira, dia 12, recebemos a querida Anna Vis, que mostra suas primeiras composições e o início de seu primeiro disco solo ao lado de Marcelo Cabral, Eduardo Climachauskar e Rômulo Froes. Marcelo Cabral retorna nas duas terças do final do mês ao lado de Gui Held e Maria Beraldo para mostrar uma outra versão de seu primeiro disco solo, chamada Motor Elétrico. Vai ser um mês e tanto, preparem-se!

80 anos de Benito di Paula


Foto: Murilo Alvesso (Divulgação)

Neste domingo Benito di Paula completa 80 anos lançando seu primeiro disco com faixas inéditas em 25 anos, O Infalível Zen. Produzido pelo filho Rodrigo Vellozo ao lado do professor Rômulo Froes (e com o auxílio luxuoso dos bambas Thiago França, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos, Igor Caracas e Allen Alencar), o disco resgata ideias de canções que vinha trabalhando há décadas e mais outras tantas compostas há pouco, Conversei com os produtores e com o velho compositor em mais uma colaboração para o site da CNN Brasil.

 

Os 75 melhores discos de 2020: 68) Marcelo Cabral – Naunyn

“Kotti”