Como foi o show do Jon Spencer Blues Explosion em São Paulo
Foi alto. Muito alto. Poderia ser mais alto (claro, sempre pode), mas a massa sonora dos três sujeitos no palco literalmente move as pessoas.
E foi preciso. Guitarras, bateria, berros, gaita, theremin, saudações para o público, “São Paulo” gritado no meio das músicas sem soar piegas, coro da galera, mãos pra cima, muito suor, pouca luz.
Show de roque – como se o Mick Jagger não tivesse nascido para o estrelato, apenas para o rhythm’n’blues. Por alguns instantes o Bourbon perdia sua cara de Moema e parecia estar no meio de uma Augusta utópica, à moda antiga.
Impressionante como Jon Spencer parece ter caído na fonte da juventude. Dez anos mais velho que eu, aparenta e move-se como se tivesse dez anos a menos.
Memorável.
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