Digital

Chocado com a noticia da morte do PC Siqueira. Convivi bastante com ele, escrevemos um livro juntos e há tempos não conversava com ele, que sempre se esquivava quando o chamava. Tanta coisa pra falar sobre ele agora, mas nem consigo pensar direito… Que merda…

Toca pra Paraty!

Lá vou eu de novo cobrir mais uma Festa Literária Internacional de Paraty. É a oitava edição da Flip em que tomo conta de suas mídias sociais, motivo do ritmo nas minhas mídias sociais diminuírem o ritmo. A edição deste ano homenageia a jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, cartunista e crítica cultural Patricia Rehder Galvão, que todos conhecemos como Pagu, e as duas curadoras da vez, Fernanda Bastos e Milena Britto, que estiveram na curadoria da edição do ano passado, bateram o pé das mulheres na programação e dos 44 nomes convidados, três quartos são autoras. A edição também se aproxima da música, recuperando o show de abertura (desta vez com Adriana Calcanhotto) e com performances de artistas maravilhosas como Juliana Perdigão, Natasha Felix e Iara Rennó, entre outras. Siga o Instagram da Flip que a partir desta quarta mostro tudo por lá.

O anúncio mais cedo de que nesta quinta pela manhã teremos mais um lançamento dos Beatles ativou a expectativa por aquela que deve ser “a última faixa gravada pelos Beatles”, anunciada por Paul McCartney em junho, que deixou todo mundo nervoso achando que viria uma abominação gerada por inteligência artificial. Contei melhor essa história juntando especulações, o histórico de relançamentos do grupo e o testemunho de alguém que teria ouvido essa nova faixa – seria “Now and Then”, que foi abortada à época do terceiro Anthology? – e ouvido falar que ela anteciparia uma nova versão das clássicas coletâneas azul e vermelha num texto que escrevi para o site da CNN.

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“Elvis definitivamente não saiu deste edifício. É uma capela Elvis. É uma catedral Elvis. É isso. E hoje à noite entrada para essa catedral é uma senha: flerte. E mais tarde nós vamos casar, ok?”, Bono não se aguentava ao inaugurar a temporada de shows que seu U2 irá fazer em Las Vegas até dezembro deste ano. Não era sem motivo. A residência U2:UV Achtung Baby inaugura também a nababesca casa de shows Sphere, que cobre o público com um gigantesco telão esférico que leva os antigos cinemas 189 graus (quem lembra?) a um patamar hiperbólico que tira o fôlego só de ver os vídeos. O grupo se apresentou pela primeira vez sem o baterista Larry Mullen Jr., que acaba de passar por uma cirurgia na coluna, e preferiu conter seu show a um pequeno palco quadrado que lembrava uma vitrola na base do telão absurdo, deixando todo o espetáculo para os telões conectados de uma forma que não havia como sair do campo de visão do público, não importava onde se estivesse, alternando imagens geradas por computador que explicitavam a artificialidade do evento ou recriando paisagens naturais como se pudesse ter um sol em miniatura apenas para eles. O sucesso dessa primeira noite, que aconteceu neste sábado, eleva a experiência ao vivo a outro patamar e megaturnês como as de artistas como Beyoncé e Taylor Swift encontram um rival gigantesco que nem precisa sair do lugar – é uma casa de shows. E mirando em artistas do porte do U2 (enquanto eles ainda existem, especula-se que Harry Styles seja o próximo residente), a casa, que teve um custo maior do que dois bilhões de dólares, pode parecer um modelo de negócios viável para bilionários do mundo do entretenimento experimentar em todos os lugares do mundo (e torrar dinheiro, como gostam) – e não é difícil pensar que podemos ter um monstrengo desses por aqui. Abaixo dá pra ver alguns trechos do show histórico – o futuro que tá vindo aí é muito louco… Continue

O quanto a ascensão da extrema-direita neste início de século 21 está ligada à popularização das redes sociais? Na nova edição de nosso programa sobre política internacional, eu e Tomaz Paoliello conversamos sobre como esta não é uma novidade recente e falamos sobre como novas tecnologias, em diferentes momentos da história do século passado, ajudaram a reforçar noções radicais de conservadorismo político que acabaram gerando diferentes formas de fascismo em vários países do mundo e como isso também está ligado ao crescimento de religiões xiitas que rezam na mesma cartilha desta corrente política troglodita.

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Depois de mergulhar no Caetano Veloso, o Caramuru seguiu expandindo outras capas dos outros doces bárbaros usando inteligência artificial. Saca só essas outras aí embaixo: Continue

Tá achando que tinha acabado? Agora o Caramuru resolveu fazer capas expandidas por inteligência artificial a partir de discos independentes brasileiros… E acho engraçado que as pessoas pegam birra de algo só por ter virado tendência, sem perceber que as implicações desta nova ferramenta vão além da própria tendência em si…

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O Marko segue expandindo capas de discos por inteligência artificial e eu dei um toque nele pra fazer alguns clássicos do indie rock.

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Thiago e Cabral mandaram avisar que os discos dos Marginals finalmente chegaram às plataformas digitais. Pra quem chegou há pouco tempo, o Marginals era um trio de free jazz formado pelos dois – Thiago França no sax e Marcelo Cabral no contrabaixo acústico – com o Tony Gordin na batera e funcionou como laboratório de fritação pros três, que sempre partiam do zero em sessões de improviso pesadas, isso há uma década. Desenterrei esse vídeo que fiz de um show que produzi com eles em uma das edições da saudosa festa Sussa – Tardes Trabalho Sujo no saudoso Neu, há quase dez anos anos – e foi a última apresentação do trio.

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E o Caramuru não para! Desta vez debruçou-se na discografia de Caetano Veloso para expandir suas capas usando inteligência artificial. Olha que beleza…

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