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Clipe

Veloce

O trio de jazz punk Atønito, liderado pelo saxofonista Cuca Ferreira do Bixiga 70 era uma das atrações, ao lado de Thiago França, da #SextaTrabalhoSujo desta semana, quando aproveitariam o show no Estúdio Bixiga para mostrar mais uma das músicas para seu próximo álbum, Aqui. A pesada “Veloce” chega em primeira mão no Trabalho Sujo mesmo em tempos de clausura, mostrando uma São Paulo pré-epidemia, de cabeça para baixo. “Direto do confinamento, fomos surpreendidos por nosso próprio planejamento pré-quarentena”, explica Cuca. “‘Veloce’ é uma música que fala sobre o excesso de trabalho, excesso de correria, excesso de competição, excesso de cada um por si, ‘excesso de excessos’ que a vida nos impõe, ou pelo menos impunha, até que o mundo desse esse freio de arrumacão que estamos vivendo agora. Como a gente vem fazendo com esse disco, convidamos um artista pra fazer o clipe, sem dar nenhum direcionamento”. Edu Marin é artista gráfico e fez as fotos e as obras que ilustram cada single do disco e foi chamado para dirigir o clipe, além assinar a capa do single (acima), retirada de uma série chamada Simulacros da Memória Imperfeita. A direção de arte é da Ciça Goes.

Aqui teoricamente seria lançado em junho, mas Cuca não sabe como ficam as coisas com a situação atual que vivemos. Mas não baixa a cabeça: “Vamos em frente, sem chororô, e na torcida pela consciência coletiva e pela cura!”

Dance soviético

dlinavolny

O trio bielorrusso Dlina Volny, obcecados por new wave e pós-punk da União Soviética do começo dos anos 80, começam a mostrar seu próximo trabalho a partir do single de “Do It”. Apadrinhados pelo Johnny Jewel dos Chromatics, eles terão seu primeiro disco, Fresh Blood, lançado pela Italians Do It Better, do próprio Jewel – e o grupo tem tudo a ver com a estética oitentista do selo.

aiye2020

Larissa Conforto chama a alegoria da caverna de Platão em mais um single antes de seu primeiro disco solo, no trabalho que assina como Àyié. Na colagem audiovisual “O Mito E A Caverna”, que tem a participação do Lupe de Lupe Vitor Brauer, ela mistura a intensidade deprimente e violenta dos dias atuais num spoken word que se abre em camadas líricas e melódicas que misturam drum’n’bass, trip hop, samples de jazz e palavras de ordem, conectando as notícias deste século com a história da humanidade.

É só um aperitivo do que podemos esperar deste primeiro disco, batizado de Gratitrevas, que será lançado na próxima sexta, dia 20.

flume-toroymoi

“The Difference” é a primeira colaboração entre o produtor norte-americano Toro y Moi e o australiano Flume e apesar de funcionar, fica muito aquém do esperado, com uma melodia apenas OK sobre uma base drum’n’bass sem muita inventividade, lembrando uma música-tema de cobertura de Jogos Olímpicos de algum canal de TV a cabo, um jingle composto pelo Foster the People. É quase inofensiva – tomara que a parceria evolua para além disso.

Com os Mombojó

desagua

Em mais um trabalho como diretor artístico, começo a trabalhar com o grupo pernambucano Mombojó a partir de seu próximo lançamento – a trilha para o longa metragem Deságua, lançado na surdina durante o ano passado. É que o grupo anunciou que o projeto MMBJ12, que reunia 12 novas canções lançadas durante 2019, no fim seria reunido em um disco, mas não que os clipes, quando colocados na ordem do disco (diferente da ordem de lançamento), contam uma história, num longa metragem assinado pelo diretor dos clipes, Luan Cardoso. Os três clipes finais só irão ser revelados ao vivo, quando o grupo toca enquanto o filme é exibido – e o disco, que se chama Trilha Sonora Original do Filme Deságua, conta com participações de Guilherme Arantes, Sofia Vaz, da banda carioca Baleia, e Hervé Salters, do grupo francês General Elektriks, Lenine e Fernando Haddad. Os primeiros shows acontecem agora em março, dia 19 em Porto Alegre, dia 20 em São Paulo e dia 21 no Rio de Janeiro. Aos poucos vou anunciando as novidades por aqui.

mombojo-desagua

semmedo

A cantora e compositora carioca Mahmundi volta a dar sinal de vida ao lançar “Sem Medo”, um reggaeinho bem na manha e bem alto astral, indo de encontro à maré de bad vibe que atravessa o Brasil atualmente. O single foi produzido por Davi Moraes, que também toca guitarra na faixa, e faz com que ela volte a dar notícias – felizmente, boas notícias.

Chega mais, Marcela!

brockhampton-sugar-remix

A cantora inglesa Dua Lipa dá mais um passo rumo ao topo e conseguiu entrar na versão remix que o grupo norte-americano lançou para o grande hit de seu disco Ginger, do ano passado, uma das melhores músicas de 2019. O resultado deixou a música mais suave ainda, sem mexer demais – mas a colisão entre estes dois universos é um caminho sem volta…

famousmonsters

Depois de passar quase uma década para lançar o sucessor do perfeito Kill for Love (o ótimo Closer to Grey), Johnny Jewel retoma a produção compulsiva que sempre caracterizou seus Chromatics – e logo após lançar mais um single no início do ano, o grupo volta agora com a seca “Famous Monsters”.

https://www.youtube.com/watch?v=KxbEBcq5tEc

Até isso tudo virar um disco lá se vão anos… Mas nem tô reclamando.

Que venham as Haim

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O trio de irmãs Danielle, Este e Alana Haim anunciam finalmente seu terceiro álbum, que já vêm instigando desde o ano passado. Women in Music Pt. III já está em pré-venda – a capa é esta acima – e deve ser lançado no dia 24 de abril. E para aproveitar o anúncio, o grupo lança mais um clipe dirigido por Paul Thomas Anderson – com os três clipes anteriores, “Summer Girl”, “Hallelujah”, e “Now I’m In It” -, “The Steps” vem codirigido por Danielle, que também assina a produção com Ariel Rechtshaid e Rostam, que já vêm trabalhando com a banda.

jarv_is

Quando Jarvis Cocker, o eterno homem Pulp, anunciou que estava montando uma nova banda no ano passado, disse que seu novo grupo, batizado infame e genialmente (como tudo que ele faz) de Jarv Is, disse que o novo projeto era uma experiência ao vivo antes de mais nada. Formado por Serafina Steer (harpa, teclados e vocais), Emma Smith (violino, guitarra e vocais), Andrew McKinney (baixo e vocais), Jason Buckle (synths e programações eletrônicas) e Adam Betts (percussão e vocais), o grupo era uma tentativa de compor novas músicas ao lado do público, mas felizmente o produtor do Portishead Geoff Barrow os convenceu a registrar o processo em um disco, que Jarvis anunciou com o lançamento do single “House Music All Night Long”:

Batizado de Beyond the Pale, o novo disco será lançado no primeiro dia de maio, já está em pré-venda e incluíra o primeiro single do grupo, lançado ainda no ano passado, “Must I Evolve?”

A capa e o nome das músicas estão logo abaixo:

beyondthepale

“Save the Whale”
“Must I Evolve?”
“Am I Missing Something?”
“House Music All Night Long”
“Sometimes I am Pharaoh
“Swanky Modes”
“Children of the Echo”