Clipe


(Foto: Helena Ramos/Divulgação)

Finalmente o quarteto Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo começa a mostrar o sucessor de seu ótimo disco de estreia, lançado em 2020. Música de Esquecimento chega para todos no dia 6 de setembro e tem produção de Vítor Araújo e começa a ser mostrado a partir desta quinta-feira, quando lançam seu primeiro single, “Segredo”. Apesar do título, a música não é propriamente tão secreta assim, já que o grupo vinha tocando-a há um tempão em seus shows, mas mantém os dois pés no rock, com muita distorção. A novidade é o clipe dirigido por Dora Vinci, lançado pouco antes do single estrear nas plataformas.

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E Olivia Rodrigo nos dá mais um gostinho de Guts, seu segundo disco que sai em setembro e a cada nova notícia o disco esquenta mais. O segundo single, “Bad Idea Right?”, vai para um extremo oposto da dramática e melódica “Vampire” e escolhe um pop confortável – e respirando rock – para falar de outro tipo de problema pós-relação: quando você toca o foda-se e decide que não tem problema voltar com aquela paixão que você achava que havia superado e se tornado só uma amizade. O clipe, mais uma vez dirigido pela parceira Petra Collins, aperta ainda mais essa ferida sabendo que tudo pode dar errado, mas…

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“Havia confiança sem medo”, canta a vocalista francesa Halo Maud no primeiro single do décimo disco dos Chemical Brothers. Um dos artistas mais consistentes das últimas décadas parecem soar nostálgicos no início desta nova fase, mas o refrão e o título da nova faixa, a primeira do duo depois da pandemia, renova a esperança que Tom Rowlands e Ed Simons trazem como tocha: “Viveremos mais uma vez”, cantam no refrão de “Live Again”, que anuncia o álbum For That Beautiful Feeling, que além de Halo também terá participação especial do velho compadre da dupla Beck, e será lançado em setembro (e já está em pré-venda). O anúncio vem acompanhado de um clipe fodaço (pra variar), a capa do disco e o nome das músicas, que você vê abaixo: Continue

O rapper mineiro FBC vai conseguir livrar-se da fórmula do Baile, disco de 2021 que gravou com o produtor Vhoor celebrando o funk brasileiro da virada do milênio. Puxado pelos hits “Se Tá Solteira”, “De Kenner” e “Quando o DJ Toca”, o disco atingiu a nostalgia de públicos completamente diferentes no momento em que as festas e shows estavam começando a se tornar uma realidade depois que começamos a ser vacinados contra o coronavírus e transformou a nova dupla em sucesso nacional, com hits unânimes numa época tão fragmentada. Mas colocou um de seus autores numa encruzilhada: FBC sempre percorreu diferentes facetas musicais, sempre com os pés no rap, mas o sucesso de um disco tocando funk carioca talvez o tornasse refém de um gênero musical específico e não conseguisse manter a mesma unanimidade – e aos poucos vem sinalizando um disco puxado pra música eletrônica. O primeiro single “Químico Amor“, resvala demais na conexão Olivia Newton-John com a Dua Lipa no limite do pastiche – as referências são tão explícitas, inclusive no clipe, que a música parece presa à sonoridade alheia. Mas o passo dado no single que ele lançou nessa sexta-feira é firme: “Madrugada Maldita” trabalha naquele território dos sintetizadores oitentistas em que Giorgio Moroder e John Carpenter se juntam num back to back para inventar o Daft Punk, mas acerta mesmo na letra, ao reverenciar num hit irrepreensível esse lugar não-lugar da noite e da internet em que nos perdemos “online por aí”, perambulando pelos insones, falando com segundas (e terceiras e quartas) possíveis companhias e intenções, entre carretas de vacilo, benditas almas pequenas e de quem te chama na DM pra “te livrar do perigo do textão”. Se o disco for pra esse lado, o Baile pode ficar pequeno.

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Transe elétrico

Sem lançar discos desde 2021 (quando pariu o ótimo Things Take Time, Take Time no segundo ano da pandemia, nossa querida Courtney Barnett acaba de anunciar seu quarto álbum, em clima de despedida. O disco instrumental End Of The Day é a trilha sonora para o documentário Anonymous Club que o diretor Danny Cohen fez sobre a cantora no mesmo ano em que lançou seu disco mais recente e é também o último lançamento que Courtney faz de seu selo, Milk Records, que tinha com a também cantora e compositora Jen Cloher. Este ciclo é fechado com um álbum etéreo, transe elétrico de microfonias de guitarras primo dos experimentos ambient do Sonic Youth em sua gravadora. Para anunciar o disco que será lançado em setembro e já está em pré-venda, ela reuniu as três faixas que abrem o disco (“Start Somewhere”, “Life Balance” e ” First Slow”) num mesmo vídeo.

Veha a capa, o nome das músicas e o clipe com os primeiros singles abaixo: Continue

A parceria da cantora curitibana Betina com o grupo sergipano Cidade Dormitório apareceu no disco que o grupo lançou no ano passado, mas só ganha clipe este ano, quando a diretora Alice Stamato convenceu os dois a retratar a romance descrito na faixa como uma relação lésbica. “Essa música de amor retrata o distanciamento, o desmembramento e o reconhecimento individual, assim como as placas tectônicas que se afastam após uma colisão”, teoriza Betina. “Ela destaca especialmente o momento da separação física e mental, mesmo que os indivíduos não consigam se afastar emocionalmente.” O clipe estreia nesta sexta-feira, mas já pode ser assistido em primeira mão aqui no Trabalho Sujo.

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Depois de uma temporada na Holanda, o cantor e compositor Gabriel Milliet voltou para o Brasil com a mala cheia de novas canções, boa parte delas falando sobre a distância e a saudade do Brasil e o fato de estar morando em outro país. De volta pra nossas bandas desde o ano passado, ele começou a pensar em seu primeiro álbum e começa a mostrá-lo a partir desta sexta, quando lança o primeiro single, “Silêncio Brutal”, que ele antecipa em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. Gabriel explica que escolheu essa música para começar seus trabalhos de forma menos racional, mais por ela parecer uma música de abertura: “Ela tem tanto o lado introspectivo e autobiográfico da poesia do álbum como um olhar pra São Paulo como um personagem longe e distante, que eu tinha saudade. Filmado e editado pelo próprio Gabriel numa câmera de VHS, o vídeo contrapõe imagens de São Paulo às do artista sozinho na mesma cidade, em cenas capturadas pelo amigo Pedro Pastoriz. “Trabalho fazendo trilha sonora pra audiovisual, achei legal estar do outro lado. Normalmente eu fico refém das imagens para fazer uma música que caiba, desta vez achei legal escolher que imagens vão estar na música”.

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E como a Olivia Rodrigo subiu alguns degraus neste novo single, hein? “Vampire”, lançado sexta passada, abre os trabalhos de seu segundo álbum, Guts (programado para sair em setembro), e evolui de uma balada lacrimosa e dramática para um soco na cara de um ex que não poupa palavras para tirar as vísceras de seu alvo: “Seis meses de tortura que você vendeu como um paraíso proibido, eu te amei de verdade, você deve rir dessa estupidez”, destila o rancor em seus versos à medida em que a música vai ficando mais agressiva, “Pois fiz grandes erros, mas você faz o pior deles parecer bom/ Eu devia ter estranhado que você só aparecia de noite/ Pensava que eu era esperta, mas você me fez parecer ingênua/ A forma como você me vendeu enquanto afundava seus dentes em mim/ Chupador de sangue, fodedor de fama, me sangrou até secar como um maldito vampiro”. Na primeira faixa do novo disco, ela segue um crescendo parecido com a faixa-título do segundo disco de Billie Eilish, Happier than Ever, mas trabalha com o mesmo assunto de uma forma muito mais intensa do que a de sua conterrânea da Califórnia. O clipe do novo single, dirigido por Petra Collins, transforma o início da faixa em uma citação de um clássico da Hammer (Drácula, o Perfil do Diabo, com Christopher Lee) num acidente de gravação que transforma-se numa perseguição policial e um ato de desespero, aumentando a tensão do clipe à medida em que a música torna-se mais trágica. Dá pra imaginar direitinho a convulsão catártica do público durante os shows…

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Ainda não sabemos se o Blur toca no Brasil esse ano – nem se toca no Primavera ou no Popload -, mas o grupo inglês tem compromisso marcado neste julho com o lançamento de seu novo disco de inéditas, cuja expectativa aumenta com uma música nova: “St. Charles Square”, o segundo single de The Ballad of Darren, talvez seja o mais próximo que o grupo liderado por Damon Albarn tenha chegado de volta à sonoridade que o tornou popular nos anos 90, o britpop. A principal diferença é a força das guitarras de Graham Coxon, que nunca soaram tão barulhentas quanto nessa nova música.

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“Sim, cê acertou, eu gostei”, assim a carismática Amélia do Carmo nos apresenta à nova cara da banda mineira Varanda, ela que é parte crucial deste novo momento, uma vez que assumiu os vocais do grupo de Juiz de Fora há menos de um ano. “Gostei”, que o quarteto de Juiz de Fora lança nesta sexta-feira (e antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo), é o primeiro passo dessa transformação. “É o primeiro single da banda comigo nos vocais”, continua Amélia, “entrei pra banda no fim do ano passado e esse é um trabalho de apresentação, digamos que mais formal, com arranjos de banda completa”, explica a nova vocalista, que cantou no segundo EP da banda, lançado no começo do ano com versões acústicas de músicas que já haviam sido lançadas no disco anterior com a vocalista original. Paula Mendes. Assista abaixo o clipe da música: Continue