Thiago França reuniu mais uma vez sua Space Charanga – desta vez em forma de quarteto – para uma nova viagem pelo espaço sideral do som. Ao lado de seus broders de Metá Metá Sergio Machado (bateria) e Marcelo Cabral (baixo acústico) e do trompete de Amilcar Rodrigues, o músico paulistano parte em mais uma jornada rumo ao desconhecido em seu recém-lançado Suíte Intergaláctica (já nas plataformas digitais mas que pode ser baixado aqui), que ele considera o disco mais de jazz que já fez. Aproveitei o lançamento para conversar com ele sobre a história da Space Charanga (“um spin-off da Charanga do França”, conta às gargalhadas), da influência de Sun Ra e do espaço sideral em sua criação – que vai muito além da ficção científica.
Como surgiu o conceito da Space Charanga e da influência do Sun Ra nessa versão da Charanga?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-surgiu-o-conceito-da-space-charanga-e-qual-a-influencia-do-sun-ra-no-grupo
Como a Space Charanga conversa com o Charanga do França?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-a-space-charanga-conversa-com-o-charanga-do-franca
Fale sobre a Suíte Intergaláctica.
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Fale de sua relação com a música e o conceito do espaço sideral.
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O senhor Richard David James nos dá notícias ao anunciar mais um disco-relâmpago: o EP Collapse, que apresentado ao mundo através do intenso clipe “T69 Collapse”, que iria ao ar no Adult Swin na semana passada, mas não passou no teste para quem sofre de epilepsia devido às mudanças bruscas de cores e luzes que saltam da tela. Por isso, esteja avisado.
Lucio Ribeiro traz mais uma vez a banda escocesa Franz Ferdinand para o país, desta vez num show em Curitiba, dia 11 de outubro, e outro em São Paulo, no dia seguinte, no Tom Brasil – ele conta mais em seu site.
Agosto está com as mulheres no Centro da Terra, começando pelo grupo Mawaca, tradicional núcleo de pesquisas de músicas do mundo que destaca seu grupo de cantoras e percussionistas – Angélica Leutwiller, Cris Miguel, Magda Pucci, Rita Braga, Zuzu Leiva e Valéria Zeidan – para uma apresentação sobre vozes femininas espalhadas pelo planeta que cantam sobre vozes femininas durante as terças-feiras do mês. O espetáculo As Muitas Vozes da Voz conta com a presença de diferentes convidados a cada terça-feira, mostrando a pluralidade e a vastidão do canto feminino na história da humanidade sobre pontos de vistas completamente distintos, sempre convergindo para voz e percussão. A primeira terça-feira, dia 7, traz o grupo sozinho, apresentando a temporada, seguido de terças com diferentes convidados: o violeiro João Arruda no dia 14, o rabequeiro Felipe Gomes no dia 21 e a percussionista Silvanny Sivuca no dia 14 (mais informações aqui). Conversei com a Magda Pucci, fundadora do grupo, sobre a temporada que elas pensaram para apresentar neste mês de agosto.
Qual será o show que o Mawaca apresentará no Centro da Terra?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-qual-sera-o-show-que-o-mawaca-apresentara-no-centro-da-terra
Qual é o conceito desta temporada As Muitas Vozes da Voz?
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Como será a primeira terça-feira?
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Quem é o convidado da segunda terça-feira da temporada?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-quem-e-o-convidado-da-segunda-terca-feira-da-temporada
E quem será o convidado da terceira noite?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-e-quem-sera-o-convidado-da-terceira-noite
Para concluir, fale sobre a convidada da última noite.
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Como esse espetáculo se diferencia por ser apresentado em um teatro?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mawaca-como-esse-espetaculo-se-diferencia-por-ser-apresentado-em-um-teatro
Há mudança de repertório entre as apresentações?
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A temporada terá algum tipo de continuidade?
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Quem é você? Quem é o Rakta? A dupla paulistana formada por Carla Boregas e Paula Rebellato domina as segundas-feiras do Centro da Terra espalhando esta dúvida durante todo o mês de agosto ao apresentarem a temporada O Duplo Ambulante. Inspiradas no mito do doppelgänger – que diz que, em algum lugar, há uma cópia astral sua e que você pode encontrá-la nesta nossa dimensão -, as duas reinventam sua obra e seus shows em quatro datas em que confundem expectativas e embaralham nossos sentidos sobre o que é real e o que não é, o que é palpável e o que não é, misturando conceitos carnais e etéreos numa série de apresentações que funcionarão em conjunto (mais informações aqui). Conversei com as duas sobre para onde essa história de duplo pode nos levar.
Como surgiu a ideia de Duplo Ambulante?
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Como vocês conheceram o conceito de doppelgänger?
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A ideia da temporada é criar um ritual ao redor deste conceito?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rakta-a-ideia-da-temporada-e-criar-um-ritual-ao-redor-deste-conceito
Como esse espetáculo se encaixa nesta fase atual da carreira de vocês?
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Quem são os convidados desta temporada?
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Tocar num teatro muda o tipo de apresentação que vocês vão fazer?
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Herói do indie carioca, Lê Almeida transmutou sua musicalidade do shoegaze pro kraut ao parir o conjunto Oruã, em que reveza sua barulhenta guitarra com teclados elétricos. O grupo, formado por Lê (guitarra, teclados e vocais), João Luiz (baixo) e Phill Fernandes (bateria), envereda por trincheiras mais experimentais que as que Lê caminhava anteriormente e sai em busca de ouvintes em turnês de carro pelo Brasil, desbravando os interiores do Brasil com uma sonoridade densa e hermética, mas ao mesmo tempo hipnótica e psicodélica. Ele falou em lançar o single de “Malquerências” (que deverá estar no próximo disco do grupo, Romã) no Trabalho Sujo e eu aproveitei pra conversar com ele sobre sua nova banda.
Conte como o Oruã começou.
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Era uma banda instrumental que começou a ganhar letras. Fale sobre esse processo.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/le-almeida-2018-era-uma-banda-instrumental-que-comecou-a-ganhar-letras-fale-sobre-esse-processo
Você está excursionando bastante com a banda. Como está sendo a repercussão?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/le-almeida-2018-voce-esta-excursionando-bastante-com-a-banda-como-esta-sendo-a-repercussao
De onde vem o nome da banda?
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É seu único trabalho atualmente? Você parou seus outros projetos?
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Há previsão de lançamento de discos?
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“Uma oração, uma reza” – assim BNegão resume sua homenagem a Dorival Caymmi, projeto que acalanta desde os anos 80 e só começou a tomar coragem de executar este ano, quando estreou o espetáculo no Sesc Pompeia em abril deste ano. O espetáculo Bernardo Santos canta as Canções Praieiras (e Outras Estórias do Mar), que ele realiza ao lado do violonista xará Bernardo Bosisio (que já tocou com Bebel Gilberto, Arthur Verocai, Ed Motta, Zeca Pagodinho e Virgínia Rodrigues) volta aos palcos paulistanos neste sábado, quando ele apresenta a celebração no Sesc Santo Amaro (mais informações aqui). Conversei com o Bernardo sobre este novo espetáculo e ele descolou um clipe exclusivo do primeiro show para o Trabalho Sujo.
Como foi sua aproximação com Dorival Caymmi? Fale sobre sua história com o compositor.
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Como você transformou esta adoração num show? Fale sobre o processo de criação disso.
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Como você criou os arranjos em cima dessa ideia?
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Fale sobre a sua relação específica com a Bahia.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/bnegao-2018-fale-sobre-a-sua-relacao-especifica-com-a-bahia
Conte sobre Bernardo Bosisio. Como o conheceu?
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Como foi sua preparação vocal para este show?
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O show foi pensado para fazer as pessoas descobrirem Caymmi?
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Como vê a evolução cena musical brasileira nestes anos?
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Como você tem visto a situação do país neste 2018?
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Beyoncé e Jay-Z lançaram juntos, assinando como The Carters, um dos melhores discos do ano – e é a parte dela que impressiona… “Apeshit” era só um aperitivo.
O documentário MATANGI / MAYA / M.I.A., do diretor Stephen Loveridge, pretende mergulhar numa das artistas mais ímpares deste século – M.I.A. e sua transformação de ativista política para popstar global em menos de uma década.
Esqueci de linkar aqui o post que fiz pro Instagram da revista Trip no meio do mês sobre o show que o grupo fez para lançar seu excelente Quebra-Cabeças no Sesc Pompeia – com direito a vídeo da faixa-título. Abaixo, a íntegra do texto que mandei pra revista.
Música de protesto instrumental
O Bixiga 70 lança seu quarto disco, pegando ainda mais pesado na veia política, mesmo sem vocais
A máquina de groove Bixiga 70, hidra paulistana de dez cabeças que conquistou o Brasil e o mundo, está prestes a lançar seu quarto álbum, Quebra-Cabeças, e começam a apresentá-lo a partir desta quinta-feira até sábado, com três shows no Sesc Pompeia. É o disco do grupo que mais demorou tempo para sair e o primeiro que leva um título – os anteriores foram batizados apenas com o nome da banda. Também muda a abordagem musical – é um disco mais
introspectivo e pesado que os discos anteriores.
“Reflete o momento: tem sido bem pesado viver no Brasil”, conta o guitarrista e tecladista Maurício Fleury, “a gente nunca quis cair numa coisa que fosse muito parnasiana, o som pelo som, a gente precisava achar um eixo que foi falar sobre o que a gente vive.”. “A gente sempre teve isso, de fazer música de protesto mesmo sem escrever letra”, emenda o saxofonista Daniel Oliveira.
“A gente sente isso todo dia, em cada treta que acontece em São Paulo. A gente fazia o Dia do Grafitti no Bixiga todo ano, mas no ano passado não conseguimos fazer porque não teve apoio da prefeitura”, continua Fleury. “A política acaba intervindo no nosso trabalho de uma forma muito direta. Tem gente que quer extinguir o Ministério da Cultura. Não tem música que não seja de protesto numa situação dessas! Qualquer mínimo de pensamento já é protesto. Querem que a gente vá contra a ciência, contra a cultura, a arte, o respeito à vida humana… É muito terrível o que a gente tá vivendo, o que a gente faz é uma ilustração, talvez não seja tão transformador, é só uma forma de reagir. Não tem como não se posicionar”.
O disco demorou para sair pois foi atropelado pelas turnês globais do grupo, especificamente uma que durou 45 dias no meio do ano passado, que fez a banda passar por Los Angeles e pela Índia. Gestado durante quatro dias em um sítio no interior de São Paulo em maio do ano passado, Quebra-Cabeças começou a ser gravado ainda em 2017, quando o grupo lançou a faixa “Primeiramente”. Foi a primeira colaboração com o engenheiro de som Gustavo Lenza, que assumiu a produção do disco – é a primeira vez que alguém de fora dá pitacos na criação do Bixiga 70. O tom ainda é festivo mas parte do novo repertório é lento e melancólico.









