Soberba a apresentação que Gaivota Naves fez nesta terça-feira no Centro da Terra, reduzindo as canções de seu futuro disco Concretutopia-Neoconcreto a um formato minimalista, mas ao mesmo tempo gigante. Acompanhada de Pedro Omarazul, que abusava do pedal de loop de sua guitarra para transformá-la em uma orquestra elétrica, e Bruno Mamede, que revezava-se entre flauta, sax, baixo e efeitos, ela decolou no palco do teatro em performances que ocupavam nossos corações e mentes, chegando ao ápice com a entrada de Laura Diaz, do Teto Preto, no final da apresentação, esquentando ainda mais a temperatura da noite. Magia pura.
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Imensa satisfação de trazer para o palco do Centro da Terra minha conterrânea Gaivota Naves, vocalista das bandas Joe Silhueta e Rios Voadores, para mostrar uma versão reduzida de seu primeiro disco solo, Concretutopia-Neoconcreto, que será lançado ainda em 2025 e chega a São Paulo em formato reduzido no espetáculo Experimento Concretutopia, quando mostra as composiçoes do novo disco, influenciado pela arquitetura modernista de nossa cidade-natal e pela poesia praxista e concreta. Na apresentação, ela vem acompanhada de seu companheiro Pedro Omarazul, que alterna-se entre a guitarra e o violão, e recebe duas participações especiais: o baixo e o saxofone de Bruno Mamede e a performance de Laura Diaz, vocalista do Teto Prreto. Gaivota tem influências de Tom Zé, Itamar Assumpção, Flora Purim e Tânia Maria e é uma performer intensa e única e propõe um jogo sonoro inspirado pela “cidade porosa, onírica e angular” que nasceu. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão sendo vendidos pelo site do Centro da Terra.
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Mais uma vez Lenna Bahule nos elevou para o sublime com seu encontro afetivo que parte da música para incluir outras manifestações artísticas e nos tirar deste plano. Como nas outras noites acompanhada do par de asas que são os irmãos Ed (guitarra) e Kiko (baixo) Woiski, ela começou o espetáculo apenas com sua voz, para receber os dois e os convidados daquela noite para nos levar para uma outra dimensão. E cada um trouxe um sabor, primeiro o dançarino Guinho Nascimento, que espalhou bençãos com planta, águas e sua dança na primeira parte da noite para depois pintar um quadro enquanto o espetáculo descortinava-se no palco. Depois foi a vez de Bruno Duarte deixar o vibrafone para reger público e músicos num jogral de voz e palmas, sem precisar emitir uma só palavra. Finalmente, o chileno Camilo Zorilla saiu de sua bateria para tocar em primeiro plano, deixando seu instrumento nas mãos de Bruno, que só pesava mais o ritmo andino que trazia para a noite, mais um transe para dentro regido intimamente – com olhares e gestos discretos – pela maestra da temporada. Perfeição.
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E a avalanche Tietê desabou nesta terça-feira no Centro da Terra, mas ao contrário de seus costumeiros shows – em que colocam todo mundo, que normalmente fica em pé, pra dançar – hipnotizaram os presentes ao fazê-los entrar em seu transe sem precisar levantar-se das cadeiras. O septeto paulistano começou o ataque aos sentidos ao recepcionar o público ainda na escada do teatro, encontrando-se com o naipe de metais da banda e aos poucos entrando na vibração da noite. Essa inevitavelmente era baseada no groove, uma das principais fundações do grupo, mas conduziram o público ao estado de choque com os truques que sempre usam no palco (trocando instrumentos, trocando vocalistas e às vezes sem pausa entre uma música e outra) aliados a uma iluminação que pulsava de acordo com o som, à cenografia e figurinos que reforçavam a ideia de viagem daquela noite e trechos narrados que lembravam o público onde ele estava. Desfilaram as músicas de seu próximo álbum entre viagens instrumentais psicodélicas, cocos e reggaes que sambavam juntos, metais encantados, base rítmica à flor da pele e elementos harmônicos que se entrelaçavam entre as músicas, num ótima aperitivo do que será a nova fase da banda. Voa Tietê!
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A big band Tietê faz sua primeira apresentação no Centro da Terra nesta terça-feira, quando mostram o espetáculo Tâmisa, em que adiantam seu segundo disco, gravado nos lendários estúdios Abbey Road, na Inglaterraa, que está programado para sair neste semestre. Formada por Dodó Stroeter (voz e sax), Fela Zocchio (percussão), Leo Montagner (teclados), Pedro Carboni (trombone, voz e guitarra), Rubi Assumpção (voz e bateria), Théo Cardoso (sax e percussão) e Victor Forti (baixo), a banda mistura diferentes gêneros musicais e faz com que a inquietante mistura de ritmos tradicionais brasileiros, jazz, MPB, rock e reggae ganhe uma personalidade própria, que ainda inclui referências de artes cênicas, circo, moda e dança. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão sendo vendidos pelo site do Centro da Terra.
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Pouco antes de começar a segunda noite de sua temporada no Centro da Terra, passei no camarim do teatro para desejar mais uma boa apresentação para Lenna Bahule e ela comentou que a que iria fazer nesta segunda era mais solar, diferente da primeira. “Que foi intensa”, emendei, para ouvi-la repetir com um sorriso que “intensa é a palavra, a de hoje vai ser mais solar”, no que reforcei que poderia a apresentação poderia ser solar E intensa ao mesmo tempo – e foi exatamente o que ela fez. Como na semana anterior, começou sozinha no palco, desta vez sem tocar nenhum instrumento senão sua voz, para logo depois ser acompanhada de seus dois comparsas desta temporada, o baixista Kiko Woiski e o guitarrista Ed Woiski, ambos imersos em um groove hipnótico e cheio de detalhes sutis, que só cresceu com a entrada dos convidados da noite, a maravilhosa e forte voz da angolana Jessica Areias (que, ao dançar junto com Lenna no meio do palco, era pura energia) e a força no couro dos mestres Maurício Badé (na percussão) e Jota Erre (em uma minibateria), explorando o jogo de vozes que envolvia todos no palco, palmas e a participação do público numa noite, sim, solar e intensa.
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Mais do que bonita, a apresentação que Mari Merenda fez nesta terça-feira no Centro da Terra dando início à nova fase de sua carreira que batizou o espetáculo, Reverbero, mostrou como ela vem disposta a ir além da primeira fase de sua carreira, quando cantava sorridente músicas fáceis de serem lembradas em vídeos online. Tocando na noite sozinha no palco, ela esteve quase o tempo todo às teclas, derramando sua voz forte e sensível em suas novas composições, canções profundas e emotivas, baladas que vêm do fundo de seu coração e quase sempre falam do processo – solitário – da criação artística, comparando-o a outras construções em vida. Mas por vezes amarrava chocalhos aos tornozelos ou sacava o assalato do bolso para mostrar seu lado mais solar (ligado aos hits que já emplacou online, como sua versão para “Feira de Mangaio” ou “Veneno”, gravada em parceria com a norte-americana Sofi Tukker). Isso estava evidente na música que escolheu para ser o primeiro capítulo dessa transição, com “Bote no Lugar”, seu novo single que será lançado nesta sexta-feira, em parceria com o percussionista Guegué Medeiros, que ela convidou para subir ao palco. Ele também a acompanhou quando ela entoou “Segue o Seco” de Marisa Monte, mas a essência dessa apresentação estava em sua estada solitária no palco, que reforçava uma musicalidade menos pop e mais dramática como escolha estética e desafio pessoal. Como, por exemplo, ao puxar a densa “Milagreiro” do Djavan para tocar sozinha ao violão ou quando exercitava o coro de sua própria voz – repetida em gravações em loop – em um pedal de efeitos. O ápice foi a última música da noite, a faixa que batiza essa nova fase, em que a cantora conseguiu dissipar a tensão cênica que deu à canção ainda ao piano, ficando depois de pé para dissipá-la com outro loop, desta vez humano, ao reger o público para repetir sua principal frase melódica. Está só começando, Mari!
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Satisfação trazer pela primeira vez ao palco do Centro da Terra a artista Mari Merenda que, neste espetáculo que batizou de Reverbero, sobe sozinha ao palco do teatro para mostrar os próximos rumos de seu trabalho, entre canções inéditas e novas inspirações, combinando sua bela voz com piano, o instrumento de percussão asalato e pedal de loop, fazendo abertura de vozes consigo mesma, enquanto passeia pelo forró, R&B, coco e MPB, correndo o risco de ter algum convidaod surpresa na apresentação. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão sendo vendidos pelo site do Centro da Terra.
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Intensa a primeira noite da temporada Adupé – Gratidão, Bênçãos e Graças que nos Chegam do Divino que Lenna Bahule começou nesta segunda-feira no Centro da Terra. A princípio acompanhada apenas de Kiko (baixo e efeitos) e Ed Woiski (guitarra e efeitos), que ajudaram-na a conceber o caminho destas quatro apresentações, ela recebeu nesta primeira noite as presenças de Rubens Oliveira, Ermi Panzo e Alessandra Leão, cada um deles se entregando às suas frequências artísticas principais para conduzir um transe de som, palavra, movimento, dança, percussão, música e voz que atravessou os corações dos presentes com uma densidade e emoção impressionantes.
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Imensa satisfação receber a artista moçambicana Lenna Bahule pelas segundas-feiras de fevereiro, quando ela apresenta sua temporada Adupé – Gratidão, Bênçãos e Graças que nos Chegam do Divino no Centro da Terra. Nas quatro apresentações, a cantora multiartista, percussionista, arte-educadora e ativista cultural nascida em Maputo nos conduz por uma mescla de música, dança, palavra, imagem e movimento a partir dos convidados que recebe em cada apresentação. O time que ela reuniu para estas quatro segundas é da pesada, contando com Kiko Woiski (baixo e efeitos), Ed Woiski (guitarra e efeitos) na idealização e direção de todas as noites, que terão as presenças de Jota Erre (bateria e voz), Rubens Oliveira (dança), Ermi Panzo (poesia e dança), Alessandra Leão (voz e percussão), Maurício Badé (percussão), Camilo Zorilla (percussão e voz), Guinho Nascimento (dança), Juçara Marçal (voz), Ari Colares (percussão), Kabé Pinheiro (percussão), Bruno Duarte (percussão, bateria e vibrafone) e Jéssica Areias (voz). Na primeira noite, dia 3, além de Lenna, Kiko e Ed participam Alessandra Leão, Ermi Panzo e Rubens Oliveira. Na segunda segunda-feira, dia 10, os três recebem Jota Erre, Jessica Areias e Maurício Badé. Na segunda dia 17 é a vez de receberem Camilo Zorrilla, Bruno Duarte e Guinho Nascimento para finalmente, na última segunda do mês, dia 24, receberem Ari Colares, Juçara Marçal e Kabé Pinheiro, em apresentações que prometem ser intensas. Os espetáculos começam sempre às 20h e os ingressos podem ser comprados pelo site do Centro da Terra.
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