O Daft Punk acabou mas não acabou, tanto que seguem lançando reedições de seus discos e lançando outras ações para manter o nome da dupla em voga. E desta vez os robôs franceses miraram nas salas de cinema – do mundo todo! No dia 12 de dezembro eles relançam globalmente o clássico anime Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que lançaram em 2003 em parceria com o lendário mestre da animação japonesa Leiji Matsumoto (mais conhecido pelo histórico Patrulha do Espaço) com o disco que fizeram à época, Discovery, como trilha sonora contínua do desenho animado. É um longa sem diálogos que mistura ficção científica com musical e sincroniza-se perfeitamente com o disco que traz hits como “One More Time”, “Harder, Better, Faster, Stronger”, “Digital Love”, entre outros. E lógico que eles iam aproveitar a deixa para relançar edições deluxe do disco. E o mais legal é que o filme vai ser exibido em várias salas no Brasil – checa neste link e assista ao trailer abaixo (e veja a cara da reedição limitada em CD): Continue
O Popload Festival demorou pra dar sinal de vida mas veio com tudo pro ano que vem! Além de anunciar a data pro último dia de maio de 2025 e de trocar seu cenário pelo Parque Ibirapuera, acaba de confirmar duas atrações de peso: Norah Jones e St. Vincent! E corre pra comprar os ingressos logo (neste link) porque ainda tá no preço promocional…
E quarta-feira também foi dia de comemorar o aniversário do Guilherme Held, quando ele colocou seu CØMA, projeto pós-punk que inventou com a baterista Bianca Godoi, em prática na Porta, em sua segunda apresentação. E por mais que a primeira, que aconteceu no Centro da Terra, tenha funcionado, foi nesta vez que o grupo mostrou a que veio, pra começar pelo próprio guitarrista ter se apresentado de pé (o que não aconteceu no teatro porque sua correia arrebentou minutos antes do show), o que permitia que o aniversariante regesse o groove quadrado da banda em seus riffs instantâneos, fazendo a baterista e o baixista Rubens Adati o acompanharem na base repetitiva enquanto o vocalista Otto Dardenne e Joana Bergman e Danilo Sansão, ambos pilotando synths, pudessem florear por sobre o ritmo primal. O fato do público também estar de pé ajudou bastante no fluxo da noite, até contar com uma participação especial surpresa – até pra banda – quando Tony Gordin invadiu o palco para tocar bateria (ao lado de Bianca) ou dividir os vocais com Otto, tão surpreso com o feat inusitado quanto todos os presentes. É pós-punk que você quer? Então toma! E a noite encerrou com a hashtag puxada por Décio 7, que chegou quase no fim, exigindo #mudalogoguiheld.
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Maravilhoso o tributo que Luedji Luna está fazendo em homenagem à sua (e nossa) musa Sade. Depois de shows no Rio de Janeiro e Salvador ela estreou esta apresentaçãoi em São Paulo na mágica sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, cujos ingressos evaporaram assim que o show foi anunciado – e ela não decepcionou. Ela contava com uma banda afiadíssima – Weslei Rodrigo no baixo, Renato Sobral na guitarra, Gabriel Gaiardo nos teclados, Jhow Produz na batera, Rudson Daniel na percussão, Sidmar Vieira Souza no trompete, Jefferson Rodrigues no sax, Flavia Mello e Edyelle Brandão nos vocais de apoio. – que não só a reconhecia pelo olhar como sabia muito bem a hora de deixar o groove macio correr solto e os momentos em que a estrela tinha que brilhar. E como brilha! Luedji estava deslumbrante cantando descalça e trazendo toda a majestade que a homenageada pedia, hipnotizando o público com uma voz de cetim, que aveludava nos momentos mais graves e parecia líquida em momentos-chave, como por exemplo quando visitou a perfeita “No Ordinary Love” emendando com sua “Salto”, num dos vários momentos em que a noite esquentou mais que o calor que fazia naquela quarta-feira. Era um encontro de deusas numa só pessoa, tão natural que Luedji sequer parecia sentir o peso da responsabilidade, carregando-o como quem empina uma pluma no nariz. Uma joia de show – e como é bom retornar ao Centro Cultural São Paulo…
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Estamos chegando ao fim do ano e a despedida da música no Centro da Terra sempre acontece com menos datas pois nossa programação encerra as atividades na metade do mês. Por isso não faremos temporada em dezembro, apenas quatro apresentações, mas escolhidas a dedo. Começamos na segunda (dia 2), com a banda Lost in Translation de Marcelo Rubens Paiva fazendo o espetáculo Pedras no Caminho, em que aborda o casamento de música com poesia a partir da influência de Bob Dylan, em canções do mestre traduzidas ao lado de obras de Patti Smith, Lou Reed, Jim Morrison, Rolling Stones e Caetano Veloso. No dia seguinte (dia 3), temos o encontro mágico de meio século de amizade, quando Léa Freire recebe Filó Machado e Alaíde Costa num espetáculo batizado de 50 Anos Juntos. Na segunda seguinte (dia 9), Lara Castagnolli faz sua estreia autoral mostrando as músicas que estarão em seu disco de estreia, batizado de Araribá (que também dá nome à apresentação), que terá produção de Mestrinho, que também participa da apresentação. E o último espetáculo musical de 2024 no Centro da Terra vem do Rio de Janeiro, quando o projeto Crizin da ZO apresenta seu Colapso Programado ao lado da banda Death Kids e de MNTH na terça (dia 10), numa apresentação apocalíptica inédita. Todos os espetáculos começam pontualmente às 20h e os ingressos já estão à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra. E se preparem que 2025 promete…
#centrodaterra2024
Em mais um episódio de nosso podcast sobre shows que mudaram nossas vidas, eu e Levino desta vez chamamos o grande Sèrgio Martins, que passeia por apresentações ao vivo que assistiu em diferentes épocas de sua vida para reforçar uma que tornou-se o épice deste percurso, ao ver ninguém menos que Prince ao vivo.
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Ao submeter o público do Centro da Terra a um recital de quatro instrumentos com peças compostas por ela mesma (reunidas sob o título de “Mímica”), Stephanie Borgani e seus parceiros pairaram entre o lirismo e as acrobacias instrumentais, passeando por canções tão belas quanto de difícil interpretação. Ao lado da também vocalista Marina Marchi e dos saxofonistas Marlon Cordeiro e Lucas Sales, ela fez o público flutuar ao som de seus timbres vocais e metais, interligando frases melódicas e superpondo notas em acordes que desnorteavam a audiência às vezes pausando a respiração de todos. A segunda parte da apresentação ainda contou com duas composições de Marina arranjadas por Stephanie (“Pro Brédinho” e “Há de Haver um Nome”) e mais uma da estrela da noite (“Quieto, Por Favor”), antes de voltar para o bis em que passearam por um arranjo sobre a melodia de “A Noite do Meu Bem”, de Tom Jobim e Dolores Duran.
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Encerrando o mês de novembro da curadoria de música do Centro da Terra recebemos com muito prazer o laboratório de voz e sopros cogitado pela vocalista, compositora e arranjadora Stephanie Borgani, que convida a também vocalista Marina Marchi e os saxofonistas Marlon Cordeiro e Lucas Sales para uma incursão instrumental pelo encontro desta formação, que conta com timbres sopranos e agudos e suas interrelações a partir de peças compostas por Stephanie, entre elas a “Mímica” que batiza a apresentação. O espetáculo começa pontualmente às 20h e ainda há ingressos à venda na bilheteria e no site do Centro da Terra.
#stephanieborganinocentrodaterra #stephanieborgani #centrodaterra2024
Mais uma vez apareço na Porta, desta vez pra discotecar após a segunda apresentação do grupo CØMA, o projeto pós-punk criado por Guilherme Held, Bianca Godoi, Otto Dardenne, Rubens Adati, Joana Bergman e Danilo Sansão, que se apresentará nesta quarta-feira, a partir oito da noite. Quem abre a noite é o trio Los Otros, que prepara o terreno para outras discotecagens, do DJ André Pio, do DJ Cosmic Pulses (que criou a playlist que inspirou a existência da banda) e do Érico Theobaldo, que também tocam na mesma noite. Lembrando que o Porta fica na rua Horácio Lane, 95, e os shows devem acontecer às 20h e às 21h. Vamos lá?
Jair Naves fechou sua temporada no Centro da Terra com o show mais alto que o teatro assistiu neste ano, quando dividiu o palco com a bordoada sonora desferida pelo trio paraense Molho Negro, ao repetir um encontro que só havia acontecido uma vez, quando os dois artistas se encontraram na edição deste ano do festival Se Rasgum, em Belém. É impressionante o volume e a dinâmica que João Lemos (vocal e guitarra), Raony Noar (baixo) e Antonio Fermentão (bateria) desferem no som, funcionando como um altar de riffs e microfonia para Jair declamar sua liturgia a plenos pulmões. Antes de chamar a banda ele começou sozinho ao violão, com a sua “Um Passo Por Vez”, chamando o trio paraense em seguida para cantar “O Jeito de Errar”, do grupo. Daí em diante foram alternando canções de Jair, seja no Ludovic (com “Desova”. “Vane, Vane, Vane” e “Janeiro Continua Sendo o Pior dos Meses”) ou de sua carreira solo (como “Pronto para Morrer (O Poder de uma Mentira Dita Mil Vezes)” e “Nasce Um Saqueador / Morre Um Apaziguador”, esta última tocada pela primeira vez ao vivo), com outras do Molho Negro (como “Me Adaptar”, “Fim do Mês”, “23” e a inédita “Claustrofobia”), com Jair revezando-se entre um segundo baixo, o teclado ou só no vocal, sempre em canções ruidosas e verborrágicas. A noite e a temporada terminaram com um bis improvisado, quando o quarteto saudou “Eu Tenho Pressa”, clássico da banda de hardcore pernambucana Devotos. Uma paulada!
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