O produtor carioca Alexandre Kassin lançou seu terceiro álbum, Relax, no Japão em 2017 – e agora prepara-se para mostrá-lo por aqui, puxando o lançamento, com a versão que fez ao lado de Clarice Falcão para “Something Stupid” – imortalizado nas vozes de Frank e Nancy Sinatra -, na versão feita nos anos 60 pela dupla Leno e Lilian. O disco ainda conta com participações do soulman Hyldon e da banda portuguesa Orelha Negra e tem previsão de ser lançado por aqui no final de março, pelo selo Lab 344.
Conversei com a Rita Oliva sobre como vai ser a segunda edição do espetáculo Tempo Espaço Ritual, criado por sua persona Papisa, quando ela toca acompanhada pelas musas Larissa Conforto, Silvia Tape, Laura Wrona e Luna França em mais uma edição do ritual sagrado feminino que ela concebeu para o Centro da Terra em 2017 e agora repete-se nesta segunda (mais informações aqui). O espetáculo faz parte da criação e concepção do primeiro álbum de estreia da cantora e compositora.
O que aconteceu com a Papisa entre o primeiro e este novo ritual?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-o-que-aconteceu-com-a-papisa-entre-o-primeiro-e-este-novo-ritual
Há muitas mudanças entre os dois eventos?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-ha-muitas-mudancas-entre-os-dois-eventos
Como realizar o primeiro espetáculo no Centro da Terra guiou sua carreira?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-qual-a-influencia-deste-espetaculo-na-sua-carreira
Como está o processo de criação e composição do novo álbum?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-como-esta-o-processo-de-criacao-e-composicao-do-novo-album
Há previsões para a realização de novos rituais?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/papisa-tempo-espaco-ritual-2018-ha-previsoes-para-a-realizacao-de-novos-rituais
Os rappers Emicida e Tassia Reis, o publicitário Ian Black, o sociólogo Tulio Custodio e a advogada Mayara Souza, do grupo Negras Empoderadas, falam sobre a importância do novo filme da Marvel do ponto de vista da representatividade negra, em uma reportagem que fiz para a revista Trip:
Todos concordam que o filme faz parte de uma tendência maior, que torcem para continuar em voga. “Vai ser incrível poder contar nossas histórias sem os nossos estereótipos, esse peso que o racismo nos coloca para que as pessoas tenham um lugar”, continua Tássia. “Mas falando só de filmes de super-herói, já é muito interessante porque são anos de ausência de representatividade, que pra muita gente pode parecer besteira, porém, só quem cresceu tendo que se enxergar em outros personagens sabe como é. Essa infância que pode ir no cinema e ver essa história, já fica com um pingo de esperança para seguir.”
“Para quem sempre viu seus pares em papéis secundários e toda a sorte de ausência de protagonismo — “black dude dies first”, já dizia o trope —, Pantera Negra aparece como um contêiner de compensações, com um herói e tudo o que o cerca com o mesmo peso só visto em heróis brancos como Thor, Homem-Aranha, Homem de Ferro e Capitão América”, comemora Ian.
Tulio arremata que o filme não é o início de uma fase e, sim, o fim de outra. “O filme — e a importância que vem adquirindo na sua divulgação —, é consequência de um movimento anterior ter fortalecido tanto por outras produções, como a série Luke Cage, debates públicos e o riquíssimo material criado por ‘independentes’, como Issa Rae, na série Insecure, e Donald Glover, na série Atlanta.”
Leia a íntegra aqui.
Sem conseguir ficar de pé, Phil Collins faz um ótimo show no estádio do Palmeiras neste sábado em São Paulo – que, de quebra, teve um Pretenders afiadíssimo. Escrevi sobre as apresentações lá pro UOL.
O produtor chileno Nicolas Jaar lança sem sobreaviso uma excelente coletânea de faixas produzidas com o codinome Against All Logic – e 2012-2017 segue a linha de seu trabalho autoral, cuja obra mais recente é o sensacional Sirens, lançado há dois anos. Aumenta o som e deixa fluir…
Um rumor que pairou sobre 2017 começa a se materializar esta semana quando o grupo Cordel do Fogo Encantado anuncia sua volta depois de oito anos fora dos palcos. A novidade começa com o lançamento dos três discos do grupo (Cordel do Fogo Encantado, de 2001, O Palhaço do Circo Sem Futuro, de 2002, e Transfiguração, de 2006) nas plataformas digitais e o anúncio de um álbum de inéditas Viagem ao Coração do Sol, produzido por ninguém menos que Fernando Catatau, que será lançado no início de abril, junto com o as datas de uma nova turnê do grupo. Eis a capa do novo álbum:
E eu esqueci de comentar que o Dr. Dog está com um disco novo na agulha: Critical Equation vai ser lançado em abril deste ano e a banda já mostrou as duas primeiras faixas do disco, a taciturna faixa de abertura “Listening In”:
E a emotiva e dançante “Go Out Fighting”:
Esta é a capa do disco (que já está em pré-venda) e, logo abaixo, o nome das novas músicas:
“Listening In”
“Go Out Fighting”
“Buzzing In The Light”
“Virginia Please”
“Critical Equation”
“True Love”
“Heart Killer”
“Night”
“Under The Wheels”
“Coming Out Of The Darkness”
Depois do ótimo Blonde, lançado em 2016, Frank Ocean passou o ano seguinte gravando com velhos compadres, seja em singles aleatoriamente lançados em seu programa Blonded Radio na Beats 1 da Apple (ao lado de Travis Scott, Jay-Z e outros) ou em discos alheios (como no de Calvin Harris ou no de Tyler the Creator), além de lançar fortes singles solo, como “Chanel” e “Provider“, das melhores músicas do ano passado. Ele retoma 2018 sozinho – e revivendo uma canção eternizada por ninguém menos que Audrey Hepburn no icônico Bonequinha de Luxo, que Blake Edwards dirigiu em 1961. Sua versão de “Moon River” – um clássico composto por Henry Mancini, com letras de Johnny Mercer – superpõe teclados e um coro celestial de vocais que traz o standard para o século 21 sem que ela perca sua aura atemporal.
A versão surge logo após Ocean postar em sua rede social favorita (o Tumblr) uma foto de um sujeito usando um boné com a frase “Se você gostou de 2017, vai amar… 2018”, o que dá a entender que ele soltará mais cartas que têm na manga em breve. Abaixo, a versão original de “Moon River”.
O pessoal do Selo Sesc me chamou para escrever para a sessão Baú da recém-lançada revista eletrônica Zumbido, em que convidados lembram de apresentações marcantes nas unidades da rede e eu lembrei não só de shows clássicos do Yo La Tengo, Stereolab e Tom Zé com Tortoise, Ornette Coleman, William “Bootsy” Collins, Flying Lotus, Mogwai, Jurassic 5, De La Soul, Sabotage, Bombino, Bob Mould, Television, Sebadoh e tantos outros, como de um bate-papo do Damo Suzuki com o Kode9 que fiz a mediação, do 2012 em que fui curador do saudoso Prata da Casa e outros tantos momentos épicos nos diferentes palcos da rede.
Tenho uma enorme dívida com o Sesc. Eu e pelo menos umas duas gerações próximas à minha. Porque foi graças à rede de centros culturais espalhada por São Paulo que pude assistir a alguns dos shows da minha vida — desde turnês internacionais de bandas estrangeiras minúsculas às primeiras vindas ao país de titãs da música não-comercial — e também a participar de momentos cruciais para a evolução da música brasileira.
Sou de Brasília, estudei na Unicamp e passei parte de quase todos os anos 90 em Campinas, bebericando da vida cultural de São Paulo em doses curtas. Quando me mudei para cá no início do século, já tinha noção da importância do Sesc para a cultura da cidade, mas uma sequência de shows no Sesc Pompeia, um dos melhores lugares de São Paulo, cristalizou a importância destes centros culturais na minha vida.
Não recordo com precisão as datas (aconteceram exatamente na virada do século), mas foram três shows duplos que tive a oportunidade de ver extasiado no teatro daquela unidade: dois Stereolab, dois Yo La Tengo e dois Tortoise com a participação de Tom Zé. Os shows cruzavam uma série de tendências que seguiriam unidades anos depois: organizados pela produtora mineira Motor Music, eles conectavam a cena independente brasileira à rede internacional underground e ajudavam a reunir pessoas desconhecidas com o mesmo tipo de pensamento no mesmo lugar. Parte do público destas noites seguiu ferrenho seus caminhos no meio independente brasileiro, criando bandas, selos, sites, zines, produtoras e gravadoras que ajudariam a aumentar a auto-estima do incipiente indie brasileiro ao mesmo tempo que mostravam que seus equivalentes estrangeiros não eram rockstars esnobes e que gostavam de colocar a mão na massa.
A íntegra do texto você lê aqui.
Depois de driblar as expectativas do segundo disco ao lançar o excelente Lotta Sea Lice em dupla com Kurt Vile, nossa querida Courtney Barnett anuncia seu tão aguardado novo disco mostrando capa (acima), ordem das faixas (abaixo) e o novo single “Nameless, Faceless”, que puxa o fio da meada de Tell Me How You Really Feel, o sucessor do ótimo Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit, de 2015.
Ela já havia tocado trechos do disco em um teaser lançado na semana passada:
O disco já está em pré-venda online e chega para todos no meio de maio.
“Hopefulessness”
“City Looks Pretty”
“Charity”
“Need a Little Time”
“Nameless, Faceless”
“I’m Not Your Mother, I’m Not Your Bitch”
“Crippling Self Doubt and a General Lack of Self-Confidence”
“Help Your Self”
“Walkin’ on Eggshells”
“Sunday Roast”











