Vida Fodona #802: Determinar o próprio ritmo

Já que tá tudo mudando…

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Black Midi, Slowdive, Seun Kuti, Metric e Róisín Murphy: quem toca onde e que dia no Primavera na Cidade

Acabaram de ser anunciados os locais e datas das atrações do Primavera na Cidade, shows que antecedem o festival Primavera Sound São Paulo que acontece no primeiro fim de semana de dezembro. São doze atrações nacionais e internacionais que se dividem entre o Áudio e o Cine Joia e cujos ingressos estarão disponíveis primeiro para quem comprou a opção “passaporte” na hora de pegar os ingressos da edição brasileira do festival catalão. A primeira noite do Primavera na Cidade acontece no Cine Joia, quando o grupo paulistano Pluma abre para o aguardado show do grupo experimental Black Midi, no dia 29 de novembro. No dia 30, são dois lugares ao mesmo tempo: o Cine Joia recebe o mitológico grupo inglês Slowdive, com abertura do grupo curitibano Terraplana, enquanto o Áudio tem shows exclusivos do mais famoso filho de Fela Kuti, quando Seun Kuti e sua banda Egypt 80 encerram uma festa que começa com o DJ carioca Carlos do Complexo e a visceral cantautora mineira Bia Ferreira. No primeiro dia de dezembro, o Cine Joia recebe o grupo indie canadense Metric, com abertura da produtora de música eletrônica colombiana Lucrecia Dalt e o Áudio traz Róisín Murphy fechando uma festa que ainda terá shows da diva Luiza Lian e do DJ Playero, portorriquenho que é um dos papas do reggaeton. Os ingressos para o público que não comprou ingressos para o Primavera começam a ser vendidos a partir do dia 14 de novembro – e tem mais informações sobre isso lá no site do festival.

Outro patamar

Depois de anos com disco e show entalados na garganta, Luiza Lian finalmente está lavando a alma. A chegada surpresa de seu quarto álbum 7 Estrelas / Quem Arrancou o Céu?, que ela vem ruminando desde 2019, mostrou que ela subiu de estágio no que diz respeito à sua criação musical, reforçando com o produtor Charles Tixier uma aliança que expandiu infinitamente as possibilidades latentes daquele encontro nos dois discos anteriores, Oyá Tempo e Azul Moderno.

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Luiza Lian: 7 Estrelas | Quem Arrancou o Céu?


(Foto: Leon Gurfein/Divulgação)

Acompanhei de perto o baque que a pandemia e a quarentena causaram no quarto disco de Luiza Lian, 7 Estrelas | Quem Arrancou o Céu?, que finalmente vê a luz do dia nessa sexta-feira. Éramos vizinhos naquele longínquo 2020 e já acompanhava a movimentação que ela e seu produtor Charles Tixier haviam começado a fazer no ano anterior, a partir do mesmo movimento que gerou a parceria da cantora com o grupo Bixiga 70 (o single “Alumiô”, lançado em dezembro de 2019, fazia parte do repertório original de seu então futuro disco). Veio o novo vírus, o isolamento social e a paranoia daqueles primeiros meses do primeiro ano pandêmico e o questionamento artístico que os dois provocavam parecia colidir e se misturar com a ansiedade e a insegurança daquele ano. Pude encontrá-la pessoalmente naquele primeiro momento em que aprendíamos as novas regras de um novo convívio social, entre aqueles maio e junho, e aos poucos ela foi me explicando o conceito do disco, os diferentes estágios da produção, as minúcias das letras, do título, da proposta de um disco que nos faz pensar neste híbrido de Narciso e Ícaro que estamos nos tornando com a onipresença dos espelhos pretos que dominam e pautam nossas vidas – e como todos essas dúvidas pareciam ter sido potencializadas com aquele início traumático de década. À medida em que saíamos daquele pesadelo – que no caso brasileiro, sabemos, ainda foi temperado com o gosto de enxofre de um governo pró-morte -, pude acompanhar como o disco começou a chegar em sua atual forma, com sua capa, o título das canções e sua ordem no álbum, seus anexos audiovisuais e a concepção de sua versão ao vivo. Mais uma vez Luiza me convidou para escrever o texto de apresentação do disco e reforço o que disse pra ela desde que comecei a ver o disco chegando ao estágio atual: o que ela fez em seu disco anterior, Azul Moderno, era só um ensaio para este novo momento. Discaço.

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Vida Fodona #790: Deu vontade

Chega mais.

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Vida Fodona #788: Tudo como eu quero

Sabe quando as coisas começam a engrenar do jeito certo?

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Vem cá, Luiza

Vamos começar bem a semana? 7 Estrelas | Quem Arrancou o Céu? é o nome do tão aguardado quarto disco de Luiza Lian, anunciado nesta segunda-feira. Composto em 2019, o disco foi sendo cultivado, gravado, mixado e remixado por ela e seu produtor Charles Tixier no longo período de ruminação a que fomos submetidos desde 2020 e finalmente vê a luz do dia no próximo dia 28, depois de dois singles já anunciados: “Eu Estou Aqui” começa a apresentar o disco na próxima sexta, dia 7, e “Desabriga”, desdobra o disco na semana seguinte, dia 14. E se você achava que o disco de 2018 era foda, prepare-se… A capa é essa aí em cima e o nome das músicas segue abaixo:  

“Sentido” pela primeira vez

Encerrando a minitemporada Notas e Sílabas nesta terça-feira no Centro da Terra, o trio Atønito recebeu Luiza Lian para uma celebração ecumênica de música e poesia. Como explicou o saxofonista Cuca Ferreira no meio da apresentação, a relação de Luiza com o trio vem desde antes da pandemia, quando ela participou do segundo disco do grupo, Aqui, mas nunca pode cantar a faixa que dividiu com os três num palco – até essa semana. Além de passear pelo próprio repertório e por músicas do Azul Moderno de Luiza (como “Sou Yabá”. “Pomba Gira do Luar” e a faixa-título do disco de 2018), o grupo tocou pela primeira vez a suíte “Sentido”, num improviso em que o sax de Cuca, o baixo de Ro Fonseca, a bateria de Priscila Brigante e a voz de Luiza num amálgama sonoro intenso, uma febre de jazz de culminou a apresentação.

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Centro da Terra: Junho de 2023

Estamos entrando na terceira parte do mês de maio, então é hora de anunciar as atrações do mês de junho no Centro da Terra. A temporada das segundas-feiras fica na mão de duas produtoras, compositoras e multiinstrumentistas que cogitei reunir pensando nos pontos em comuns de seus trabalhos e Sue e Desirée Marantes me apresentaram uma proposta incrível chamada Mil Fitas, em que reúnem-se com diferentes artistas para criar paisagens sonoras em camadas. Na primeira segunda, dia 5, elas recebem as artistas Dharma Jhaz e Carol Costa. No dia 12, é a vez de tocarem ao lado do duo Carabobina (composto por Alejandra Luciani e Rafael Vaz) e de Fer Koppe. Na outra segunda, elas reúnem uma cabeçada: Kiko Dinucci, Ricardo Pereira, Romulo Alexis, Guilherme Peluci, Paola Ribeiro, Sarine, Gylez, Bernardo Pacheco, Natasha Xavier e outros nomes a confirmar, encerrando a temporada dia 26, quando reúnem a banda Ema Stoned, a produtora Saskia e o boogarinho Dinho Almeida. As terças de junho começam com uma minitemporada, Notas e Sílabas, em que o trio instrumental Atønito se aventura pelo mundo das palavras, com um novo convidado a cada apresentação – no dia 6 eles recebem o guitarrista Lucio Maia e no dia 13 a cantora e compositora Luiza Lian. As outras terças trazem dois shows solos de dois artistas distintos iniciando novas fases em suas carreiras: no dia dia 20 a cantora e instrumentista paulista Tika apresenta Marca de Nascença, quando toca ao lado de uma banda composta só por mulheres e antecipa seu próximo trabalho, enquanto no dia 27 o paulistano Bruno Bruni começa a encerrar sua trilogia de jazz funk Broovin’ apresentando as faixas do próximo disco em primeira mão no palco do Centro da Terra. Como junho é o mês do festival In Edit, nossa parceria traz o documentário Manguebit, dirigido por Jura Capela no ano passado, ma primeira quarta-feira do mês, dia 7, antes da programação oficial do evento, que terá atividades no Centro da Terra, anunciadas em breve. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados antecipadamente neste link.

Vida Fodona #777: Começando o Carnaval 2023

Abrindo o carnaval logo na sexta-feira com o Baile à Fantasia das Noites Trabalho Sujo mais uma vez com a Espetacular Charanga do França, desta vez no Cine Cortina, a partir das 20h. Vamos lá? Enquanto isso, a trilha é essa.

Ouça aqui: