Em uma celebração à vida e à paz, o trio liderado pela educadora musical e compositora Branca Brener trouxe ao palco pela primeira vez o disco que fez ao lado de Daniel Szafran e outros convidados em 2023 inspirado no livro Poesias para a Paz, de César Obeid e Jonas Ribeiro. Com direção de Adrian Chan, o espetáculo Canções para a Paz trouxe para o palco do Centro da Terra músicas que Szafran gravou ao lado de outros músico (como Fortuna, Carneiro Sândalo, Luiz Waack, Edvaldo Santana e Skowa, entre outros), desta vez acompanhado por outro multiinstrumentista, Vicente Falek, além das intervenções poéticas do próprio autor do livro, Obeid, que esteve durante a participação.
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Nesta terça-feira o Centro da Terra recebe o espetáculo Canções para a Paz, criado pela educadora musical e compositora Branca Brener ao lado dos músicos Daniel Szafran (que toca teclados, guitarras, violões, baixo e acordeon, além de fazer a direção musical) e Vicente Falek (teclados, flauta, viola caipira, percussão e acordeon) a partir do livro Poesias para a Paz, de César Obeid, que também participa da apresentação, e Jonas Ribeiro. O espetáculo, que tem direção de Adrian Chan, começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Ao anunciar que fariam uma noite mais voltada às canções nesta segunda-feira, dentro de sua temporada 4A no Centro da Terra, a dupla carioca Kartas – formada por Marcela Mara e Zozio e sempre acompanhada por Guilherme Paz e Karin Santa Rosa – apenas estabelecia pontos mais formais e fechados de trocas de andamento, às vezes até subitamente. Na apresentação com a qual abriram a cena, foram acompanhados pelos efeitos do Pacola e do Berna, cada um deles num canto do palco disparando efeitos e ruídos que serviam como texturas para as bordoadas rítmicas do quarteto central, que além de entregar-se ao ritmo robótico e repetitivo por várias vezes, seguiam trocando de instrumentos como nas outras segundas-feiras, acompanhados por timbres específicos quase sempre presentes – a rabeca de Bruno Trchmnn e o trompete piccoli de Marcos Campello, que apareceu em cima da hora sem ser anunciado. Única voz nesta apresentação, Mara ainda teve um momento solo de tirar o fôlego, acelerando átomos nas cabeças de todos os presentes. E eles anunciaram que, na próxima, terão algumas surpresas… Estejam avisados.
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O primeiro Inferninho Trabalho Sujo no Fervo reuniu dois shows que funcionam como bons exemplos da amplitude musical da nova geração de bandas e como, apesar de virem de áreas sonoras distintas, harmonizam com gosto. A noite começou com o delírio prog-jazz do Tubo de Ensaio, que apesar de não negar suas raízes no rock clássico e na música brasileira, partem dessa mistura para voos instrumentais e viagens vocais que misturam improviso e psicodelia. Num transe instrumental que mistura doces harmonias vocais, groove hipnótico e equipamentos fabricados em casa, o quinteto mostrou algumas músicas de seu recém-lançado Endoefloema com várias canções inéditas que eles já estão preparando para o próximo trabalho. É bonito ver como a sinergia do grupo, tanto a presença performática e carismática da vocalista Manuela Cestari – interagindo constantemente com o pequeno e avassalador baterista Gabriel Ribeiro, que por vezes deixa seu kit para tocar metalofone, à simbiose de contrapontos do baixo melódico de Francisco Barbosa e a guitarra jazzy e psicodélica de Lorenzo Zelada, entrelaçando-se com os teclados espiralados de Lorena Wolther, que, ao lado de Lorenzo, compõe jogos vocais suaves e lisérgicos junto a Manu. A intensidade do show e a cumplicidade da banda amplia muito as dimensões das canções do disco, que por vezes esticam de duração em solos e improvisos contínuos, que conversavam diretamente com as trips instrumentais do Tutu Naná, que por sua vez vêm de um outro universo musical.
Depois foi a vez do Tutu Naná mostrar que o transe instrumental simbiótico também pode vir de uma outra fonte sonora, que mistura tanto referências de jazz brasileiro, quanto de noise, rock clássico, shoegaze e pós–punk. O quarteto catarinense nascido das cinzas da banda John Filme acabou de lançar o ótimo Itaboraí, em que mostram que não há fronteiras musicais quando se transcende o vínculo artístico para além da convivência, transformando o trabalho musical dos quatro num mesmo organismo vivo. Quase sem precisar trocar olhares, seus integrantes abrem fronteiras musicais que por vezes começam em dedilhados sutis da guitarra de Akira Fukai nas linhas de baixo elípticas de Jivago Del Claro, crescem nos vocais entrelaçados dos dois ao lado da vocalista Carol Acaiah, que por vezes puxa sua flauta transversal para liberar o ruído coletivo ou para domá-lo em momentos de êxtase, quase sempre impulsionados pela bateria impetuosa e quebrada de Fernando Paludo, um monstro que parece ter saído de uma mutação genética entre Dom Um Romão, Ginger Baker, Milton Banana, Art Blakey e Keith Moon (além de ficar fazendo loops com seu vocal distorcido entre as músicas). Cada apresentação é um convite a um novo transe e não foi diferente neste primeiro Inferninho Trabalho Sujo no Fervo, quando o público desceu para perto dos trilhos do trem na Água Branca para uma noite de puro delírio musical. E como se não bastasse, o Tutu Naná encerrou sua apresentação com uma improvável versão “Duas Opiniões”, do Tom Zé. Foi demais.
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Desbravamos mais um ano do Inferninho Trabalho Sujo mostrando uma nova geração de artistas que está vindo com tudo nesta década ao mesmo tempo em que espalhamos a festa por diferentes casas da cidade. Desta vez, chegamos pela primeira vez na Ocupação Fervo, que desde o começo do ano está agitando ali na Água Branca. Quem abre a noite é a banda paulistana psicodélica Tubo de Ensaio, estreando no Inferninho, que vem mostrar seu recém-lançado primeiro disco Endofloema, que conecta diferentes pontas, de diferentes épocas, da música lisérgica brasileira. Depois é a vez do noise açucarado do Tutu Naná, quarteto de Maringá residente em São Paulo que acaba de lançar mais um disco, o inspirado Itaboraí, batizado com o nome da rua em que moram – juntos, tocando quase todo dia – na cidade. A casa abre às 18h e o primeiro show começa às 21h – e enquanto as bandas não estiverem tocando eu discoteco. O Fervo fica na rua Carijós, 248, na Água Branca, e dá para vir tanto pela rua Guaicurus (perto do Sesc Pompeia), quanto pelo outro lado do trilho do trem – e o melhor é que não custa nada pra entrar, é só chegar! Vamos nessa!
Foi bonito o show que Vitor Wutzki fez nesta terça-feira no Centro da Terra, quando tirou canções de sua gaveta virtual – a pasta Meus Documentos, que batizava o espetáculo – e as apresentou antes de começar a pensar no seu próximo disco. Acompanhado de Bruno Iasi (bateria e eletrônicos), Gabriel Edé (baixo) e Tomás Gleiser (teclados), ele visitou poemas de Adélia Prado, Rilke e Angélica Freitas, trabalhando a estrutura rock que compõe a maioria de suas canções de forma menos óbvia, a partir de sua guitarra, barulhenta e melódica ao mesmo tempo, mas sem deixar essas características determinar o teor da apresentação. Ele ainda convidou as cantoras Yma e Dibuk para dividir diferentes canções com ele no show, tocou músicas de seu primeiro álbum (Espaço em Branco) e encerrou a apresentação visitando “Nothing”, de Walter Franco, como se esta fosse visitada pelo Velvet Underground da fase Doug Yule. Direto no ponto.
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Seguindo com a programação de julho no Centro da Terra temos o prazer de receber nesta terça-feira o espetáculo Meus Documentos, que o guitarrista e compositor Vitor Wutzki batizou com o nome da pasta em que guarda seus rascunhos de música no computador, trabalhando com poemas de diferentes autores (Adélia Prado, Angélica Freitas, Rilke) que foram musicados pelo autor paranaense, que ainda terá a participações das cantoras Yma e Dibuk. Acompanhado por Bruno Iasi (bateria e eletrônicos), Gabriel Edé (baixo) e Tomás Gleiser (teclados) , ele também visita músicas de seu álbum de estreia, Espaço em Branco. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Outra segunda-feira com os Kartas no Centro da Terra e de novo entramos num território desconhecido, desta vez selvático e silvestre, com o grupo invocando características caóticas da natureza entre chocalhos, tambores, apitos e corpos em movimento, que começaram a noite com entrada de Herika Reis Kohl e Nova Buttler em tríade com a vocalista Marcela Mara. À medida em que adentrávamos no abismo percussivo, aos poucos revelava-se a voz e o berimbau de Paola Ribeiro, o pulso e timbres de Cacá Amaral e Paula Rebellato e o sopro de Eldra, acompanhando o quarteto central – Mara, Zozio, Guilherme Paz e Karin Santa Rosa (além da pequena Cora, sempre à espreita) – que dividiram-se entre batuques e guizos, baixo e rabeca, tambores e pratos, sempre abrindo clareiras mentais no breu cênico lindamente iluminado por Mau Schramm e interrompido uma única vez, com a entrada autoritária do drone ambient ativado pela instalação sonora de Gustavo Torres, num ótimo contraponto às fronteiras “indomesticáveis”, como repetia Mara na parte final, que tomaram conta da noite.
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Picles lotado na comemoração de dois anos do Inferninho Trabalho Sujo em plena quarta-feira, graças ao showzão que Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo fizeram. O quarteto, que tocou na edição de inauguração da festa naquele mesmo palco dois anos atrás, passou músicas de seus dois discos em versão fulminante, aproveitando a melhor sensação proporcionada pela festa, quando público e banda se fundem num mesmo organismo – sempre em êxtase. E ainda tocaram música nova! Foi demais! E semana que vem trago novidades pois estou só começando o terceiro ano do Inferninho…
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Parece que foi outro dia, mas fazem DOIS ANOS que comecei o Inferninho Trabalho Sujo para começar a acompanhar o trabalho das novas bandas que vêm surgindo no país após o período pandêmico e qual enorme satisfação em comemorar este aniversário com esta banda querida que acompanho desde que começou seus primeiros shows e que foi a primeira banda a tocar na primeira edição da festa. Por isso, é com imensa satisfação que anuncio que nosso aniversário acontece com o show da Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, banda que me inspirou a descobrir novos talentos de sua geração e que se tornou referência para as bandas que nasceram neste século. A festa acontece daqui a duas semanas, no dia 9 de julho, e como de praxe, discoteco com minha comadre Francesca Ribeiro, a quinta integrante da Enorme. Os ingressos já estão à venda, não dá mole e garante o seu agora – que a festa também abre as comemorações do sétimo aniversário do Picles! Vamo nessa!