João Barisbe: Turismo Inventado

Maior prazer começar o mês de setembro com a temporada que o maestro saxofonista João Barisbe apresenta todas as segundas do mês, chamada de Turismo Inventado, em que convida o público a visitar paisagens sonoras entre a música pop e a música de concerto, visitando referências tão distintas quanto Rogério Duprat, Moacir Santos, David Axelrod e Quincy Jones. Ele apresentará a cada semana o mesmo repertório arranjado para diferentes formações, sempre ancorado por famílias de instrumentos distintas. Na primeira noite, no primeiro dia do mês, ele visita os sopros e convida Thais Ribeiro (flauta), Guizado (trompete), Filipe Nader (sax alto), Gabriel Milliet (sax tenor e flauta) e Fernando Sagawa (sax barítono), todos acompanhados por Helena Cruz (baixo) e Biel Basile (bateria), além de trazer Loreta Colucci como cantora convidada. Na segunda noite, dia 8, ele chama o Quarto Ibá (formado pelas violinistas Leticia Andrade e Mica Marcondes, pela violista Elisa Monteiro e pelo violoncelista Thiago Faria) e conta com Thais Ribeiro e Gabriel Milliet como vocalista. No dia 15, ele foca em percussão com Charles Tixier na bateria, Beto Angerosa nas percussões, Pedro Abujamra no piano e Arthur Decloedt no baixo, além de ter como cantores convidados Sophia Chablau e Pedro Pastoriz. Na última segunda da temporada, dia 22, ele reúne todos os 19 convidados no formato orquestra. Vai ser épico. Os espetáculos começam pontualmente sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.

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Transe delicado

O encontro de Gabriel Milliet, Stephanie Borgani e Lucca Francisco no Centro da Terra nesta terça-feira consagrou a parceria que os três vêm trabalhando há dois anos, entrelaçando canções próprias, temas instrumentais e músicas de outros autores num longo transe delicado, quase meditativo, em que poucos instrumentos, tocados de forma minimalista, preenchem os espaços mínimos deixados pelo encontro das vozes dos três, quase sempre cantando em sincronia. Na apresentação desta terça, eles conseguiram chegar a um ponto de equilíbrio entre flauta, violão, guitarra, piano, sintetizador e efeitos que funcionou como uma base instrumental magnética para mantras de voz ou instrumentais que ainda passearam por “Ponta de Areia” (do Milton Nascimento), “Banana” (da Joyce) e “Cidade Nova” (do Edu Lobo).

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Gabriel Milliet + Lucca Francisco + Stephanie Borgani: Espaço Semelhante

Encerramos nesta terça-feira a programação de música de agosto no Centro da Terra quando recebemos uma apresentação formal de um projeto que vem sendo burilado por três cantores e musicistas a partir das composições próprias e alheias. O espetáculo Espaço Semelhante reúne Gabriel Milliet, Lucca Francisco e Stephanie Borgani visitando, de forma meditativa, lúdica e com aberturas para o improviso, canções em forma de transe, acompanhadas de poucos instrumentos, como guitarra, violão, flauta, piano e sintetizador, em arranjos minimalistas. O espetáculo começa sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.

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Rita e o titã

Rita Oliva encerrou com chave de ouro a temporada Em Brisas bolada com seu nome artístico Papisa, em que recebeu diferentes convidados a cada segunda-feira deste mês. E o convidado da noite se materializou a partir de sua coragem, como ela comentou no meio da apresentação, ao chamar o titã Paulo Miklos para dividir o palco do Centro da Terra com ela, que ela não conhecia pessoalmente, abordado através de mensagens no Instagram. A cara de pau deu certo e os dois não só fizeram uma linda apresentação a dois – visitando o repertório um do outro sempre em dupla -, como passearam por canções alheias (passando por músicas de Tim Bernardes, Evinha, Sabotage e, claro, Titãs) e mostraram até músicas que compuseram juntos especialmente para esta ocasião. Trocando de instrumentos, passaram do baixo para a guitarra para o violão para o bandolim para o piano e para a flauta, além de contar com a participação do pernambucano Arquétipo Rafa, que havia tocado com Rita na semana passada, e voltou ao palco do teatro para encerrar a noite. Foi demais.

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Centro da Terra: Setembro de 2025

Chegando ao final de agosto, é hora de anunciarmos as atrações musicais que subirão ao palco do Centro da Terra nas segundas e terças-feiras de setembro. A temporada do mês fica por conta do saxofonista e arranjador João Barisbe, que aproveita as quatro primeiras segundas-feiras do mês para desenhar uma mesma obra dividida em quatro versões. Turismo Inventado terá diferentes convidados a cada primeiro dia da semana. Na primeira terça do mês (dia 2), o baixista Valentim Frateschi comemora seu aniversário no palco do teatro, antecipando o lançamento de seu primeiro disco solo, Estreito, numa apresentação com vários convidados. Na semana seguinte (dia 9), é a vez do baterista Theo Ceccato mostrar uma versão de câmara de seu projeto impetuoso chamado Pah!, em que divide a noite com o xará Téo Serson num espetáculo batizado de Competição De Cuspe A Distância. Na terceira terça do mês (dia 16), é a vez do homem violeta de outono Fabio Golfetti mostrar todo seu ar ambient e progressivo em uma apresentação solo chamada de Música Planante. Na quarta terça-feira do mês (dia 23), a artesã sonora Lea Taragona apresenta a nova fase de seu projeto Dibuk no espetáculo Uivo. Encerrando o mês, na última segunda de setembro (dia 29), a dupla Luli Mello e Leo Bergamini mostram o trabalho que vêm desenvolvendo a dois no espetáculo Planeta Antiguinho e o mês termina na última terça (dia 30), quando o quarteto catarinense Tutu Naná antecipa mais um disco que lançam esse ano, chamado de Masculine Assemblage. Os espetáculos começam pontualmente sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.

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Pela recepção

Sem explicações ou palavras, Lorena Hollander e o Novíssimo Edgar conduziram a audiência do Centro da Terra nesta terça-feira a um transe de matizes indianas ao descortinar seu Hotel Shiva pela primeira vez em uma apresentação pública, para além de seus círculos internos. Enquanto o artista de Guarulhos mostrava seu lado músico disparando bases e tocando flautas, um trompete de madeira e kalimba, a multiinstrumentista paulistana exibia seu domínio do kotô – uma gigantesca e tradicional cítara japonesa – sobre bases eletrônicas que às vezes desfaziam-se em texturas e noutras marcavam beats, quase sempre distorcendo o timbre ancestral com seus pedais de efeito. Edgar desafiou-se a passar toda a apresentação sem soltar sua conhecida voz, deixando-a soar apenas como um vocalise no último movimento da peça contínua que os dois mostraram por uma hora, como Lorena já vinha cantando sem palavras no decorrer da noite. Ornando a apresentação, vídeos traziam trechos de filmes indianos que ajudavam-nos a entrar pela recepção deste Hotel, que deve virar disco em breve.

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Novíssimo Edgar + Lorena Hollander: Hotel Shiva

O encontro do Novíssimo Edgar com Lorena Hollander parece musicalmente improvável, uma vez que os experimentos de canto falado do poeta de Guarulhos parece ter poucas intersecções com o trabalho que a multiinstrumentista toca em seu projeto pessoal Ushan, mas os dois se encontraram ao cantar sobre música como cura e juntos apresentam o espetáculo Hotel Shiva, que definem como um portal que se abre para um espaço-tempo que faz forças arquetípicas e tecnologias intuitivas se encontrarem usando instrumentos eletrônicos e ancestrais como o koto (harpa tradicional japonesa) e a kalimba, além de guitarras, sintetizadores e percussão e conduz seu transe hipnótico nesta terça-feira, no Centro da Terra. O espetáculo começa sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.

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Aceitando o minimalismo

Alinhamento perfeito no encontro entre Papisa e Arquétipo Rafa proporcionado como mais um capítulo da temporada que a primeira está fazendo no Centro da Terra. Ao reduzir as canções dos repertórios de ambos a poucos instrumentos (Rita entre guitarra, piano e synths e Rafa entre a bateria e o baixo synth) inevitavelmente deixaram seus arranjos mais minimalistas e isso fez com que pudessem se aprofundar bem nas próprias músicas, nas versões alheias que fizeram (passaram por “Na Hora do Almoço” de Belchior, “Esperar Pra Ver” de Evinha e “Wicked Game” de Chris Isaak, que fechou a noite) e até uma inédita, que compuseram para a ocasião. No meio do show, os dois convidaram a cantora Luna França, que passou por uma tragédia pessoal que, felizmente, conseguiu contornar e voltar aos palcos, para participar de uma música nova de Rafa chamada “Pode Vir”, quando o baterista foi para o piano, Rita para a guitarra, deixando a convidada soltar sua voz num momento tocante. Foi bem bonito.

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Nova camada de sensibilidade

Ao revelar parte de seu próximo álbum num Ensaio Aberto conceitual que organizou nessa terça-feira no Centro da Terra, Sessa compartilhou outros segredos com o público que encheu o teatro na noite gelada. Dois destes foram contados logo ao início da apresentação quando, depois de tocar duas inéditas ao lado de Marcelo Cabral, Biel Basile e Ina, ele convidou para o palco a multiinstrumentista Lê Veras, que assumiu o piano da noite, abrindo uma nova camada na sonoridade em seu trabalho, que, outra revelação da noite, se chamará Pequena Vertigem de Amor. Ao lado dos quatro, mostrou algumas das novas músicas e como o casamento de seu violão com a bateria de Biel e o baixo elétrico de Cabral, com as teclas de Lê e da sempre belíssima voz de Ina deu uma nova sutileza, tornando ainda mais leve sua musicalidade. A segunda parte do show contou com músicas de seus dois primeiros discos, dentro dessa nova faixa de sensibilidade (fora o piano, que não esteve nessa metade), e Sessa encerrou a noite com a mais bela versão para sua “Gata Mágica”, com Cabral tocando seu instrumento com um arco de cello.

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Sessa: Ensaio Aberto

Nesta terça-feira recebemos Sessa mais uma vez no palco do Centro da Terra, quando faz um Ensaio Aberto do que será seu terceiro disco solo, programado para ser lançado em novembro deste ano. Ele vem acompanhado de Marcelo Cabral (baixo), Biel Basile (bateria) e Ina (vocal) e mostra como as novas músicas funcionarão no palco mesmo antes do público conhecê-las. O espetáculo começa sempre às 20h e os ingressos já estão à venda no site do Centro da Terra.

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