Jovem Guarda hoje

O Itaú Cultural fez um especial sobre a Jovem Guarda, com farto material multimídia e vários textos sobre o tema – vale a visita. E entre artigos assinados por bambas como o Fernando Rosa e o Ricardo Alexandre, me pediram para escrever uma matéria sobre a influência do movimento cultural no pop brasileiro do século 21. Olha o texto aê (para o ler o original, entre no site e clique na seção Textos).

***

E que tudo mais vá pro inferno

Geração pop endossa a importância da jovem guarda para a história da música brasileira

Dá para imaginar o que seria da música brasileira se não houvesse a jovem guarda? Mesmo que não possa ser ouvido como um gênero específico – afinal, começou como a diluição do impacto mundial do rock por meio do senso estético e passional da América Latina –, o movimento talvez tenha sido o principal fenômeno musical do século passado no Brasil. Sua força vai além das canções e dos filmes de Roberto Carlos. Jovens, urbanos e elétricos, seus músicos conseguiram atingir o país com o mesmo impacto dos reis e das rainhas do rádio nas gerações anteriores e tiveram suas principais características absorvidas por quase todos os músicos, compositores e intérpretes que vieram em seguida. Do samba-rock ao tropicalismo, passando pela cena funk/soul dos anos 1970, pelos Mutantes e pela própria MPB, e indo até a música sertaneja e o rock dos anos 1980, todos reconhecem que a jovem guarda foi uma das manifestações populares mais autênticas da música brasileira, cuja repercussão ainda é sentida no país.

Por mais diverso e esquizofrênico que pareça ser o cenário pop atual, ele tem suas raízes inteiramente vinculadas ao movimento inaugurado pelo trio Roberto, Erasmo e Wanderléa. E da jovem guarda é possível colher frutos tão improváveis quanto a eletricidade dançante do trio Autoramas, as guitarras do La Pupuña, a autocrítica pop do Cabaret, o romantismo descarado do Cidadão Instigado, as melodias do Mombojó e o apelo direto de Lucas Santtana, além de toda a escola de rock gaúcho inaugurada pela Graforréia Xilarmônica, do carisma do pernambucano China e do tom confessional do Los Hermanos.

Um exemplo dessa influência direta está em Gabriel Thomaz, do Autoramas, que se reuniu com outros músicos de sua geração para, ao lado do tecladista Lafayette Coelho, reverenciar o período com a banda Lafayette e os Tremendões. Já China e alguns integrantes do Mombojó celebram a importância de Roberto Carlos com o grupo Del Rey. Trata-se de uma geração que cresceu ouvindo esse ritmo sem os preconceitos dos que, naquele período, o tachavam de música descartável ou rotulavam os músicos da jovem guarda de alienados políticos.

“Uma pitada sacana”
“Não sei se existe outro movimento nacional mais influente quando se fala em música popular. Todo mundo ouviu e tirou alguma coisa da jovem guarda, de Caetano Veloso ao brega paraense, de Amado Batista ao Autoramas”, explica Gabriel Thomaz. O gaúcho Frank Jorge, fundador da Graforréia Xilarmônica, concorda: “Foi ela quem trouxe o tipo de formação instrumental baixo, guitarra, bateria, voz e órgão, um novo enfoque para os arranjos”. O paulistano Curumin complementa: “Não consigo imaginar, por exemplo, o que teria acontecido com a tropicália, a psicodelia, o samba-rock e o rock dos anos 1980 caso a jovem guarda não tivesse acontecido”. Para Adriano Sousa, baterista da banda paraense La Pupuña, “o maior legado são as guitarras, os teclados do Lafayette e, claro, as letras, ingênuas mas com uma pitada sacana”.

Márvio dos Anjos, da banda Cabaret, teoriza: “Radicalizando, sem a jovem guarda o cenário pop do Brasil teria abraçado esse conceito babaca de linha evolutiva da MPB de raiz. Haveria rock, mas Cabeça Dinossauro [1986], dos Titãs, por exemplo, não seria precedido por canções deliciosas como Sonífera Ilha e Insensível. O Los Hermanos teria inaugurado a carreira com Bloco do Eu Sozinho [2001], e perderíamos Anna Júlia, que é a obra-prima deles. Sem falar o que devem a eles várias bandas do fim dos anos 1990, como Autoramas, e todo o rock gaúcho. Por outro lado, os caminhos de Rita Lee – com o Tutti-Frutti – e de Lulu Santos não teriam sido pavimentados por uma série de corinhos, e talvez eles fossem menos subestimados do que são por parte da geração atual. Enfim, o problema é que, com ou sem jovem guarda, o Brasil ainda é muito preconceituoso com a música adolescente. A galera quer ver maturidade em tudo e não repara que isso é coisa de velho”.

Já o compositor baiano Ronei Jorge pondera a extensão da influência da jovem guarda: “Não sei se dá para precisar o legado da jovem guarda na atual geração. Muitas coisas se passaram e se misturaram: tropicalismo, bossa nova, música cafona, mangue-beat etc.”. Kassin, que participa de projetos como o + 2 e o Artificial, além da banda Acabou la Tequila, pontua: “Acho que as gravações mudaram muito com a jovem guarda – a forma de orquestração, a introdução da guitarra. Isso abriu as portas para o que veio depois”. BC, guitarrista da banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, complementa: “Houve um lado tecnológico, quando surgiram guitarras, baixos e amplificadores nacionais”.

Liberdades individuais
O fenômeno pop da jovem guarda deve-se em grande parte à expansão da cultura rock ’n’ roll pelo planeta, que estabeleceu um novo parâmetro para a música feita no Brasil. “A jovem guarda é a precursora do rock no país e tem um papel importantíssimo num conceito de rock sobre e para a diversão”, continua Márvio. “Hoje, o engajamento político está cada vez mais démodé, as democracias estão aí como queríamos, os movimentos sociais e as ONGs, mas o que a nossa geração quer mesmo são as liberdades individuais. A jovem guarda falava disso e virou referência, mesmo com uma rebeldia mais ingênua. ‘Manter a fama de mau’ para sair com mulheres, o sonho com o carro, a insatisfação com a ilegalidade dos prazeres ou com a rigidez da moral vigente”. Kassin emenda: “Para mim, aquelas músicas do Chico Buarque falando coisas pelas beiradas não faziam o menor sentido quando eu era adolescente. Minha reação era: ‘Por que ele não fala o que está pensando?’. Claro que hoje entendo melhor o período, mas a jovem guarda não precisava ser explicada”.

“Música emociona ou não emociona”, diz o cearense Fernando Catatau, guitarrista e líder do Cidadão Instigado. “As pessoas queriam ouvir canções politizadas no Brasil, então qualquer uma que não fosse assim parecia não ser legal. E na jovem guarda era tudo muito simples e puro”. Frank Jorge concorda: “Os tempos pediam posicionamentos. E eles diziam coisas que faziam sentido para eles e, é claro, para milhões de brasileiros. Podiam não ter uma postura política orgânica, engajada, mas a exerciam na prática”.

“Quase orixás”
Lucas Santtana cita uma música como exemplo da força do movimento: “Quero que Vá Tudo pro Inferno, de Roberto e Erasmo Carlos, já começa negando a tradição da canção popular brasileira ao indagar: ‘De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar?’. Símbolos que sempre foram orgulho nacional são postos à prova para no refrão culminar no que Fausto Fawcett chamaria de ‘puro-desabafo-egotrip-adolescente’: ‘Só quero que você me aqueça nesse inverno/E que tudo mais vá pro inferno’”. Gabriel concorda: “A jovem guarda reside no trio Roberto, Erasmo e Lafayette, e Quero que Vá Tudo pro Inferno tem o dedo dos três. É o som característico da jovem guarda”. “É uma obra-prima”, afirma China. “Como um artista consegue fazer sucesso com uma música que manda tudo pro inferno? É meio surreal se levarmos em conta todo o momento político da época.”

A dupla Roberto e Erasmo tem papel crucial nessa história: “É clichê falar deles como Lennon/McCartney, Jagger/Richards, mas a alimentação entre os dois, a provocação, as piadas internas, a competição e a busca por aprofundamento de caminhos musicais sem sair do pop os tornam artistas muito mais interessantes. Como se não bastasse o repertório”, lembra Márvio.

Lucas Santtana pontua que “a canção popular brasileira foi geneticamente modificada pela dupla e sua herança é nítida até hoje quando ouvimos artistas atuais como China, Ronei Jorge, Catatau, Rubinho Jacobina e Flavio Basso”. “Os dois são quase orixás”, arremata Kassin.

Little Joy só amanhã


“No One’s Better Sake” em Porto Alegre

Decidi, só vou amanhã: mas já me avisaram que o show de hoje começa à meia-noite e o de quinta às 22h, por isso, não se atrase. E olha só quem vai abrir o show dos caras aqui em São Paulo…

Se alguém filmar ou tirar foto, dá um alou depois aê – quando o LJ estiver no palco, estarei vendo o Lost, hehehe

Registro Geral

Surfe no YouTube, foco no rock independente brasileiro e olha só a relação de filé mignon que eu separei aí embaixo… E eu sei que tem mais, mas se liga:

Calma” e “Pinto de Peitos” – Cidadão Instigado
Chuva Negra” e “Mestro” – Hurtmold
Câncer” – Walverdes
Rainmaker” – Grenade
Swinga” – Mombojó
Máquina de Ricota” – Bonde do Rolê
Noite” – Ronei Jorge & os Ladrões de Bicicleta
Babydoll de Nylon” – Karine Alexandrino
Querida Superhist x Mr. Frog” e “Beatle George” – Jupiter Maçã
Burn Baby Burn” – MQN e o Marquinho Butcher
Nada a Ver” – Autoramas
Blablabla” – Pipodélica

Bonus track: Clipe não-autorizado para “Alala”, do Cansei de Ser Sexy, gravado na Torre (esse aqui é o oficial e aqui a mesma música no trio elétrico do Skol Beats, junto com o Camilo Rocha).
Bonus track dois: Teenage Fanclub no No Ar: Coquetel Molotov, em Recife (“What You Do To Me“, melhor impossível)., que dá a deixa pra outro tópico – shows gringos no Brasil.

Ajudem aí. Tanto esse quanto o próximo. Inclusive vocês que têm um monte de vídeos desses em casa.

Can you hear me?

Você sabe como RSS funciona? Tá bom, eu quebro seu galho nessa:

VF 22 – Curtis Mayfield, três “Come Together”, hip hop, Demian Marley, Stones, RATM, De Leve de novo, Mario Bros. do rap, Nação e pós-punk brasiliense.

– “Superfly” – Curtis Mayfield
– “Caô Fudido” – De Leve
– “100 Years Ago” – Rolling Stones
– “Killing in the Name” – Rage Against the Machine
– “Na Hora de Ir” – Nação Zumbi
– “Welcome to Jamrock” – Demian Marley
– “Super Brooklyn” – Cocoa Brovas
– “Shame on a Nigga” – Wu-Tang Clan
– “Gin & Juice” – Dr. Dre & Snoop Doggy Dogg
– “Get it Together” – Beastie Boys
– “Come Together” – Primal Scream
– “Come Together” – Spiritualized
– “Come Together” – Annie
– “Leve Desespero” – Capital Inicial

VF 23 – Jack Johnson, Racionais, Sublime, “Billie Jean”, beatle George, D2 velho, “Crazy” crazy, Little Quail, Pink Floyd e Black Alien.

– “Crazy (Live at the Top of the Pops)” – Gnarls Barkley
– “Summer ‘68? – Pink Floyd
– “Let it Down” – George Harrison
– “Hoje Eu Tive Um Sonho” – Marcelo D2
– “Vida Loka (Volume II)” – Racionais MCs
– “Mr. Niterói” – Black Alien
– “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” – Nação Zumbi
– “Times Like These (Live)” – Jack Johnson
– “Get Ready” – Sublime
– “Billie Jean” – Michael Jackson
– “I Feel Love” – Curve
– “Get Ready for Love” – Nick Cave & the Bad Seeds
– “Monkey Man” – Rolling Stones
– “Elvis Não” – Little Quail & the Mad Birds

VF 24 – Gal árabe, Chambaril, “Same different day”, Nick Drake tocando Bob Dylan, lição quatro, amigos venezuelanos, “A Lenda”, Delicia Keys, D2, Aowri e Marechal, Incredible Bongo Band, Deltron 3030, Madonna e Britney, Ganja Baby, Gorillaz, Love, Patsy Cline e and the beat goes on.

– “Desculpa Aí” – Chambaril
– “Blue” – Elastica
– “Karma” – Alicia Keys
– “Groundhog Day” – Mayday (feat. Cee-lo)
– “Ganja Baby” – Queen Omega
– “Virus” – Deltron 3030
– “Tuareg” – Gal Costa
– “And the Beat Goes On” – Buddy Rich
– “Fatalmente” – Mombojó
– “Dare!” – Gorillaz
– “Don’t Think Twice (It’s Allright)” – Nick Drake
– “Orange Skies” – Love
– “Venezuelan Zinga Son” – Los Amigos Invisibles
– “Sábado Zoeira (com MC Awori)” – Marcelo D2
– “Lesson 4? – Double Dee + Steinski
– “A Lenda” – Quinto Andar
– “Me Against the Music” – Madonna e Britney Spears
– “Signs” – Justin Timberlake, Snoop Doggy Dogg e Pharrell
– “Goodies” – Ciara (feat. Petey Pablo)
– “Apache” – Incredible Bongo Band
– “Three Cigarrettes in an Ashtray” – Patsy Cline

VF 25 – Seqüência do Bruno conta com Cidadão Instigado, Gnarls Barkley, Ellen Allien & Apparat, “Baranga”, LCD, M.I.A., Lucas Santtana, Yeah Yeah Yeahs, Mombojó, Bugz in the Attic, Arctic Monkeys, Echo Sound System remixado pelo Turbo Trio e Bob Esponja.

– “Ghettochip Malfunction (Hell Yes remixed by 8-Bit)” – Beck
– “Black Tongue” – Yeah Yeah Yeahs
– “Dancing Shoes” – Arctic Monkeys
– “Os Urubus Só Pensam em Te Comer” – Cidadão Instigado
– “Do Not Break” – Ellen Allien & Apparat
– “The Last Time” – Gnarls Barkley
– “Baranga” – João Brasil
– “Booty La La” – Bugz in the Attic
– “Rookie Rock (Turbo Trio Mix)” – Echo Sound System
– “Tijolo a Tijolo, Dinheiro a Dinheiro” – Lucas Santtana
– “Saborosa” – Mombojó
– “Oh Word” – Beastie Boys
– “Tribulations (Tiga Mix)” – LCD Soundsystem
– “10 Dollar” – M.I.A.
– “Closing Theme” – Spongebob Squarepants

VF 26 – Mogwai novo, Pulp velho, Belchior, Thom Yorke, Kon Kan, Noel e Petshopba, jazz beatle, Chico Buarque, Lily Allen, Floyd com Barrett, João Gilberto canta Caetano e Gang of Four remixado pelo Ladytron.

– “Natural’s Not In It (Ladytron Remodel)” – Gang of Four
– “LDN” – Lily Allen
– “Sujeito de Sorte” – Belchior
– “Lucifer Sam” – Pink Floyd
– “The Trees” – Pulp
– “Glasgow Mega-Snake” – Mogwai
– “Things We Said Today” – London Jazz Quartet
– “Avarandado” – João Gilberto
– “Bye Bye Brasil” – Chico Buarque
– “Nega” – Gilberto Gil & Jorge Ben
– “Left to My Own Devices” – Pet Shop Boys
– “Silent Morning” – Noel
– “I Beg Your Pardon (Mix)” – Kon Kan
– “Cymbal Rush” – Thom Yorke

VF 27 – Pipodélica com Jorge Ben, Outkast novo, rap francês, Hot Chip, Transformer, Stevie Wonder, “Catador de Latinha”, seqüência do Six, Breakstra e Elis & Tom.

– “You don´t need a dance (funkstrumental)” – Breakestra
– “Águas de Março” – Elis Regina & Tom Jobim
– “Bad Luck” – Hot Chip
– “Parepluie” – Le Klub des 7
– “Não Vou Embora (Leo D & William Mix)” – Eddie
– “Morte e Vida Stanley (Originais do Sample Mix)” – Cordel do Fogo Encantado
– “Variant (34 a Mix)” – Variant
– “Mojo (Feat. Rahzel & Dan The Automator)” – Peeping Tom
– “Walk In The Park” – Oh No! Oh My!
– “Loop Duplicate my Heart” – Suburban Kids with Biblical Names
– “Zagueiro” – Xuxu
– “We Can Work it Out” – Stevie Wonder
– “Catador de Latinha” – Galo
– “Mighty O” – Outkast

“I need to know this, cause I noticed you’re smiling”

Enquanto você quer ler, eu falo.

VF 15 – Cornelius remixando Avalanches, Calexo com Iron & Wine, Secos e Molhados instrumental, “Miss Alissa”, Primal Scream novo, Pequeña Orquestra Reincidentes, Queen alternativo, Ave Sangria, “Crazy”, Echo Sound System, Arab Strap, single novo da PELVs, Coco Rosie com o Devendra e Roberto Carlos.

– “We Will Rock You (Live at the King Biscuit Flower Hour)” – Queen
– “Take Your Music Away” – PELVs
– “Since I Left You (Cornelius mix)” – Avalanches
– “Crazy” – Gnarls Barkley
– “Brazilian Sun” – Coco Rosie e Devendra Banhard
– “Anoche” – Pequeña Orquestra Reincendentes
– “A History of Lovers” – Calexo e Iron & Wine
– “Country Girl” – Primal Scream
– “Lobo Mau” – Roberto Carlos
– “Miss Alissa” – Eagles of Death Metal
– “Rats” – Sonic Youth
– “Rookie Rock” – Echo Sound System com Funk Buia e General Smiley
– “O Mais Vendido” – Mombojó
– “Hei Man” – Ave Sangria
– “Instrumental (ao vivo)” – Secos e Molhados
– “Pega a Voga Cabeludo” – Os Brasões
– “Phone Me Tomorrow” – Arab Strap

VF 16 – Supercordas, Searchers, Handsome Boy Modelling School, Cassiano solo, psicodelia alemã, música da demo do Cidadão Instigado, Annie, Junior Senior novo e Jerry Lee Lewis nas entrelinhas.

– “Down Yonder” – Del Wood
– “Poeira” – Cidadão Instigado
– “Novo Prazer” – Mombojó
– “Ruradélica” – Supercordas
– “Shummy Poor Clessford Idea in Troody Tarpest Noodles” – Staff Carpenborg and the Electric Corona
– “He He Ho” – Giants
– “Give Me All Your Love” – Jo Hamann
– “Smiley Faces” – Gnarls Barkley
– “Take My Time” – Junior Senior
– “Gimme Your Money” – Annie
– “This Place Called Feeling” – Cassiano Fagundes
– “Metaphysical (feat. Miho Hatori & Mike D)” – Handsome Boy Modeling School
– “Blue Above the Rooftops” – Eugenius
– “Love Potion Number 9? – The Searchers

VF 17 – De novo “Crazy”, Patife Band, Vianna Moog, Portishead, Mingus, Unrest, Brainfreeze, Mundo Livre S/A, Le Tigre remixado pelo Junior Senior, “Lanchinho da Madrugada” e Simonal.

– “Crazy” – Gnarls Barkley
– “Meu Limão, Meu Limoeiro” – Wilson Simonal
– “Virnalisi (Pilgerowsky Mix)” – Vianna Moog
– “Aerodynamic (Daft Club Remix)” – Daft Punk
– “Nanny Nanny Boo Boo (Junior Senior Remix)” – Le Tigre
– “Soy Loco Por Sol” – Mundo Livre S/A
– “Tô Tenso” – Patife Band
– “Lanchinho da Madrugada” – Bonde dos Magrinhos
– “All Mine” – Portishead
– “Yes She is My Skinhead Girl” – Unrest
– “Tears” – Giorgio
– “Quit Jivin’” – Pearly Queen
– “Dance the Slurp” – 7-Eleven
– “Oh Lord Don’t Let They Drop that Atomic Bomb on Me” – Charles Mingus

VF 18 – Especial Dangermouse, Lalo Schiffrin, o finzinho do Dub Side of the Moon, a nova do Rapture, Babau do Pandeiro, hit do Beck, Zé Gonzalez, LCD, 2ManyDJs, Nação tocando Beatles, uma do Garvey’s Ghost, outra do Devendra e mais uma do Gnarls Barkley.

– “Hotel Daniels” – Lalo Schiffrin
– “Tomorrow Never Knows” – Los Sebozos Postiços
– “Institution” – Burning Spear
– “Brain Damage / Eclipse” – Easy Star All-Stars
– “I Feel Just Like a Child” – Devendra Banhard
– “Devil’s Haircut” – Beck
– “Smells Like Booty” – 2 Many DJs
– “A Luta Continua” – Zegon
– “Skunk Juice” – The Pazant Brothers
– “Somos Seis” – Babau do Pandeiro
– “W.A.Y.U.H.” – Rapture
– “Benzie Box (ft. Cee-lo)” – MF Doom & Dangermouse
– “Gone Daddy Gone” – Gnarls Barkley
– “Tribulations” – LCD Soundsystem

VF 19 – Dia das mães, pós-skolbeats, frito, virado e ponhando DJ set com Annie, Playgroup, LCD, Abba, Cansei, Plump DJs e Prodigy.

– “Beat Connection” – LCD Soundsystem
– “Wedding” – Annie
– “Number One” – Playgroup
– “Gimmie Gimmie Gimmie (A Man After Midnight)” – Abba
– “Bezzi (versão gay versus Sweet Dreams)” – Cansei de Ser Sexy
– “When the Funk Hits the Fan / In Stereo” – Plump DJs
– “Poison” – Prodigy
– “Yeah” – LCD Soundsystem
– “Alala” – Cansei de Ser Sexy
– “Out of Space (Techno Underworld Remix)” – Prodigy
– “Chase the Devil” – Max Romeo and the Upsetters
– “House of Jealous Lovers” – Rapture

VF 20 – Chico Buarque cantando rap, Mombojó que não tá em álbum, Jurassic clássico, Amigos Invisibles, Jay Z com Metallica, Gwen Stefani, Wolfmother e Ian Brown.

– “Dimension” – Wolfmother
– “Rich Girl (featuring Eve)” – Gwen Stefani
– “Gold Lion (Diplo Remix)” – Yeah Yeah Yeahs
– “Lions (with Denise)” – Ian Brown
– “Concrete Schoolyard” – Jurassic 5
– “Ode aos Ratos” – Chico Buarque
– “Tabocas” – Instituto & Z’África Brasil
– “Brainfood” – Burning Spear
– “Labundaracha” – Mombojó
– “Easy Your Mind / Isyormain” – Los Amigos Invisibles
– “99 Problems + Sad But True” – DJ Dangermouse

VF 21 – Só música lançada este ano: Primal Scream, Sonic Youth, Mombojó, De Leve, Gnarls Barkley, Os Princesa, Lucas Santtana, Turbo Trio, Nightmares on Wax, George Belasco & O Cão Andaluz, Aphex Twin, Raconteurs, Matisyahu, Digitaldubs, Lupe Fiasco, Marcelo D2, Vanguart, Fatboy Slim, Mayday e o DJ Gorky remixando Black Eyed Peas.

– “Caô Fudido” – De Leve
– “Pink Steam” – Sonic Youth
– “Smiley Faces” – Gnarls Barkley
– “Nitty Gritty” – Primal Scream
– “My Humps (DJ Gorky Mix)” – Black Eyed Peas
– “Vários Rolé” – Digitaldubs com MC Funk
– “Balança” – Turbo Trio
– “King Without a Crown” – Matisyahu
– “Kick, Push” – Lupe Fiasco
– “Pára-Quedas” – Mombojó
– “Steady as She Goes” – Raconteurs
– “Meu Samba é Assim” – Marcelo D2
– “Mondo, Negativo” – George Belasco & O Cão Andaluz
– “O Massacre da Cena Electro (DJ Fromage du C Instrumental Remix)” – Os Princesa
– “Pitcard” – AFX
– “Pudpods” – Nightmares on Wax
– “That Old Pair of Jeans” – Fatboy Slim
– “Semáforo” – Vanguart
– “A Natureza Espera” – Lucas Santtana
– “Groundhog Day” – Mayday featuring Cee-lo

Eu sei que tu não tá ouvindo e quem dá mole não sou eu…

“E agora o amanhã, cadê?”

Istaile. Os Hermanos podem ter renunciado ao indiesmo em seu último disco, o interminável 4, optando por criar um gênero mutante e duvidoso – uma espécie de MPB rock já arranhado por figurões como Lulu Santos, Paralamas do Sucesso e Skank, nenhum com sucesso. Mas foi uma decisão sonora – apesar dos barcos, dos ventos e das praias bossanovistas de respeito quase barroco (quase mineiro de tão barroco, criando mais uma contradição, a bossa mineira), eles continuam lembrando de onde vieram.

E num heroísmo tão louvável quanto gravar o DVD no Cine Íris, eles se voltam à cena indie Brasil. Primeiro, colocando bandas independentes (quatro por mês em uma rádio online em seu site oficial – tem Marcelo Birck, de cara, o que já marca dez pontos). Depois, convidando três bastiões da cena pra abrir cada um de seus três shows no próximo fim de semana (Nervoso na sexta 13, Hurtmold no sábado 14 e Cidadão Instigado no domingo 15). E, finalmente, deixando gravadoras indies venderem seus discos nos seus shows – e a famosa “banquinha”, que há dez anos vendia fita demo a dez reais, entra de vez no mainstream brasileiro. O fato é tão legal que fez o Lariú se empolgar a fazer uma edição nova do Midsummer Madness – é, o zine que deu origem a tudo, em papel.

Então é isso. 4 é chatão, mas é só a minha opinião. Mas se for pra continuar fazendo discos chatos, do jeito que eles quiserem (esse sim, o grande trunfo do disco), mas se tiverem a manha de continuar com atitudes dessas, maravilha! Porque se você não quiser ouvir, é só não ouvir – eles não precisam ficar empurrando o disco novo na marra pra qualquer um que passa. Massa.

Pequenas epifanias à medida em que o ano embica pro fim

Reciclando um post do meio do ano:

– Um poste no final da ladeira do Paraíso
– Catra + Digital Dubs na Casa da Matriz
– Grenade no Milo e abrindo pra Nação em Curitiba
– Sorvete noturno
– Camilo x Nepal duas vezes, no Fosfobox e na Casa da Matriz
– 15 dias em Floripa
– Quatro parafusos a mais
– Jamie Lidell no Tim Festival
– Catra + Dolores, Nego Moçambique + Gerson King Combo no trio elétrico do Skol Beats
– Batman Begins
– Imersão em Rolling Stones (quatro bios, todos os discos oficiais, filmes, outtakes, raridades)
– Paulo Nápoli na Popcorn
– Disco do primeiro semestre: O Método Tufo de Experiências, do Cidadão Instigado
– DJ Rupture no Vegas
– Tarja Preta 4
– Kings of Convenience no Tim Festival
– Disco de Ouro – Acabou Chorare com Lampirônicos, Baby Consuelo, Luiz Melodia, Rômulo Fróes, Elza Soares e Davi Moraes no Sesc Pompéia – catártico
– Wax Poetic e Vitallic numa mansão em Floripa
– Publicar o Cultura Livre no Brasil
– Damo Suzuki e convidados no Hype
– Baladas gastronômicas
– A mixtape do Nuts
– Quinto Andar e Black Alien no falecido Jive
– Disco do segundo semestre: Futura, Nação Zumbi
– Pipodélica na Creperia
– “Capitão Presença” – Instituto
– Curumin, Jumbo Elektro e KL Jay na Casa das Caldeiras
– Úmero de titânio
– Television no Sesc Pompéia
– Violokê no Chose Inn
– Turbo Trio
– Stuart e Wander Wildner no Drakkar
– Rockstar: depois dos GTA, Beaterator
– Lafayette & Os Tremendões no Teatro Odisséia
– Donnie Darko
– Sandman pela Conrad
– Mylo no Skol Beats
– “The Other Hollywood”
– Weezer em Curitiba
– Buenos Aires
– Comprar livros em Buenos Aires
– Disco de Ouro – Da Lama ao Caos com Orquestra Manguefônica no Sesc Pompéia
– Anthony Bourdain
– Instituto + Z’África Brasil no Vivo Open Air
– Animal Man, de Grant Morrison
– Bátima, com direito à entrevista em vídeo
– Segundas-feiras no Grazie a Dio (Cidadão Instigado, Moreno + 2, Junio Barreto, Hurtmold, Wado, Curumin)
– Transformar uma discotecagem num toque de atabaque pós-moderno (as minhas melhores: duas vezes na Maldita, abrindo pros Abimonistas na Revolution da Funhouse, aniversários da Laura e da Fernanda na Vila Inglesa, esquema lo-profile no Adega, duas vezes duelando com o Guab na Rockmixtape e abrindo pro Satanique Samba Trio e pro Diplo no Milo, aniversário da Tereza no Berlin, com o Cris numa festa fechada no Vegas)
– “Promethea” – ufa!
– Paul Auster
– A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Tim Burton
– Papo sobre o futuro do jornalismo com o Alex Antunes e o Claudio Julio Tognolli na Abraji
– Oséias e Los Hermanos no Trama Universitário
– O melhor duelo de sabres de luz de todos os tempos
– E.S.S. duas vezes, no Atari e na Funhouse
– Dar a dica pro Diplo tocar Cyndi Lauper no bis do set na choperia do Sesc Pompéia (que, aliás, tá com uma caixa nova que, ela mesma, é uma epifania)
– MP3s dos Sebozos Postiços
– O sábado do II Encontro de Mídia Universitária
– A volta do Pink Floyd clássico e Saucerful of Secrets do Nicholas Schaffner
– Sopa e chá na hora certa
– O novo do Cronenberg
– Sebozos Postiços no Vivo Open Air
– Temporada no Takara no Coisa Fina
– Ju, Ana, Dan, Fab, Tati – uma senhora equipe de trabalho
– DJs residentes: MZK, Bispo, Guab e Miranda
– China e Mombojó no Sesc Pompéia
– “Quanto Vale ou É Por Quilo” – só falta ser mais pop pra sair do cineclube (alguém explica o Michael Moore pro Sérgio Bianchi e ele pára com o pessimismo “já era”)
– Labo e SOL num Blém Blém quase vazio
– Wilco no Tim Festival
– Ter certeza que nunca tanta música ruim e desinteressante foi produzida na história como hoje – fora do Brasil (inclua o nome que você imaginar nessa lista – do Nine Inch Nails ao Coldplay passando pelo Wolf Eyes e Teenage Fanclub, ou Weezer e Sleater-Kinney). Só o Jack Johnson e o Franz Ferdinand salvam
– Aqui dentro, por outro lado, é outra história
– Jazzanova no Ampgalaxy
Piratão, do Quinto Andar
– Walverdes no Rose Bon Bon
Milo Garage
– Pipodélica e Zémaria no Avenida
– “Feel Good Inc.”, colosso
– It Coul Have Been So Much Better – Franz Ferdinand
– Jurassic 5 em duas noites em Santo André
– Bad Folks abrindo pro Mundo Livre em Curitiba
Sites de MP3 e mixtapes de funk carioca
– De La Soul no Tim Festival
– Mike Relm no Vegas
– “I Feel Just Like a Child”, Devendra Banhart
– Entrevistar o J.G. Ballard por fax
– Mercury Rev, perfeito, em Curitiba
– Sessão privada do Sou Feia Mas Tou na Moda com a Laura, a Denise, o Bruno, o Boffa, o Diplo e a Mia
– O livro do Sílvio Essinger
– Sonic Youth no Claro Q É Rock de São Paulo
– Chopinho vespertino numa Curitiba belga
– Acompanhar as turnês do Mundo Livre S/A e da Nação Zumbi pelo sul do Brasil
– Superguidis ao vivo
“Galang”
– Abajur pra sala no quarto
– “Music is My Hot Hot Sex” – Cansei de Ser Sexy
– As voltas do Akira S e do DeFalla
– Gravação do DVD do Otto
– Chaka Hot Nightz
– A volta da Bizz (muito istaile)
– R2D2 do Burguer King
– “Nada melhor do que não fazer nada…”, Rita Lee, mesmo que só em canção, realmente sabe das coisas
– Cuba! – e com a Laura…